COMO FAZER UM PLANO DE AULA- Construa um plano de aula com critérios bem definidos
COMO FAZER UM PLANO DE AULA |
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Uma das principais dificuldades no dia a dia do trabalho do professor é a construção de um plano de aula. O plano de aula não deve ser encarado como uma “burocracia pedagógica”. Muito pelo contrário, o plano de aula serve justamente para nortear o trabalho do professor.
Quando vamos construir um plano de aula, precisamos ter bem clado o que queremos ensinar. De acordo com o nosso planejamento anual, temos diversos temas e objetivos para cumprir.
Porém, antes de tratar especificamente o plano de aula, quero chamar a sua atenção para alguns pontos.
Confira também: A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE AULA
- Primeiro: Você precisa ter bem claro qual é sua concepção de educação. Já que é no plano de aula (e na sua execução) que suas concepções pedagógicas vão aflorar. Aqui, gostaria de te indicar dois textos. O primeiro trata da função da escola e você pode acessar clicando aqui. O segundo traz uma discussão sobre a escola tradicional (reprodutora) e a escola progressista (transformadora). Clique aqui para ler. Este debate é importante justamente para que nós tenhamos bem claro a nossa identidade didática.
- Segundo: É importante você definir sua linha de trabalho. Sobre essa linha de trabalho, posso sugerir: Os quatro pilares da educação (DELORS, J. et al. Educação: Um tesouro a descobrir. UNESCO, 1996) – disponível parabaixar aqui. Conteúdos factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais (ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998). Teoria das Inteligências Múltiplas. (GARDNER, H. Inteligências Múltiplas: a Teoria na Prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995).
Essas considerações acima são importantíssimas para que você construa sua linha pedagógica. Ou seja, para que você saiba exatamente o que quer ensinar, para que quer ensinar, e como quer ensinar.
A construção de um plano de aula: Critérios.
Plano de aula: Objetivos
Objetivo Geral:
O objetivo que você deve elencar aqui, é aonde você quer que seus alunos cheguem. O objetivo geral é o ponto mais alto, é o destino final, uma forma ampla do conhecimento sobre o tema do plano de aula. É claro que em uma aula seria impossível você chegar a um grande objetivo. Para isso, precisamos de várias aulas. Porém, é aqui que você vai apontar o seu objetivo. O objetivo geral está ligado ao campo da compreensão, ou da competência como afirma Perrenoud. Sobre o que são competências e habilidades, assista este vídeo clicando aqui.
Para apontar o objetivo geral, nós utilizamos os documentos que norteiam o nosso trabalho. Você pode (deve) utilizar os Parâmetros Curriculares Nacionais. O currículo oficial do sistema em que você trabalha (estadual ou municipal) e o Projeto Político Pedagógico da sua escola.
Objetivos específicos:
Para que meu aluno chegue ao objetivo geral, nós precisaremos elencar diversos outros objetivos específicos. Ou seja, os passos que meu aluno vai ter que realizar para chegar ao objetivo geral. Esses objetivos específicos estão ligados ao campo do “aprender a fazer” ou ao campo das habilidades. Lembre-se que, neste caso, o verbo deve ser empregado na ação. Analisar, comparar, relacionar, selecionar, inferir, justificar, avaliar, medir, agrupar, interpretar, calcular, etc.
Conteúdo:
Neste momento, pense que o conteúdo servirá de ferramenta para que seus alunos alcancem cada uma das etapas nos objetivos específicos. O conteúdo, neste sentido, é equivalente aos temas, o que Zabala chama de conteúdos conceituais. Se você não assistiu o vídeo indicado acima, recomendo assistir.
Claro que quando tratamos de conteúdo (se levarmos em consideração Zabala), colocaremos os conteúdos atitudinais e procedimentais no campo dos objetivos específicos. Veja neste site vários planos de aula seguem essa concepção.
Estratégias/metodologia:
A seleção da metodologia é um importante passo para se pensar. Neste momento devo retomar os objetivos específicos, aliar com o conteúdo e apresentar as estratégias que devo utilizar para fazer com que meus alunos alcancem aquilo que foi proposto. Aqui vamos apontar como exemplo:
Leitura coletiva do livro didático; Discussão coletiva sobre os principais aspectos do texto; Análise das imagens; Interpretação dos gráficos; Construção de painéis; Rodas de leitura; Seminários; Pesquisas na internet; Exposição oral; Aula dialogada; Aula expositiva, etc.
Recursos:
Pense: quais recursos eu precisaria para realizar as atividades sugeridas? O que você necessariamente vai precisar utilizar para desenvolver o que foi indicado nas estratégias? Faça uma boa seleção e evite improvisos.
Avaliação:
A avaliação, conforme as orientações de Luckesi e Hoffmann (veja este vídeo) devem garantir ao professor realmente saber se seu aluno está aprendendo, ou não. Por isso, é importante selecionar ótimas estratégias de avaliação, e não somente uma ou duas. Pense: se você propõe que seu aluno desenvolva a oralidade, como quer aferir utilizando uma prova escrita?
Bibliografia:
Por fim, sugerir leituras extras tais como livros, artigos de internet, jornal, revistas, vídeos e filmes, é muito útil para que seu aluno se aprofunde nos estudos.
A título de treinamento, você pode pensar:
Como posso ensinar esses conteúdos para meus alunos utilizando esses vídeos como um dos recursos?
Clique aqui para ir para a lista de vídeos com conteúdos de Geografia que exploram a análise de imagens.
Você pode escrever aqui nos comentários e nós vamos discutindo as estratégias propostas.
Plano de aula: Estruturação
Basicamente, quando for montar seu plano de aula, apresente na sequência os itens abaixo:
Nome da escola
Turma (Ano)
Identificação do professor.
Disciplina.
Tema.
Tempo de aula.
Objetivo geral.
Objetivos específicos.
Estratégias.
Recursos.
Avaliação.
Bibliografia.
Espero que este texto, assim como o vídeo, tenham te ajudado na melhor compreensão sobre o plano de aula. Fique à vontade para fazer seus comentários, críticas e sugestões.
Fonte e Texto: http://www.icguedes.pro.br/