SOM E MOVIMENTO |
PLANO DE AULA SOM E MOVIMENTO
Ano
4º e 5º
Introdução
A dança inserida no meio escolar deve ser concebida como forma de articulação e
construção de conhecimento, com seus objetivos e conteúdos específicos.
Objetivos estes relacionados à formação mais integrada do aluno, desenvolvendo
o corpo e o movimento de maneira expressiva, comunicativa e criativa. Na
contramão de uma série de exercícios espontaneístas ou somente lúdicos, ou ao
aprendizado de um “estilo”/código de dança específico, a visão de dança proposta
refere-se à um trabalho consciente e criativo que oriente o aluno a conhecer
seu corpo, explorar e desenvolver seu movimento, interagindo com o outro, o
espaço da escola e outras linguagens artísticas e/ou conteúdos de outras áreas.
Um processo de construção de conhecimento e criação constante.
construção de conhecimento, com seus objetivos e conteúdos específicos.
Objetivos estes relacionados à formação mais integrada do aluno, desenvolvendo
o corpo e o movimento de maneira expressiva, comunicativa e criativa. Na
contramão de uma série de exercícios espontaneístas ou somente lúdicos, ou ao
aprendizado de um “estilo”/código de dança específico, a visão de dança proposta
refere-se à um trabalho consciente e criativo que oriente o aluno a conhecer
seu corpo, explorar e desenvolver seu movimento, interagindo com o outro, o
espaço da escola e outras linguagens artísticas e/ou conteúdos de outras áreas.
Um processo de construção de conhecimento e criação constante.
Levar em conta os limites físicos dos alunos, valorizar e estimular sua
movimentação particular, acolher diferenças e trabalhar com elas na dinâmica da
aula é fundamental para o desenvolvimento do potencial criativo e expressivo do
aluno em dança. Certo e errado são então relativizados, se o objetivo não é a
reprodução de uma coreografia com passos ensinados pelo professor, mas sim uma
construção conjunta em que a dança/coreografia é resultado do um processo de
aprendizagem vivenciado.
movimentação particular, acolher diferenças e trabalhar com elas na dinâmica da
aula é fundamental para o desenvolvimento do potencial criativo e expressivo do
aluno em dança. Certo e errado são então relativizados, se o objetivo não é a
reprodução de uma coreografia com passos ensinados pelo professor, mas sim uma
construção conjunta em que a dança/coreografia é resultado do um processo de
aprendizagem vivenciado.
A sala de aula, com espaço livre e se possível um chão adequado
(madeira/quente), e a organização deste espaço são essenciais para o bom
andamento da aula. Isto inclui a definição de um espaço específico para colocar
os sapatos e outros combinados de utilização da sala que podem ser decididos
conjuntamente com os alunos.
(madeira/quente), e a organização deste espaço são essenciais para o bom
andamento da aula. Isto inclui a definição de um espaço específico para colocar
os sapatos e outros combinados de utilização da sala que podem ser decididos
conjuntamente com os alunos.
Conteúdos
– Som e movimento
– A relação entre som e movimento é intrínseca ao ser humano. Na criança, esta
relação acontece de forma direta. Na dança, a relação com a música também é
muito presente e, pode ser trabalhada de diferentes maneiras. Dissociá-la é uma
boa forma de perceber e abrir a possibilidade de novas relações entre
som/música e movimento.
relação acontece de forma direta. Na dança, a relação com a música também é
muito presente e, pode ser trabalhada de diferentes maneiras. Dissociá-la é uma
boa forma de perceber e abrir a possibilidade de novas relações entre
som/música e movimento.
