PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA – PNAIC- Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA – PNAIC |
as questões étnicas raciais com
crianças pode trazer resultados positivos, uma vez que elas passam a
considerar as diferenças e como algo normal e a escola deve divulgar o lado
positivo da história negra. A literatura infantil “Menina bonita do laço de fita” um clássico de Ana Maria Machado será o meio mais prazeroso para tratar
desta questão com crianças, pela forma sutil e prazerosa que a autora trata
a beleza negra, com
muita delicadeza, com simplicidade, usando uma linguagem suave que encanta a
criança, porém forte, permitindo, portanto, aos professores junto às crianças
refletir sobre as questões raciais, afetivas, familiares e as diferenças de
cor.
- Sequência Didática do livro ‘Menina bonita do laço de fita‘
- BAIXE EM PDF – Menina Bonita do Laço de Fita
- Projeto “A Caminho do Letramento” – Menina Bonita do laço de fita
Identidade; afetividade; Família; diversidade étnica e
cultural.
o Cabelo de Lelê.
iniciar a ler o livro;
história, como uma escritora que gosta de escrever, principalmente para
criança;
gravuras e instigar a curiosidade nas crianças;
livro para as crianças, fazendo questionamento sobre a ilustração. A cor da
pele da menina, o cabelo…
bastante. Falar sobre as características que herdamos de nossos pais, das
particularidades de cada um, cor, estatura, cabelos, lábios… Saber, portanto,
das diferenças que muitas vezes são herdados dos nossos familiares.
crianças: Se gostam ou não do personagem e por quê;
que todos têm em sua origem, uma historia e que ninguém é igual a ninguém.
história de vida e heranças familiares.
que apareçam pessoas de várias cores, com o título: VIVA AS DIFERENÇAS!
Machado)
Fundamental – 1º ao 3º ano
do tema da diversidade, não somente com o objetivo de apresentar aos
alunos a riqueza da diversidade étnico-cultural brasileira, contribuindo para
que as crianças se apropriem de valores como o respeito a si próprias
e ao outro, mas também com o objetivo de elevar a auto-estima
do aluno negro. As atividades serão
desenvolvidas durante um período mínimo de cinco dias, (lembrando que
essa sugestão de aulas não poderá ocorrer num dia só) no decorrer dos
quais o professor irá:
a história à classe, contando-a, sem mostrar o livro.
crianças que deem um título (um nome) à história ouvida, escrevendo na lousa as
sugestões apresentadas.
quem escreveu a história foi Ana Maria Machado, uma escritora brasileira que
escreve livros para crianças, principalmente. Ler a biografia da autora.
título do livro:
“Menina bonita do laço de fita” e comparar
com os nomes apresentados pelos alunos na atividade perguntando a eles se
gostaram mais do nome escolhido por eles próprios ou o escolhido pela autora;
mostrar às crianças que nem sempre temos a mesma opinião sobre um mesmo fato ou
situação e que o importante é que aprendamos a respeitar todas as opiniões;
comentar os nomes escolhidos pelos alunos, na medida em que se afastam ou se
aproximam do nome original da história.
capa do livro aos alunos. “Ler” a imagem da capa com eles,
fazendo perguntas sobre a ilustração: a cor da pele da menina, do coelho,
o cabelo da menina (quem usa cabelo assim? é difícil fazer um
penteado como
olhar apaixonado, pensativo-sonhador do coelho. Pedir aos alunos que mostrem o
que mais na ilustração indica que o coelho está apaixonado. Dizer o nome do
ilustrador e falar sobre a importância da ilustração na leitura. Ler a
biografia do ilustrador.
6. Ler o livro para os alunos, agora parando
em cada página, mostrando as imagens e destacando as palavras e expressões que
valorizam a menina, que a retratam como bela: “Era uma vez
uma menina linda, linda. Os olhos dela pareciam duas azeitonas,
daquelas bem brilhantes. Os cabelos eram enroladinhos e bem negros, feitos
fiapos da noite. A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra
quando pula na chuva.”. Os adjetivos e comparações usados pela autora vão
além de aguçar a imaginação infantil (olhos = duas azeitonas daquelas
bem brilhantes; cabelos = fiapos da noite; pele = pelo da pantera negra quando
pula na chuva); eles evocam uma imagem positiva da menina, valorizando
nela aspectos como cabelo e cor de pele, que normalmente são
“maquiados”, escondidos, quando a personagem é negra. A beleza
natural da menina ganha enfeites que reforçam seu encanto, dando a
ela ares de personagem de contos de fadas, pois:
“Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo
dela e enfeitar com laço de fita colorida. Ela ficava
parecendo uma princesa das Terras da África, ou uma fada do Reino do
Luar”. Esses dois trechos contribuem para que, ao imaginário infantil
a menina seja apresentada como uma bela princesa de contos de fadas,
o que é extremamente positivo e eleva a auto estima da criança, que se
identificará com a heroína. Perguntar aos alunos se eles têm uma ideia do
porquê do coelho querer ter a cor de pele da menina. Será
que ele não está satisfeito com a própria cor? Comentar com as crianças as
respostas dadas.
