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Brasil assume presidência pro tempore do setor educacional e propõe sistema de avaliação

A presidência pro tempore do Setor Educacional do Mercosul está com o Brasil a partir desta sexta-feira, 16. Durante a 50ª Reunião de Ministros de Educação do Mercosul (RME), em Buenos Aires, o Brasil assumiu o posto – que estava com os argentinos – e já sugeriu a implementação de um sistema comum de avaliação de indicadores de qualidade para a educação básica. A área é uma das prioridades do ministro Mendonça Filho desde que assumiu o Ministério da Educação.
A sugestão é baseada no sistema já desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao MEC. “O Inep tem grande expertise na avaliação da educação em termos de qualidade, com critérios que são cada vez mais consagrados internacionalmente e que, por certo, pode ser um espaço de intercâmbio de relacionamento na região”, afirmou o ministro.

A aprovação do novo ensino médio foi citada por Mendonça Filho como um dos esforços do país para melhorar os indicadores de qualidade. “Estamos vivendo um grande momento de transformação e essa mudança tem como lógica maior flexibilidade e oportunidade aos jovens”, disse. Nos últimos dez anos, o orçamento para o setor triplicou, mas o desempenho e os resultados estiveram entre os piores da história. “A nossa busca hoje, em termos de política educacional no âmbito do Brasil, enfatiza não só a questão do incremento e aumento do orçamento para a área educação, mas também a questão da eficácia”.
Além do Brasil, a reunião teve a presença de representantes do Paraguai, Bolívia, Uruguai, Colômbia, Equador e da Argentina, a anfitriã. “Na condição de ministro da Educação do meu país, me sinto honrado partilhando de uma mesa tão expressiva do ponto de vista de representatividade dos países que compõem o Mercosul”, celebrou Mendonça Filho. Até o final deste ano, o Brasil será o responsável pela organização de reuniões e de tomada das decisões necessárias para levar adiante as atividades da área de educação do Mercosul.
O ministro aproveitou a oportunidade para reiterar que o Brasil seguirá empenhado na missão de tornar a educação uma ferramenta de integração. Como exemplo, destacou as ações desenvolvidas no âmbito do Cone Sul, como os avanços na agenda que envolve a educação superior. “No ano passado, nós referendamos algumas disposições do Conselho Nacional de Educação do Brasil e editamos portarias para facilitar a mobilidade entre universitários dos países membros do Mercosul”, lembrou.
Mendonça Filho também apresentou alguns pontos que deverão ser fortalecidos na educação, como o ensino médio e o ensino técnico profissionalizante. “À medida que não temos jovens qualificados, dificultamos a inserção deles no mercado de trabalho”, disse. É importante que tenhamos condições de ampliar essas oportunidades na região”.
Durante a reunião, as autoridades também aprovaram o Plano do Setor Educacional do Mercosul. O documento deverá guiar as atividades do bloco na área educacional até 2020.
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Fonte: MEC
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