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Pai volta para sala de aula para aprender a se comunicar com filho surdo

Pai volta para sala de aula para aprender a se comunicar com filho surdo

Pai volta para sala de aula para aprender a se comunicar com filho surdo

Pai volta para sala de aula para aprender a se comunicar com filho surdo – Com o projeto Mãos que transformam vidas, a professora Célia tem aproximado pessoas e mostrado uma nova fonte de renda para a população.

Aos 47 anos de idade, Ricardo Rodrigues da Silva decidiu voltar para a sala de aula para aprender a se comunicar com o filho Felipe Ramos, de 18 anos, que é deficiente auditivo.

Com nenhum entendimento de Libras (Língua Brasileira de Sinais) a comunicação em casa, antes das aulas, era baseada em alguns sinais, que facilitavam a convivência. “Ele faz muita leitura labial e eu me virava com alguns gestos, mas para melhorar a nossa comunicação resolvi fazer as aulas gratuitas de Libras da professora Celia, na Emef Leonel de Moura Brizola. E não me arrependo”.

Felipe Ramos perdeu a audição aos 10 meses de vida por causa da meningite. Ricardo conta que as aulas têm aproximado ele e o filho. “Ele sempre aprendeu Libras na escola, mas eu não sabia nada. Quando meu filho descobriu que eu estava interessado em aprender a língua dele, ficou muito feliz e começou a me ajudar nos estudos”.

Emocionado, o pai relata que, com as aulas, conseguiu descobrir, depois de 18 anos, qual é o sinal de identificação dele para o filho. “Descobri como ele me chama! Estou muito feliz, principalmente porque agora consigo falar para ele: eu te amo”.

Voluntariado

Histórias como a de Ricardo e Felipe são possíveis graças à dedicação de professores, como Célia Valério, que reserva algumas horas da sua rotina para se dedicar ao voluntariado e ao ensino da Libras.

Com o projeto “Mãos que transformam vidas”, a pedagoga e especialista em deficiência mental, intelectual e surdez, está quebrando preconceitos, aproximando familiares e amigos e mostrando uma nova fonte de renda e trabalho para a população, que é o trabalho como intérprete de Libras.

“A gente passa por tanta dificuldade para alcançar as coisas, que não podemos guardar conhecimento. Temos que transmitir para quem quiser aprender, principalmente dentro de comunidades carentes”, disse Célia.

A professora afirma que já trabalha com o serviço voluntário há 11 anos, sendo sete com Libras. Na Serra, o projeto foi implantado este ano na escola municipal Leonel, em Bairro das Laranjeiras. As aulas acontecem todo terça-feira, das 18 às 20 horas. “Estamos construindo um trabalho voltado para os valores humanos, a cultura, a arte e a língua de sinais”.

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