Dicas valiosas para ajudar no processo de Alfabetização Infantil |
Hoje compartilharemos dicas simples, mas de grande utilidade, no processo de alfabetização, oferecendo um leque maior de recursos para um momento tão importante na vida do professor e do aluno.
Desde a tenra idade, a criança aprende nome de pessoas, animais, brinquedos, desenhos, para futuramente estruturar frases com uso de verbo e sujeito. Este processo é denominado reconhecimento dos substantivos. Utilizar esse gancho para alfabetização em sala de aula é uma ótima ferramenta na aprendizagem. Substantivos como mesa, podem ser repetidos à exaustão, primeiramente pela leitura, seguida da escrita, localização do substantivo em sala de aula, e por último, entendimento e uso do nome no cotidiano.
A aprendizagem é um processo de assimilação, e está ocorre sempre que uma nova informação interage com outra existente na estrutura cognitiva.
Outra medida incentivadora é a criação de espaços de leitura, incluindo os alunos em todo o processo, desde escolha da cor, gravuras, textos e fotos. Além da criação, deve-se estimular a utilização do mesmo, com uso de títulos no decorrer da aula, solicitando aos alunos que retirem os títulos no local, e assim avaliar o grau de reconhecimento das palavras e envolvimento dos educandos na atividade.
Mais alternativas são: dramatização de cenas, visita conjunta à biblioteca, uso de artigos de revistas infantis para cortar, modelar ou redesenhar os personagens, pequenos ditados com as palavras mais utilizadas e leitura em voz alta.
A escrita é um meio de expressão e conservação de ideias e pensamentos, e para crianças também deve atender essa demanda. Muitos professores e pais ensinam a escrita, sem se preocupar se o conteúdo é realmente compreendido e dominado.
O aluno deve sentir necessidade de externar seu pensamento, assim como o faz por meio da fala. Primeiramente o educador pode escrever algo ditado pelo próprio educando, e depois o aluno copiará o que foi escrito. Sempre lembrando que a oralidade tem uma gama enorme de palavras, que por vezes a criança nem imagina como escrever, então é importante deixá-la apresentar essas novas palavras, e não apenas trabalhar com as mais simples.
Um bom exemplo é um concerto de música, você consegue distinguir quais são os instrumentos de sopro dos de corda? Aplica-se a mesma dificuldade para transição da escrita silábica para silábico-alfabética. A sonoridade é sempre carregada pelas vogais, então em alguns momentos pode acontecer de o aluno escrevê-las inicialmente. Vamos utilizar como exemplo a palavra SOPA, o aluno escreve apenas OA, e depois, sentindo a falta de letras, coloca as consoantes no final, OASP. Todas as letras foram mencionadas. A desordem faz parte desse processo, então cabe ao professor criar situações didáticas que induzam o aprendiz a analisar o interior das palavras.
O artigo de Emília Ferrero: A Desestabilização das Escritas Silábicas pode ajudar no processo de elucidação e aplicação de novas práticas.
É impossível dissociar a leitura da escrita, então o mais importante é testar os mais variados métodos, analisar os resultados obtidos, e colocar-se sempre no lugar dessas crianças desbravando um mundo inteiramente novo!
Com informações do: CANAL DO ENSINO