A diversidade racial – o trabalho em sala de aula promove união e paz! |
Como a própria definição expõe, “preconceito” é uma idéia preconcebida, “opinião não justificada, de um indivíduo ou grupo, favorável ou desfavorável, e que leva a atuar de acordo com esta definição” (Enciclopédia Internacional de Ciências Sociais, 1995).
É impossível um ambiente de paz e união na sala de aula quando existe o preconceito, pois este ocasiona a discriminação, o tratamento desigual e desfavorável a respeito de um indivíduo ou de um grupo.
Uma criança se sente discriminada pela cor da pele, pelo cabelo, pelas roupas que usa ou pelo brinquedo que gosta, simplesmente porque alguém riu ou fez brincadeiras maldosas a respeito de seu estereótipo ou de seus gostos pessoais.
Por este motivo, o preconceito deve ser trabalhado desde os primeiros anos da criança.
A maioria das crianças tem uma visão preconceituosa por ação de uma declaração ou comentário feita por um adulto. É importante ter atenção ao que se fala diante de um infante, pois o mesmo internaliza e toma como verdadeiros os conceitos dos seus pais, professores, tios, pois é quem dá exemplos de ações para o pequeno.
Na escola há várias sugestões de brincadeiras e inserções pedagógicas diárias que podem ser feitas para trabalhar o respeito à diversidade.
O professor pode contar histórias que apresentam personagens negros ou índios; fazer teatrinho de fantoches com bonecos de origem chinesa, africana, européia; colocar nomes originários de outros países nas personagens; promover uma aula sobre a cultura dos países ou de uma determinada raça; ver vídeos sobre outras culturas e raças.
Além disso, os alunos podem confeccionar bonecos negros, brancos, asiáticos na aula de artes. O educador pode ainda propor uma aula de culinária africana, por exemplo.
Há ainda outras formas de arte a serem exploradas além da confecção de bonecos: a música e os desenhos. Dançar uma música de outro país e expressar a visão de uma determinada cultura através de um desenho são formas de valorizar a identidade de cada um.
Outra sugestão é promover o abraço e o toque amigável em sala. O carinho vai aproximar os alunos e o toque vai despertar na criança a percepção de que nem todos são iguais, mas devem ser tratados igualmente.
È importante que o toque não ultrapasse a região da face, já que esta fase também é de descobertas e a criança pode querer ir além do limite estabelecido. Assim, ao tocar o cabelo, o nariz ou os olhos do colega, o infante perceberá que a diferença entre as pessoas é comum e não internalizará os conceitos discriminatórios existentes na sociedade.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Racismo na infância e na escola ainda é pouco discutido, mas crianças sofrem com preconceito
De acordo com Dewey fica claro que a escola não é só a preparação, mas é a vida na qual há um contexto social que envolve múltiplas realidades, ou seja, possuem várias culturas, várias pessoas com seus estilos próprios envolvendo diferentes realidades, sendo estes, alvos de comparações, desigualdades e preconceitos. Muito presenciado nos corredores das escolas, o preconceito é uma atitude malevolente, pois as pessoas descriminam, julgam ou excluem uma pessoa por não ser igual a ela e os preconceitos que mais vemos nestes corredores são o racial, o social e o sexual.