Muitos se confundem com os termos Letramento e Alfabetização, há uma grande diferença entre os dois, confira:
LETRAMENTO: É um processo de inserção e participação na cultura escrita. Trata-se de um processo que tem início quando a criança começa a conviver com as diferentes manifestações da escrita na sociedade (placas, rótulos, embalagens comerciais e revistas, etc)
ALFABETIZAÇÃO: O ambiente em que o indivíduo está inserido pode ser um grande facilitador para o processo de letramento.
Processo de descoberta do código escrito pela criança letrada é mediado pelas significações que os diversos tipos de discursos têm para ela, ampliando seu campo de leitura através da alfabetização.
Entende-se que a ação pedagógica mais adequada e produtora é aquela que contempla de maneira articulada, a alfabetização e o letramento.
O ato de ler e escrever deve começar a partir de uma compreensão muito abrangente do ato de ler o mundo, coisa que os seres humanos fazem antes de ler a palavra.
COMO TRABALHAR EM SALA DE AULA?
Trabalhar com história em quadrinhos no processo de alfabetização ou letramento é de grande importância, pois estimula a imaginação e a criatividade, desperta o interesse pela leitura e a escrita das crianças, além de divertir.·
O ambiente em que o indivíduo está inserido pode ser um grande facilitador para o processo de letramento.
Alguns passos fundamentais para o desempenho do papel do “professor – letrador”:
1) Investigar as práticas sociais que fazem parte do cotidiano do aluno, adequando-as à sala de aula e aos conteúdos a serem trabalhados;
2) Planejar suas ações visando ensinar para que serve a linguagem escrita e como o aluno poderá utilizá-la;
3) Desenvolver no aluno, através da leitura, interpretação e produção de diferentes gêneros de textos, habilidades de leitura e escrita que funcionem dentro da sociedade;
4) