Nesta postagem selecionamos para vocês alguns Poemas sobre Folclore prontos para imprimir, com uma excelente qualidade, já formatado pronto para baixar.
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Poemas sobre Folclore
O FOLCLORE BRASILEIRO
Merlânio Maia
Tem cuidado caçador
Que lá vem DONA CAIPORA
Que tem pelo cabeludo
Não tem chapéu, nem espora
Mas monta um porco do mato
Se és matador de fato
Caipora te pega agora!
O filho após sete filhas
Em noite de Lua cheia
Meia noite, meia hora,
Meia volta, volta e meia
Se transforma em LOBISOMEM
Não é mulher, nem é homem
Garra e pêlo, ô coisa feia!
O BOITATÁ não é boi
Só tem um olho na testa
É um protetor da mata
E se esconde na floresta
Mas tem um rabo que sobra
O resto parece cobra
Faz da crença sua festa!
Ouve um relincho bem triste
Basta apenas que anoiteça
Soltando fogo na frente
A assustar quem apareça
Correndo dentro das matas
Dando coices com as patas
É a MULA SEM CABEÇA!
Negrinho de perna só
De carapuça encarnada
Pulando dentro da mata
De estridente gargalhada
É o SACI na diabrura
PERERÊ que na cultura
É Coisinha endiabrada!
NEGRINHO DO PASTOREIO
Menino estraçalhado
Por seu dono tão cruel
Senhor do mal, desalmado
Negrinho ao morrer seduz
Voltando cheio de luz
Pelo povo idolatrado!
Dentro do Rio Amazonas
Nas águas de remansar
Vive a poderosa IARA
Cantando pra encantar
Os mais jovens ribeirinhos
Cheia de encanto e carinho
Pra com eles se casar!
Dele todos agressores
Fogem com medo da ira
Quem mata e destrói a mata
Teme e tremendo se vira
Com pavor do indiozinho
Pés pra traz e bem ruivinho
Que é o próprio CURUPIRA
Assim é o nosso Folclore
Cheio de sabedoria
Que protege nossas matas
Contra toda tirania
Contra a ambição do tirano
Educando o ser humano
Com cultura e alegria!
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Poemas sobre Folclore prontos para imprimir
O Curupira
Seu Curupira, dono da mata,
como é, como é você?
Quem já viu o Curupira
cai sempre em contradição:
uns falam que ele é gigante,
outros, que é um curumim
e outros, que é um anão.
Uns falam que ele se mostra,
outros dizem que se escondem
bem dentro do breu da noite.
Mas ninguém duvida, jamais,
que o Curupira protege
as matas e as florestas
e é o senhor dos animais.
E o Curupira, se vê um caçador,
vira mágico e vira a mata.
Dá sinais, engana e pia,
assobia e espanta as aves
e espanta os outros animais.
E assim ele desvia a morte
e desvia dos caminhos o caçador.
Se o caçador não se retira,
vira fera o Curupira,
Os pêlos soltam-se do corpo,
monta num porco-espinho
e, com ira, o Curupira se atira
pra cima do caçador.
Na mata, o caçador já não mata:
chegou seu dia de caça,
vira caça do Curupira.
E o Curupira, se vê um lenhador,
brinca de esconde-esconde.
Só pra defender a floresta,
nos troncos ele se esconde.
O corpo se encolhe pra dentro,
a queixada e as imensas orelhas
se balançam com febre pra fora.
Nervosos, os galhos de agitam
e os pêlos do Curupira se arrepiam
e soltam mil choques e luzes.
O lenhador quase pira:
pega o machado, dá no pira,
sem ver que era o Curupira.
E o Curupira só ternura inspira
aos habitantes da mata.
Mas quem mata ou destrói a mata
vai ter que enfrentar a ira
do valente Curupira.
Seu Curupira, dono da mata,
como é, como é você?
Elias José, Cantos de encantamento, 1996. Pag, 12-13
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Poema o Curupira para imprimir
Encontro com lobisomem
Dizem que lobisomem
É meio bicho e meio homem
Que nas noites de lua cheia
A tudo que encontra consome.
É folclore no Brasil
Mas alguém fala existir
É monstro feio cabeludo
Ao falar dele todos param de rir.
O lobisomem rasga os cachorros
Por onde passa deixa o rastro
É sanguinário é bestial
Maltrata os animais no pasto.
Encontrei com um lobisomem
Quando ia namorar
A noiva morava no sítio
Nem gosto disso lembrar.
Ele olhou para mim
Com aqueles olhos terríveis
Olhos grandes e rasgados
Janelas pro invisível.
Enfrentei o lobisomem
Ora parecia bicho, ora parecia homem
Com urros terríveis
O medo quase me consome.
Quase vim a desmaiar
Quando veio me pegar
Parecia do além
Situação difícil para alguém.
Criei força e coragem
Ferveu nas veias o sangue nordestino
Aquilo para mim era visagem
Morrer ali seria meu destino?
Nada disso, chamei por Deus e Jesus
O bicho me perseguia
Era violento e terrível à vista
Momentos que para ninguém eu queria.
O monstro quase me abraçou
Abraço temível sem amor
Minha blusa com as unhas tirou
Quase minha pele devorou.
Acertei-o com um murro
Era duro como pedra
Quase quebrei a mão
Ao bater naquela fera.
Ao procurar sacar a arma
O bicho não me dava chance
Pulava pra cima de mim
Estava mais feio que antes.
Consegui ferir o bicho
Que soltou um alto grito
Na mata ele entrou, não sei o que ele era
E nunca mais voltou…
Poema do livro: “NÓS SOMOS POESIA” – Antonio Cícero da Silva, 2005, RJ
Poema Encontro com lobisomem para imprimir
Poema – Sacizadas
O leite azedou
O ovo gorou
Será que o mundo
Maluco ficou?
Meu livro sumiu
Ninguém mexeu
Pedaço de toco
O boi comeu.
Galinha fugiu
Redemoinho formou
Vim cá correndo e
Ninguém me chamou.
Cadê o toicinho
Que eu pus bem ali?
Acho que um saci
Passou por aqui…
Sander, Fernanda
Texto inédito, 2002.
Poema Sacizadas para imprimir
Saci Pererê (autor desconhecido)
Moleque pretinho
das estórias da vovó
cachimbo de barro
pulando e saltando
numa perna só
O saci pererê
quando pensa em brincadeira
põe criança no espinho
que é difícil de encontrar
O saci pererê
só depois de sete dias
com promessa e simpatia
a gente tira ela de lá
O Rei mandou me chamar (autor desconhecido)
O Rei mandou me chamar,
pra casar com sua filha.
Só de dote ele me dava,
Europa, França e Bahia.
Me lembrei do meu ranchinho,
da roça, do meu feijão.
O Rei mandou me chamar.
Ó seu Rei, não quero não.
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