Troque algumas frases ao falar com crianças nervosas e sinta a diferença:
Seja sua criança aquela que vai acumulando o nervosismo até explodir ou de pavio curto, que explode à mínima provocação, todas podem se beneficiar de algumas técnicas de controle da raiva. Como pais, damos base para essas habilidades nas crianças dependendo de como lidamos com nossas emoções quando enfrentamos uma crise nervosa de nossos filhos.
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Da próxima vez que estiver lidando com uma birra daquelas, ou for ignorado por um adolescente, faça o teste e tente uma dessas 26 frases.
Troque algumas frases ao falar com crianças nervosas e sinta a diferença:
1. Em vez de: Pare de atirar as coisas!
Tente: Quando você joga seus brinquedos, acho que é porque não gosta de brincar com eles. É isso?
Essa técnica de interlocução foi pensada para ajudar a comunicar sentimentos sem confronto. Não apenas isso deixa as linhas de comunicação abertas como te ajudam a modelar a mesma situação na sua perspectiva, o que permite à criança repensar aquilo na sua própria perspectiva.
2. Em vez de: Isso não é coisa de menino grande!
Tente: Mesmo meninos grandes e até gente grande sente essas coisas. Tá tudo bem, vai passar.
Sejamos honestos: quando mais velho seu filho fica, maiores são os problemas que enfrenta e maiores são os sentimentos que tem. Dizer a eles que meninos grandes não têm raiva, frustração ou ansiedade simplesmente não é verdade. Também encoraja a criança a evitar esse tipo de emoções e não permite que ela processe aquilo de uma forma saudável.
3. Em vez de: Nem pense em bater!
Tente: Tudo bem sentir raiva, mas não vou deixar que você bata. Precisamos que todo mundo esteja seguro.
Isso passa a mensagem de que a emoção é normal, mas que a ação, não. Separar as duas coisas vai ajudar seu filho a aprender a fazer o mesmo.
4. Em vez de: Tá difícil você, hein?
Tente: Difícil essa, hein? Vamos descobrir juntos como resolver.
Quando uma criança está com uma dificuldade, é importante entender por quê. Essa frase reforça a ideia de que vocês estão no mesmo time e que têm o mesmo objetivo.
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5. Em vez de: Chega, você vai ficar de castigo!
Tente: Vamos para o nosso lugar de ficar calmo.
Isso inverte a coisa de “ficar de fora” e sugere que se “fique dentro”, permitindo uma reconexão ao invés do isolamento.
6. Em vez de: Escove os seus dentes agora!
Tente: Quer escovar os seus dentes ou do seu bichinho de pelúcia antes?
Crianças usam birras como forma de controlar seu ambiente. Dessa forma, você está oferecendo uma escolha e, por sua vez, algum tipo de controle.
7. Em vez de: Coma tudo ou vai para a cama com fome!
Tente: Como podemos deixar essa comida mais gostosa?
Isso coloca sobre a sua criança a responsabilidade de encontrar uma solução.
8. Em vez de: Seu quarto está um nojo! Você está de castigo até que ele fique limpo.
Tente: Que tal começar a arrumar por esse cantinho aqui? Eu te dou uma mão.
Em vez de dar foco na imensa tarefa de limpar uma baita bagunça, mude-o para simplesmente começar. Começar uma tarefa indesejada pode dar ímpeto e impulso para continuar.
9. Em vez de: Nós. Estamos. SAINDO!
Tente: O que você precisa para estar pronto para sair?
Permita que as crianças entendam os processos de transição em suas vidas. Isso ajuda a evitar a luta pelo poder e dá um sinal nas mentes das crianças de que uma transição está acontecendo, de uma atividade para outra. É uma ótima brincadeira para quando vocês não estão indo a lugar algum.
10. Em vez de: Para de choramingar!
Tente: Que tal falar isso com a sua voz normal?
Às vezes as crianças choramingam sem nem perceber. Ao pedir que elas falem de novo em um tom normal, você ensina elas que a forma como se diz as coisas é importante.
11. Em vez de: Para de reclamar!
Tente: Eu te ouvi. Você consegue resolver isso?
De novo, isso põe na criança a responsabilidade. Da próxima vez que seu filho ou filha estiver reclamando sem parar sobre escola/jantar/irmãos, peça que pense em soluções. Lembre a criança de que não há respostas incorretas e que quanto mais maluca for a solução, melhor.
12. Em vez de: Quantas vezes vou ter que falar???
Tente: Acho que você não me ouviu da primeira vez. Que tal se, quando eu disse, você sussurrar de volta pra mim?
Fazer sua criança repetir o que foi dito solidifica a mensagem. Variar o volume também adiciona um elemento divertido.
13. Em vez de: Para de se chatear com isso!
Tente: Fazer _____ está muito difícil? Vamos dar um tempinho e voltamos em 17 minutos.
