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10 DICAS DE ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

10 Dicas de alfabetização na Educação Infantil de acordo com a pedagoga Denise Tinoco, também especialista em Educação Infantil e Psicopedagogia. Ao contrário do que muitos pensam, não existe idade determinada para aprender a ler e a escrever. A alfabetização não se inicia aos seis anos. Para Denise, alfabetização é um processo que se dá quando a criança começa a fazer uma leitura do mundo. Por isso, esta etapa acadêmica, tem sido um grande desafio para a escola, pais e professores na contemporaneidade. “Muitos estudiosos do assunto e também alguns professores, sustentam a ideia de que somente nas séries iniciais do ensino fundamental torna-se possível principiar o processo de conhecimento das letras, grafemas, dentre outros, com a criança. Discordo, por entender que a alfabetização é um processo longo, lúdico e que precisa ser prazeroso para todos”, diz ela.

Alfabetização infantil
Nesse sentido, a pedagoga diz que, desde bem pequena, fora da escola, no ambiente familiar e em especial, na educação infantil, no início de sua escolarização, a criança precisa ter contato com o mundo escrito. “Entender a função da escrita, descobrir a sonoridade das palavras, ter entendimento sobre seus significados. Bebês, nas creches, quando escutam e interagem com um som de uma determinada música, quando aprendem a falar e associam as palavras aos seus significados, provocados por um professor, estão em processo de alfabetização”, ressalta ela. Sabendo da importância desses estímulos, Denise dá dicas de como iniciar esse processo de alfabetização na Educação Infantil, de forma lúdica e de maneira que as crianças comecem a ter contato com as primeiras palavras e letras e se divirtam.
A Alfabetização no contexto social e Lúdico
Segundo Denise, os educadores precisam encontrar nos espaços escolares um ambiente alfabetizador. “Quando contamos ou lemos histórias para os pequenos, também estamos neste processo, assim como quando trabalhamos com joguinhos e atividades lúdicas”. O reconhecimento das letras do nome é um bom exemplo sobre o fato.
Dessa forma, desde que seja feita de forma lúdica, respeitando as ideias e fases de desenvolvimento dos pequenos descritos em diferentes teorias, como Piaget, Wallon e Vygotsky e Ferreiro, pode-se planejar e realizar ótimas atividades favorecendo o processo de alfabetização dos pequenos. Entende-se que o desenvolvimento da alfabetização ocorre em um ambiente social e que estas práticas sociais, assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças. “E mais, torna-se necessário que o professor considere as escritas, em todas as suas etapas, do ponto de vista construtivo, representando a evolução de cada criança, para que haja uma reestruturação interna na escola com relação à alfabetização e também no que se refere às formas de alfabetizar”, diz ela.
É importante valorizar as diferentes aprendizagens
Nem todas as crianças aprendem na mesma hora ou do mesmo jeito. Atualmente, ser alfabetizado, saber ler e escrever, tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. Denise explica que saber ler e escrever de forma mecânica não garante a uma pessoa interação plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. Busca-se ser capaz de não apenas decodificar sons e letras, mas entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos e a isso se dá o nome de letramento.
Divulgação
Mas, como lidar com isso dentro da escola? Para Denise é essencial provocar o desejo que se dá, a princípio, quando os pequenos encontram um ambiente saudável, acolhedor e provocativo. “Um ambiente alfabetizador, onde é possível desenvolver um conjunto de situações de usos reais de leitura e escrita das quais as crianças têm oportunidade de interagir.” Isso fica claro no desenvolvimento da rotina, na prática das atividades psicomotoras, no relacionamento com os outros, na fala e de diversas outras formas de comunicação que vão acontecendo no cotidiano escolar. “As crianças reagem de formas diferentes, por isso o ambiente alfabetizador precisa ser planejado, arrumado, (re) organizado, adaptado para todos, sistematicamente, buscando a provocação e assimilação de hábitos de trabalho que contribuam para a independência de cada uma delas.”