Objetivos
– Estabelecer diferentes maneiras de relacionar som e movimento
– Perceber e conhecer o que é ritmo interno e externo
– Possibilitar o contato com diferentes sonoridades mecânicas(músicas gravadas)
ou criadas pelos próprios alunos
ou criadas pelos próprios alunos
– Possibilitar um processo de criação de pequenas sequências coreográficas
Tempo estimado
02 aulas de 50 min/01 h
Materiais necessários
– Sala ampla para realização de atividade corporal
– Aparelho de som – CD
– Seleção de diferentes sonoridades: músicas de rítmos diferentes, sons
diversos. Pode-se solicitar material dos alunos: pedir para eles selecionarem e
trazerem músicas que gostem, não necessariamente de dançar.
diversos. Pode-se solicitar material dos alunos: pedir para eles selecionarem e
trazerem músicas que gostem, não necessariamente de dançar.
Desenvolvimento das
atividades
atividades
Aula 1
– Organize uma roda para iniciar a aula e explique para os alunos a proposta da
atividade. Ressalte a importância de ouvir: o sons, a música, o professor; de
ver: o espaço, o movimento dos outros colegas; de criar: não importa se o
movimento é “feio ou bonito”, “esquisito e/ou engraçado”. O importante é
investigar seus movimentos utilizado todas as partes do corpo.
atividade. Ressalte a importância de ouvir: o sons, a música, o professor; de
ver: o espaço, o movimento dos outros colegas; de criar: não importa se o
movimento é “feio ou bonito”, “esquisito e/ou engraçado”. O importante é
investigar seus movimentos utilizado todas as partes do corpo.
Atividade 1
– Inicie aquecendo o corpo em roda, começando pela respiração abdominal e,
pedindo para cada um observar o tempo de sua respiração e o som ou silêncio.
Siga o aquecimento pedindo para cada um realizar um movimento que aqueça, e todos
repetem Sem música, cada um no seu tempo.
pedindo para cada um observar o tempo de sua respiração e o som ou silêncio.
Siga o aquecimento pedindo para cada um realizar um movimento que aqueça, e todos
repetem Sem música, cada um no seu tempo.
O professor pode ao longo deste aquecimento propor mudanças de velocidade, isto
é: fazer este mesmo movimento mais rápido, mais lento, muito mais rápido,
etc.
é: fazer este mesmo movimento mais rápido, mais lento, muito mais rápido,
etc.
Atividade 2
– Introduza o jogo: os alunos, espalhados pela sala, começarão a se mover a
partir do estímulo sonoro, no caso, musical. Quando acaba o som, cessa o
movimento e permanecem em pausa atá começar outro som.
partir do estímulo sonoro, no caso, musical. Quando acaba o som, cessa o
movimento e permanecem em pausa atá começar outro som.
Coloque então diferentes músicas (8/10), com tempos e sonoridades contrastantes
para que os alunos tenham experiências diversas. Os alunos podem num primeiro
momento fechar os olhos para ouvir a música e deixar o corpo responder a este
estímulo.
para que os alunos tenham experiências diversas. Os alunos podem num primeiro
momento fechar os olhos para ouvir a música e deixar o corpo responder a este
estímulo.
Ao final deste jogo estimule uma reflexão conjunta:Músicas diferentes faz com
que nos movimentemos de maneira diferente? Qual música estimulou mais o
movimento? Por que? Existe um consenso?
que nos movimentemos de maneira diferente? Qual música estimulou mais o
movimento? Por que? Existe um consenso?
É importante que os alunos se escutem neste momento. A dança é um fazer/pensar
constante.
constante.
Atividade
3
3
– Separe os alunos em duplas: um aluno emite sons enquanto que o outro
responde imediatamente com o corpo/movimento ao som proposto. Como se fosse um
“boneco movido ao som”
responde imediatamente com o corpo/movimento ao som proposto. Como se fosse um
“boneco movido ao som”
Os dois são criativos neste caso, quem faz o som e quem, responde. Inverta os
papéis e repita o exercício formando novas duplas. O professor pode
exemplificar fazendo sons diferentes para estimular os alunos: sons
estridentes, sons relaxantes, sons calmos, sons aflitivos…
papéis e repita o exercício formando novas duplas. O professor pode
exemplificar fazendo sons diferentes para estimular os alunos: sons
estridentes, sons relaxantes, sons calmos, sons aflitivos…
Avaliação
Ao final do exercício retorne a roda inicial para fechar a aula, propondo nova
reflexão: Existiram dificuldades? Quais? Qual a preferência: fazer o som ou ser
o boneco? Foi diferente fazer com uma dupla e com outra? O que foi diferente?
