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4 truques para ajudar na alfabetização

4 truques para ajudar na alfabetização
Algumas atividades, desenvolvidas em sala de aula, são fundamentais no processo de alfabetização das crianças. Leitura em rodas, caça-palavras, escrever textos memorizados e até ditados. Pela simplicidade das atividades, é possível até que os pais alfabetizados tentem desenvolvê-las em casa.

Se você está tendo dificuldades na alfabetização de alguns de seus alunos não deixe de ler estas dicas, são super importantes.

01 – LEITURA EM RODAS

O que é:  o professor organiza a turma em uma roda e faz a leitura em voz alta de diferentes tipos de texto (contos, poemas, notícias, receitas, cartas etc.). 
Quando propor:diariamente, tomando o cuidado de trabalhar cada tipo de texto várias vezes, para que a turma se familiarize com ele, e de variar os gêneros, para que o repertório se amplie. 
O que a criança aprende:  esse é o principal canal de acesso ao mundo da escrita, essencial para os filhos de pais analfabetos ou que têm pouco contato em casa com livros, revistas e outros materiais. Na atividade, a criança se familiariza com a linguagem dos livros (onde há histórias que divertem), dos jornais (que trazem notícias), dos manuais (que ensinam a usar um aparelho) etc. Assim, ela aprende que cada um é produzido e apresentado de uma forma diferente e, assim, começa a perceber a diferença entre a língua falada e a escrita.


02 – LER PARA APRENDER A LER

O que é: a confrontação da criança com listas (de nomes, frutas, brinquedos etc.) e textos que ela conhece de cor – como cantigas, parlendas e trava-línguas -, propondo que neles ela encontre palavras ou “leia” trechos (antes mesmo de estar alfabetizada). 
Quando propor: em dias alternados com as atividades de escrita. A atividade deve ser realizada só com alunos não alfabéticos. Para os alfabetizados, é aconselhável propor outras tarefas de leitura, já que eles conseguem ler com autonomia. 
O que a criança aprende: acompanhando o texto com o dedo enquanto recita os versos, o aluno busca meios de “descobrir” as palavras fazendo o ajuste do falado para o escrito. Isso acontece porque ele já sabe “o que” está escrito (condição para a realização da atividade) e precisa pensar somente no “onde”. Ele reconhece as primeiras letras e partes de palavras conhecidas ou identifica as que se repetem. Para isso, ele se vale de estratégias de leitura, como a antecipação. No caso das listas, ele prevê qual será determinada palavra por já conhecer o tema em questão – frutas, cores – e, no caso dos textos memorizados, por já saber o que está escrito. Outra estratégia é a verificação, que consiste na identificação de uma letra conhecida que esteja no começo ou no fim da palavra e que confirme a antecipação feita.

03 – ESCREVER PARA APRENDER

O que é:a escrita de textos memorizados – como cantigas, parlendas, trava-línguas e quadrinhas – ou de listas (de nomes, frutas, brinquedos etc.) que podem ser escritos com lápis e papel ou com letras móveis.
Quando propor:em dias alternados com as atividades de leitura para reflexão sobre o sistema de escrita. A atividade deve ser realizada com alunos não alfabéticos. Para os alfabetizados, é aconselhável propor um trabalho sobre ortografia ou pontuação, uma vez que eles já sabem escrever. 
O que a criança aprende:concentrada apenas no sistema de escrita – pois o conteúdo ela já sabe de cor -, a criança pode se voltar apenas ao “como escrever”, pensando em quantas e quais letras usar. Ela se esforça para encontrar formas de representar graficamente o que necessita redigir, avançando no processo de alfabetização.

04 – DITADO PARA ESCRIBA

O que é: a turma cria oralmente um texto num gênero específico – conto, carta, bilhete, receita, notícia etc. -, mesmo sem estar alfabetizada, e a professora escreve no quadro. É condição didática para a atividade as crianças conhecerem o gênero. Dessa forma, mesmo sem saber definir o que são uma carta ou um conto de fadas, a criança sabe diferenciá-los. 
Quando propor:  várias vezes por semana. Sempre que o uso da escrita se fizer necessário no dia-a-dia da sala de aula (escrita de bilhetes, convites etc.) e no desenvolvimento de projetos de leitura e escrita. 
O que a criança aprende:ela se aprimora na linguagem escrita ao adaptar a linguagem oral (mais coloquial) às exigências de um texto no que se refere às suas características. Há ainda o trabalho de revisão dessa produção, eliminando palavras repetidas.
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