De acordo com a pedagoga, quando uma criança pequena encontra uma sala de aula preparada de forma a despertar o interesse pela leitura, pela escrita e pelo manuseio do material didático, as chances de sucesso são maiores para todos. “Brincar com linguagem falada e com processo de aquisição da linguagem escrita, oferecer jogos, trabalhar com músicas, poemas, quadrinhos, imagens, obras de arte e atividades lúdicas, quando bem orientadas, certamente contribuirão para que o desenvolvimento do processo da alfabetização seja bem sucedido”, ressalta.
E de que forma podemos estimular a alfabetização?Veja 10 dicas de alfabetização na Educação Infantil e conheça técnicas para iniciar o processo de alfabetização em seus alunos:
1 – Cantando para bebês – Faixa etária: a partir de 1 mês de idade. Esta é uma atividade essencial para os pequenos, ainda nos berçários. Cantar cantigas, músicas de acalento, colocar músicas gravadas em CD ou massagear o corpinho ao som de música relaxante.
2 – E se fosse diferente? (Contação de histórias) – Faixa etária: 2 a 5 anos – Após a história, as crianças são convidadas a dramatizar os personagens da história, inventando novas falas, repetindo os diálogos que mais gostaram e modificando o seu final.
3 – A letra é? – Faixa etária: 2 a 5 anos – Com as crianças sentadas em círculo, a professora apanha de um saco surpresa, objetos conhecidos dos pequenos. Lápis, escova de cabelo, boneca, bola, pipa… Os pequenos, tendo a frente letras emborrachadas, de plástico ou madeira, são provocadas a apontar a primeira letra que compõe o nome de tal objeto.
4 – Quando falo isso, você lembra de? – Faixa etária: 3 a 5 anos – O professor fala a palavra Futebol e uma criança fala: Bola. Daí a professora retoma: Bola lembra? Parquinho. E parquinho lembra? Areia e assim busca-se o desenvolvimento do raciocínio lógico e significação das palavras.
5 – Bingo dos nomes – Faixa etária: 3 a 5 anos – Os alunos recebem uma placa com seu nome, separado por letras. O professor retira do saco letras do alfabeto. Na medida em que as letras saem, os alunos são convidados a colocar tampinhas com as referidas letras, em cima da placa com o seu nome.
6 – Dominó dos nomes dos colegas – Faixa etária: 2 a 5 anos – Feitos com caixas de leite e forrados com papel camurça, o dominó apresenta nomes e fotos dos colegas. Ao jogar, a criança aprende o nome dos colegas e também as letras que compõe seus nomes. Uma variação bem legal é trocar a foto por letras iniciais dos nomes dos colegas.
7 – Como é que se escreve? – Faixa etária: 4 a 5 anos – Após a contação de uma história, as crianças são provocadas a montar nomes dos personagens ou de objetos, buscando as letras em jornais e revistas. Em seguida vão procurar no texto do livro de história, uma frase onde esta palavra apareça e transcreve-la para uma folha e ilustre, buscando interpretar a escrita destacada.
8 – O nome é? – Faixa etária: 3 a 5 anos – As crianças saem, com o professor, nomeando partes significativas da escola. E colando plaquinhas com os seus respectivos nomes para sua identificação. Depois, com pranchetas, são provocadas a reescrever os nomes que reconheceram: PORTA, JANELA, ARMÁRIO dentre outros.
9 – Festival de poesia – Faixa etária: 3 a 5 anos – As crianças são convidadas a declamar pequenos poemas, selecionados pelo professor. Desta forma favorecemos a atenção, concentração e memória.
10 – Sequência de quadrinhos – Faixa etária: 2 a 5 anos – A professora disponibiliza uma sequência lógica e curta de quadrinhos (retirada de um gibi) e a criança refaz a cena, colocando-a em ordem sequencial crescente.
Fonte: Revista Guia Infantil
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