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Ideias de jogos para desenhar no pátio

Ideias de jogos para desenhar no pátio

Ideias de jogos para desenhar no pátio

Selecionamos nesta postagem diversas Ideias de jogos para desenhar no pátio.

A importância dos jogos para o desenvolvimento psicológico da criança

Lúdico do latim ludus significa jogo, segundo Nunes (1998). Segundo Huizinga (1995) o jogo pode ser considerado como uma atividade livre, conscientemente tomada como “não-séria” e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total.

É uma atividade desligada de todo e qualquer interesse material, com a qual não se pode obter lucro, praticada dentro de limites espaciais e temporais próprios, segundo uma certa ordem e certas regras. Promove a formação de grupos sociais com tendências a rodearem-se de segredo e a sublinharem sua diferença em relação ao resto do mundo por meio de disfarces ou outros meios semelhantes.

Para Platão e outros pensadores da Grécia antiga era importante que as crianças em seus primeiros anos de vida e ambos os sexos deveriam ser educados com jogos educativos e deveria começar aos sete anos.

Era contra os jogos competitivos, pois não valorizavam o caráter e a personalidade fazendo com que as crianças acabassem tendo uma formação danificada. (NUNES DE ALMEIDA, 1998). Para os egípcios, maias, romanos, os jogos eram passados para os jovens de geração a geração pelos mais velhos onde aprenderiam através de seus ensinamentos valores e conhecimento para as normas sociais do padrão de vida. ‘Com a ascensão do cristianismo, os jogos foram perdendo seu valor, pois eram considerados profanos e imorais e sem nenhuma significação. ’ (NUNES ALMEIDA, 1998). No brincar, a criança lida com sua realidade interior e sua tradição livre da realidade exterior. (MARCONDES, MARINA, 1994) Segundo Marcondes Marina (1994), o brincar com o seu próprio corpo significa descobrir a si mesmo.

O que para uma criança é uma festa, pois começa a inventar joguinhos, como fechar e abrir os olhos como se estivesse achando algo ou escondendo-se. A criança que brinca livremente do seu jeito, a sua maneira acaba transmitindo seus sentimentos, ideias, fantasias. Brincar é também raciocinar, descobrir, persistir e perseverar; aprender a perder percebendo que haverá novas oportunidades para ganhar; esforçar-se, ter paciência, não desistindo facilmente. Brincar é viver criativamente no mundo.

Ter prazer em brincar é ter prazer em viver; (MARCONDES ,MARINA,1994). Brincar sem imposições de regras rígidas e impostas torna o ato de brincar mais espontâneo e acaba que a criança por seu próprio pensar, cria, recria e modifica. Essa vasta possibilidade que o jogo possibilita no momento do brincar proporciona o momento da aprendizagem aguçando sua criatividade, seu pensar e seu modo de agir com o meio. Segundo Marcondes Marina (1994), brincar para criança pequena é fonte de autodescoberta, prazer e crescimento. Segundo Piaget (1975b), os jogos estão diretamente ligados ao desenvolvimento mental da infância; tanto a aprendizagem quanto as atividades lúdicas constituem uma assimilação do real. Almeida (1995) diz que a brincadeira simboliza a relação pensamento-ação da criança, e, sendo assim, constitui-se provavelmente na matriz formas de expressão da linguagem (gestual, falada e escrita).

Os jogos têm um papel no desenvolvimento psicomotor e no processo de aprendizado de domino do social da criança, através dos jogos é possível exercitar os processos mentais e o desenvolvimento da linguagem e hábitos sociais. (DINELLO, 1984 AUPD SERAPIÃO, JOÃO, 2004). O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação do real à atividade própria, fornecendo a este seu alimento necessário e transformando o real em função de suas necessidades múltiplas do eu. (PIAGET APUD SERAPIÃO, JOÃO, 2004).

Através de jogos é possível que a criança tenha uma dimensão de tempo (antes – depois), quantidade (pouco – muito), compreensão da sequência (início-fim). (HARTLEY, 1971). Para Pettry (1988) o jogo é uma atividade própria da criança e esta centrada no prazer que proporciona a ela. Brincadeiras com o corpo em movimento auxiliam as crianças a compreender e a relacionar conceitos de: perto, longe, atrás, mais perto, em cima, na frente, ou seja, ela sustenta o que Hartley já havia dito sobre a importância da criança brincar ou jogar.

É possível desenvolver relacionamentos, pois o ato de brincar, jogar é necessário que haja uma interação, pois assim o aprendizado torna-se mais eficaz para ambas as crianças, pois a troca de conhecimento é vasta.

Bijou (1978) faz uma distinção entre o jogo estruturado e o livre (espontâneo), onde o jogo estruturado é aquele em que a criança se engaja em um determinado ambiente onde as matérias, instruções, ajudas implícitas e explicitas são feitas para ajudarem a criança a alcançar seu objetivo, ou seja, é induzida na forma ‘certa’ de brincar e de chegar ao destino desejado da brincadeira. Já no jogo livre (espontâneo) é onde o objetivo e o brinquedo são escolhidos naturalmente pela criança, para Piaget sua importância a esse tipo de jogo é incentivado e motivador no processo da aprendizagem, já que este dá a criança uma razão própria que faz exercer de maneira significativa sua inteligência e sua necessidade de investigação (PIAGET, 1994, apud GIOCA, MARIA INEZ, 2001).

Segundo o Referencial Curricular Nacional (1998) a criança precisa brincar, ter prazer e alegria para crescer, precisa do jogo como forma de equilíbrio entre ela e o mundo e através do lúdico a criança desenvolve. Segundo Gilles (1998), o jogo se inscreve num sistema de significações que nos leva, por exemplo, a interpretar como brincar, em função da imagem que temos dessa atividade.

É a construção do conhecimento, principalmente, nos períodos sensório motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas estruturam seu espaço, seu tempo, desenvolvem a noção de casualidade chegando a representação e, finalmente a lógica (PIAGET, 1994 apud GIOCA, MARIA INEZ, 2001).

Trabalhando o imaginário Segundo Gallahue (2008) a criança através do jogo trabalha o imaginário, joga como se tal coisa fosse o que não é, como se estivesse em tal sitio onde não está, como se visse tal paisagem que não vê. As coisas no jogo não são o que são, mas como se fossem outra coisa. E as outras crianças que entram no jogo não são o que são, mas como se fossem outras crianças, incorporando personagens. A linguagem do jogo é a do modo condicional: isto seria uma casa, tu serias a cozinheira, eu seria a mãe e, um pouco depois, todas aquelas coisas já o são. Na sua imaginação, a criança forjou uma nova realidade.

Segundo Samulski (2005) o jogo é o melhor caminho que encontra para mostrar a sua personalidade. O pai que queira saber como é o seu filho, que o deixe jogar e, respeitando o seu jogo, observe-o como é.

Se preferir os jogos de composição ou os que se desmancham, daí poderá deduzir o seu espírito de construção ou de conquista, se preferir os de invenção ou os de análise, poderá deduzir uma tendência para a vida ativa ou para a especulação; se preferir os jogos sossegados ou os violentos poderá deduzir a tendência para a vida contemplativa ou ativa; se joga com ordem ou desordenadamente, se é constante nos seus jogos ou se os varia a cada momento, se prefere jogar acompanhado ou quer jogar sozinho, se jogando oferece a vitória ou a retém se manda ou obedece. Através do jogo passa toda a psicologia da criança; e a personalidade do adulto na hora do trabalho ou do convívio social, é ainda o reflexo da personalidade que demonstrou com os seus jogos quando era menino.

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Ideias de jogos para desenhar no pátio

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