Produção de Texto no Ciclo da Alfabetização

PRODUÇÃO DE TEXTOS NO CICLO DA ALFABETIZAÇÃO “Não se pode separar a aprendizagem da escrita de seu uso. É preciso praticar para aprender e não aprender para praticar. Não se aprende a escrita sem utilizá-la.”

Da mesma forma que ler não é sinônimo de decodificar, produzir um texto não é sinônimo de grafá-lo.

Podemos produzir um texto, mesmo sem sermos, necessariamente, o escriba, ou seja, aquele que escreve. Nessa concepção, uma criança pode ser autora de texto, mesmo antes de ter o domínio do código.

Ao produzir um texto, o autor precisa vivenciar um processo que se inicia antes de colocar o texto no papel e que não termina depois de grafá-lo.

E é exatamente esse o processo que precisa ser percebido pela criança, ao produzir o seu texto, considerando: Para que e para quem se está produzindo o texto? O que está produzindo? Que tipo de texto? Como será produzido: Que ideias Como colocá- las em palavras? Como distribuí-las na página?

É preciso pensar em atividades e recursos que possibilitem à criança compreender esse processo. Como desencadear esse processo?

Primeiramente, é preciso considerar que ninguém escreve do “nada”. Produzir é apropriar-se da língua escrita como objeto sócio-cultural, é apropriar-se de aspectos presentes nas práticas sociais da escrita. É interagir com os diversos gêneros textuais em situações reais.

É perceber que para cada objetivo, para cada propósito, produz-se uma forma diferente de discurso.

É fundamental que as crianças convivam com bons modelos textuais. São esses modelos que servirão de parâmetros para elas produzirem seus textos.

No processo de interação com os textos reais o aluno vai construindo habilidades e estratégias para a produção de textos. É um movimento que vai da apreciação e reprodução de textos à autoria, passando pelo exercício de co-autoria, tendo o professor como mediador do processo.