Dewey e o conceito da escola progressista: Artigo enviado pelo nosso parceiro “Professor Marcos L Souza – Pedagogo – Psicopedagogo – Educador musical – Historiador.
Dewey e o conceito da escola progressista
O filósofo John Dewey (1859-1952), tornou-se um dos maiores pedagogos americanos, contribuindo intensamente para a divulgação dos princípios do que ficou conhecido como ESCOLA NOVA. Entre outras, escreveu, Meu credo Pedagógico, A escola e a criança, Democracia e educação.
Suas ideias foram aplicadas em Chicago quando fundou uma escola experimental, na qual destacou a relação da vida com a sociedade, dos meios com os fins e da teoria com a prática.
Dewey enfatiza a educação pela ação e critica severamente a educação tradicional, principalmente no que se refere à ênfase dada ao intelectualismo e a memorização, sem trabalhar conceitos como o uso do lúdico para auxiliar na formação educacional da criança. O conhecimento é uma atividade dirigida que não tem um fim em si mesmo, mas está dirigido para a experiência. As ideias são hipóteses de ação e são verdadeiras quando funcionam como orientadoras dessa ação. Dewey enfatizou a importância do estímulo produzido pela autonomia e criatividade ligadas a dinâmicas e atividades específicas para cada fase de aprendizado da criança.
Para Dewey, a educação tem como finalidade propiciar à criança condições para que resolva por si própria os seus problemas, e não as tradicionais ideias de formar a criança de acordo com modelos prévios, ou mesmo orientá-la para um porvir.
Seguindo seu argumento e pesquisa, Dewey pressupõe e chega à conclusão de que a escola não pode ser uma preparação para a vida, mas sim, a própria vida. Assim, para ele, vida-experiência e aprendizagem estão unidas, de tal forma que a função da escola encontra-se em possibilitar uma reconstrução permanente feita pela criança da experiência.
A educação progressiva está no crescimento constante da vida, na medida em que o conteúdo da experiência vai sendo aumentado, assim como o controle que podemos exercer sobre ela.
Assim é primordial que o educador descubra os verdadeiros interesses da criança, para apoiar-se nesses interesses, pois para ele, esforço e disciplina, são produtos do interesse e somente com base nesses interesses a experiência adquiriria um verdadeiro valor educativo, ou seja, é necessário que o mediador descubra os interesses da criança a fim de utilizar meios para que o aprendizado se torne prazeroso e eficaz.
Dewey atribui grande valor às atividades manuais, pois apresentam situações problemas concretas para serem resolvidas, considerando ainda, que o trabalho desenvolve o espírito de comunidade, e a divisão das tarefas entre os participantes, estimula a cooperação e a consequente criação de um espírito social. Dewey concebe que o espírito de iniciativa e a independência, leva à autonomia e ao autogoverno, que são virtudes de uma sociedade realmente democrática, em oposição ao ensino tradicional que valoriza a obediência e tem a criança como ser passivo no processo de aprendizagem.
A Educação, para ele, é uma necessidade social, os indivíduos precisam ser educados para que se assegure a continuidade social, transmitindo suas crenças, ideias e conhecimentos. Ele não defende o ensino profissionalizante, mas vê a escola voltada aos reais interesses dos alunos, valorizando sua curiosidade natural.
Dewey, vê na escola o instrumento ideal para estender a todos os indivíduos os seus benefícios, tendo a educação uma função democratizadora de igualar as oportunidades. Advém dessa concepção o “otimismo pedagógico” da escola nova, tão criticado pelos teóricos das correntes crítico-reprodutivistas.
O PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM PARA DEWEY ESTARIA BASEADO EM:
– Uma compreensão de que o saber é constituído por conhecimentos e vivências que se entrelaçam de forma dinâmica, distante da previsibilidade das ideias anteriores;
-Alunos e professor detentores de experiências próprias, que são aproveitadas no processo. O professor possui uma visão sintética dos conteúdos, os alunos uma visão sincrética, o que torna a experiência um ponto central na formação do conhecimento, mais do que os conteúdos formais;
-Uma aprendizagem essencialmente coletiva, assim como é coletiva a produção do conhecimento.
O conceito central do pensamento de Dewey é a experiência, a qual consiste, por um lado, em experimentar e, por outro, em provar. Com base nas experiências que prova, a experiência educativa torna-se para a criança num ato de constante reconstrução.
A pedagogia de Dewey apresenta muitos aspectos inovadores, distinguindo-se especialmente pela oposição à escola tradicional e defendendo novos conceitos para educação, porém não questiona a sociedade e seus valores como estão propostos no seu tempo; sua teoria representa e enfatiza plenamente os ideais liberais de um novo modelo educacional progressista, ressaltando que a educação deve sim acompanhar a evolução e as mudanças sociais.
Dewey e o conceito da escola progressista em PDF
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