Isso parece meio aleatório, mas uma forma científica de produtividade é trabalhar 52 minutos e descansar 17. Ao dar um tempo da tarefa estressante, você volta pronto para recomeçar, mais concentrado e mais produtivo que antes. O mesmo se aplica a lição de casa, praticar o piano ou fazer algum esporte.
14. Em vez de: Vai para o seu quarto!
Tente: Vou ficar aqui por perto quanto você estiver pronto(a) para um abraço.
Novamente, o isolamento passa a mensagem de que há algo errado com a sua criança. Ao dar espaço até que esteja pronta para um novo contato, você provê a segurança de que você sempre estará lá para ela.
15. Em vez de: Você está me fazendo passar vergonha!
Tente: Vamos para um outro lugar onde a gente possa resolver isso.
Lembre-se, nem tudo lhe diz respeito. Sua criança e seus sentimentos estão envolvidos. Ao remover ambos da situação, você reforça o trabalho em equipe em tirar a atenção do comportamento que ela está mostrando.
16. Em vez de: (Suspirando e virando os olhos)
Tente: (Fazer contato visual, lembrando os principais pontos fortes de seu filho, dando um sorriso compadecido.
Pratique manter em vista os pontos fortes de sua criança.
17. Em vez de: Você é impossível!
Tente: Você está passando por uma coisa difícil. Vamos resolver isso juntos.
Sempre, sempre separe o comportamento da criança, reforce a emoção e trabalhe junto para encontrar uma solução.
18. Em vez de: Para de gritar!
Tente: Vou fingir que estou apagando as velinhas no bolo de aniversário. Você me ajuda?
A respiração profunda ajuda a restaurar a calma no corpo. Essa brincadeira faz com que a criança coopere e trabalhe na respiração. Para crianças mais velhas, diga que respirem como o Darth Vader.
19. Em vez de: Eu não estou podendo com você agora!
Tente: Eu estou começando a ficar chateado, então vou ficar paradinho aqui para me acalmar.
Ensine as crianças a identificar e governar suas emoções sendo um modelo em tempo real.
20. Em vez de: Acabou a conversa!
Tente: Eu te amo. E preciso que você entenda que _____ não é certo. Tem algo que você quer que eu entenda?
Isso mantém aberto o diálogo e permite expressar a emoção de forma saudável.
21. Em vez de: Estou perdendo a paciência!
Tente: Verde e calmo, amarelo é chateado, vermelho é bravo — agora eu estou no amarelo, indo para o vermelho. De que cor você está? Como a gente pode voltar para o verde?
Dê uma forma visual de as crianças expressarem como se sentem. Você pode se surpreender com o que dizem e o tipo de soluções que elas vão encontrar.
22. Em vez de: Eu NÃO vou mudar!
Tente: Me desculpe se você não gosta como eu _____. Como podemos fazer melhor da próxima vez?
Mudar o foco do evento para a solução elimina a luta pelo poder.
23. Em vez de: Para de dizer “Não!“
Tente: Eu já ouvi o seu “Não”. Eu entendi que você não quer. Vamos encontrar um jeito de fazer diferente.
Ao entender o que o “Não” de seu filho quer dizer, você está diminuindo o tamanho da coisa. Em vez de ficar na discussão sim/não, mude o roteiro e foque no futuro, na solução que está à frente.
24. Em vez de: Não fique bravo(a)!
Tente: Eu também fico bravo às vezes. Vamos dar o grito do guerreiro para botar para fora essa braveza.
Um estudo recente mostra que gritar quando estamos machucados interrompe a mensagem da dor que vai para o cérebro. Ainda que a criança possa não estar com uma dor de verdade, um grito de guerra pode ajudar a liberar a energia ruim de uma forma divertida. Encontre um grito de guerra ou mantra para gritar junto com a criança.
25. Em vez de: Para de exagerar!
Tente: Você está tendo uma reação grande a uma emoção grande. Se ela tivesse a cara de um monstro, como seria isso que você está sentindo?
Quando as crianças estão cansadas, com fome ou hiperestimuladas, elas exageram na dose. Colocar um rosto na emoção que sentem externaliza o problema e permite que a criança responda ao seu monólogo interno de raiva. Isso vai ajudá-las a exercitar o controle sobre a emoção.
26. Em vez de: Para com isso!
Tente: Estou aqui para você. Eu te amo. Você está seguro(a). (Então sente-se parado com a criança e permita que a emoção venha e depois passe.
Quando está brava ou em pânico, o corpo da criança está experimentando uma resposta de estresse em que ela se sente literalmente insegura. Ao permitir que se sintam seguras, você a ampara até que o desconforto passe. Essa é uma habilidade vital de resiliência.
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