* É importante que o professor destaque que
além de muito bonita, essa heroína é também muito esperta e
criativa, pois mesmo não sabendo responder às perguntas do coelho, sempre tem
uma solução para que ele se torne da cor desejada: cair na tinta preta, tomar
muito café, comer muita jabuticaba…
entre a menina e o coelho, perguntar se alguém lembra como era a mãe
da garota.
mulata linda e risonha”) e a ilustração da mãe que é a de uma
linda moça, moderna, bem vestida e arrumada (enfeitada, pintada, cabelos
penteados), o que também contribui para que a classe forme uma imagem estética
positiva da mulher negra.
os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos”) e perguntar aos
alunos com quem eles acham que se parecem. Essa atividade pode desdobrar-se em
outras, por exemplo:
e apresentar os resultados da pesquisa oralmente (Por exemplo, dizendo frases
como: Minha mãe diz que meus olhos são parecidos com os dela, mas que meus
cabelos e minha boca se parecem com os da minha avó.);
podem levar fotografias de parentes (pais, avós, tios, irmãos, por exemplo);
atrás de cada foto deve constar o nome da criança que a trouxe; os
alunos dividem-se em grupos de quatro. As fotos de cada
grupo são empilhadas, com a frente para cima; os alunos tiram a sorte para ver
quem começa jogando, o primeiro pega a primeira foto e tenta adivinhar quem a
trouxe, observando as semelhanças entre as fotos e os
colegas de grupo; se foi ele mesmo quem trouxe a foto, deve
embaralhar a pilha, para que a fotografia saia do primeiro lugar; enquanto for
acertando, o jogador continuará jogando. Ganhará o jogo quem tiver acertado
mais. Ao final, as crianças devem contar aos colegas de grupo quem
são as pessoas que estão nas fotos. Terminada a brincadeira, o (a) professor
(a) colocará para a turma a seguinte questão: somos parecidos com as pessoas da
nossa família? O coelho branco estava certo em suas conclusões?
crianças que desenhem: a)
a menina do laço de fita e a mãe; b) o coelho e
sua nova família; c) suas famílias.
9. Organizar uma roda de conversas. Reler o
trecho: “O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele
tinha visto em toda a vida. E pensava: – Ah, quando eu casar quero ter uma
filhinha pretinha e linda que nem ela.” Questionar: O que é ser bonito?
Como uma pessoa deve ser para ser bonita? Provavelmente surgirão respostas
diferentes umas das outras. Retomar o que foi dito na atividade nº 4 e mostrar
às crianças que nem sempre temos a mesma opinião sobre um assunto e que isso é
muito bom, pois o mundo seria muito aborrecido se todos pensassem do mesmo
jeito e se, por exemplo, só existisse um único modelo de beleza.
Destacar que o importante é respeitar as diferenças. Conversar com a classe
sobre os padrões de beleza existentes em
“Menina bonita”.
mapa-múndi, os cinco continentes- a América, a Europa, a Ásia, a África e a
Oceania, ressaltando que eles são divididos em países, cada um com seus
costumes e tradições, suas festas, músicas e danças, suas religiões e seu
jeito de ser, pois ninguém é igual a ninguém e é isso que dá graça à
vida.
formam o Brasil: os índios, o negro, o colonizador europeu, os imigrantes
italianos, japoneses, árabes, judeus etc. Explicar que esses povos foram se cruzando,
para formar a grande família brasileira, que tem as
características de suas origens. Lembrar aqui as contribuições desses
povos nas festas, na música, na culinária, nas histórias etc.
atividade 10 e complementá-la, destacando a importância do respeito à
diversidade étnico-cultural que compõe o Brasil.* Essas são algumas sugestões, apenas. O professor deve assumir uma
postura de combate a todas as formas de discriminação e
preconceito, valorizando as diferentes etnias que constituem o Brasil e
que, de certa forma, estão representadas nas crianças que compõem uma
sala de aula na Educação.
finalizar, um destaque: para assumir o compromisso de trabalhar a
diversidade cultural e étnica na Educação Infantil/Fundamental, o professor
precisa ter segurança quanto ao que será desenvolvido.
para isso é a reflexão conjunta dos professores nas reuniões pedagógicas,
procurando respostas a indagações como: Sou preconceituoso? Já vivi
situações de discriminação ou preconceito? E, tratando-se da etnia
negra: O que sei sobre o continente africano? O que sei sobre as condições dos
africanos escravizados no Brasil? O que sei sobre suas
lutas de resistência, seus heróis, suas histórias? Conheço a
história de Zumbi? A influência que os africanos escravizados tiveram
na formação da identidade brasileira, nas religiões, festas, cantigas, danças,
culinária e, principalmente, histórias que contribuem para ampliar o repertório e povoar o imaginário das crianças
com representações positivas do negro?