Peça alguns exemplos de sons que geraram movimentos
“interessante/esquisitos/engraçados/legais.”
reflexão: Existiram dificuldades? Quais? Qual a preferência: fazer o som ou ser
o boneco? Foi diferente fazer com uma dupla e com outra? O que foi diferente?
Peça alguns exemplos de sons que geraram movimentos
“interessante/esquisitos/engraçados/legais.”
Termine com a respiração do início.
É importante que o professor observe os alunos durante todo o tempo, intervindo
sempre que achar necessário: estimulando, dando apoio técnico (indicado faltas
e/ou outros caminhos), percebendo dificuldades,
sempre que achar necessário: estimulando, dando apoio técnico (indicado faltas
e/ou outros caminhos), percebendo dificuldades,
Aula 2
Atividade 1
– Retome o aquecimento da aula anterior: em roda, respiração e cada um
propondo um movimento, acrescentando que cada movimento seja realizado
acompanhado de um som, que combine com ele. A “música” daquele movimento.
propondo um movimento, acrescentando que cada movimento seja realizado
acompanhado de um som, que combine com ele. A “música” daquele movimento.
Atividade 2
– Dançando nomes
– Dançando nomes
– Peça para que cada um pense em seu próprio nome ou como gosta de ser
chamado, observando o som de seu nome: é cheio, vazio, fino, grosso, agudo,
grave, reto, curvo…como cada um definiria?
chamado, observando o som de seu nome: é cheio, vazio, fino, grosso, agudo,
grave, reto, curvo…como cada um definiria?
Após este pensar (rápido), cada um cria um movimento para seu nome. Podem ser
que o nome peça mais de um (01) movimento. Assim, o nome (sonoridade e tempo) é
a “música” para o movimento.
que o nome peça mais de um (01) movimento. Assim, o nome (sonoridade e tempo) é
a “música” para o movimento.
Cada um apresenta na roda seu movimento falando seu nome e todo o restante da
turma repete, (fazendo o movimento e falando o nome). Isto acorre com todos os
alunos seguidamente.
turma repete, (fazendo o movimento e falando o nome). Isto acorre com todos os
alunos seguidamente.
Depois de todos terem apresentado, acontece mais uma rodada, mas em silêncio:
repete-se só os movimentos, na mesma ordem/sentido. Se houver esquecimento, o
aluno “dono” do movimento/nome, ajuda.
repete-se só os movimentos, na mesma ordem/sentido. Se houver esquecimento, o
aluno “dono” do movimento/nome, ajuda.
Atividade
3 – Criação
em grupo
3 – Criação
em grupo
– Forme grupos de 03 ou 04 crianças. Escolha ou permita que eles
escolham. Muitas vezes a escolha do professor permite que haja maior
diversidade de movimentos.
escolham. Muitas vezes a escolha do professor permite que haja maior
diversidade de movimentos.
Peça que eles organizem seus movimentos/nomes em forma de uma sequência com
início, meio e fim, criando movimentos de transição entre um nome e outro, se
necessário, decidindo qual é a melhor ordem: qual movimento vem primeiro, por
exemplo. Pode-se nesta composição repetir movimentos e fazer pequenas
modificações se desejarem.
início, meio e fim, criando movimentos de transição entre um nome e outro, se
necessário, decidindo qual é a melhor ordem: qual movimento vem primeiro, por
exemplo. Pode-se nesta composição repetir movimentos e fazer pequenas
modificações se desejarem.
Decidam também qual será a organização no espaço: todos de frente em linha? Em
círculo?Um de frente dois de costas??
círculo?Um de frente dois de costas??
Atividade 4 – Produto
final – Apreciação
final – Apreciação
Após todos terminarem – tempo estipulado pelo professor – os alunos decidem
qual será a frente para a apresentação das sequências e já se organizam para
poder assistir, compartilhar as criações dos outros colegas e apresentar as
próprias.
qual será a frente para a apresentação das sequências e já se organizam para
poder assistir, compartilhar as criações dos outros colegas e apresentar as
próprias.
Neste momento o professor (junto com os alunos ou sem) pode levantar critérios
de observação: A sequência teve início, meio e fim? Todos conheciam o que
estavam fazendo? Havia concentração?
de observação: A sequência teve início, meio e fim? Todos conheciam o que
estavam fazendo? Havia concentração?
Estes critérios são importantes para estabelecer comparações saudáveis e
avaliar se o trabalho atingiu seu objetivo. Desta forma, não fica restrito a
julgamentos ou achismos, mas auxilia os alunos a prenderem a falar sobre suas
criações e de seus colegas, estimulando o respeito mútuo e, gerando
debate/conhecimento que podem ser relacionados em futuros exercícios de
composição.
avaliar se o trabalho atingiu seu objetivo. Desta forma, não fica restrito a
julgamentos ou achismos, mas auxilia os alunos a prenderem a falar sobre suas
criações e de seus colegas, estimulando o respeito mútuo e, gerando
debate/conhecimento que podem ser relacionados em futuros exercícios de
composição.
Cada grupo apresenta seu produto final/criação.
Opção
Nesta apresentação o professor pode propor alguma música de pulso regular e bem
nítido para apresentar as sequências e decidir com os grupos se querem
apresentar com ou sem música. Pode também realizar a presentação duas vezes:
com e sem música para que os alunos comentem a diferença estimulando a reflexão
sobre a utilização de uma música inserida após a criação da movimentação.
nítido para apresentar as sequências e decidir com os grupos se querem
apresentar com ou sem música. Pode também realizar a presentação duas vezes:
com e sem música para que os alunos comentem a diferença estimulando a reflexão
sobre a utilização de uma música inserida após a criação da movimentação.
Avaliação
A avaliação é processual e ocorre a cada discussão/reflexão realizada, no
fechamento da aula ou nos momentos de apreciação. O levantamento de critérios
para observação (conjunto ou pelo professor) e a clareza da proposta/objetivo
bem como a explicitação do conteúdo a ser trabalhado criam parâmetros de
observação para o professor avaliar formalmente, se necessário, e referenciais
para que o aluno se aproprie de seu processo de aprendizado.
fechamento da aula ou nos momentos de apreciação. O levantamento de critérios
para observação (conjunto ou pelo professor) e a clareza da proposta/objetivo
bem como a explicitação do conteúdo a ser trabalhado criam parâmetros de
observação para o professor avaliar formalmente, se necessário, e referenciais
para que o aluno se aproprie de seu processo de aprendizado.
O importante neste caso, é que o professor não emita julgamentos de valor, o
que pode reprimir a criação e expressão do aluno, valorize a criação pessoal e
o processo do grupo, apontando falhas que possam ocorrer e indicando cominhos
possíveis.
que pode reprimir a criação e expressão do aluno, valorize a criação pessoal e
o processo do grupo, apontando falhas que possam ocorrer e indicando cominhos
possíveis.
No trabalho proposto o professor pode levantar questões como:
– É necessário ter música para criar uma dança?
– O que eu (aluno) aprendi nestas duas aulas? Com relação ao corpo? Ao
movimento? Ao trabalho em grupo?
movimento? Ao trabalho em grupo?
– Quais foram minhas maiores dificuldades?
– O que eu poderia melhorar?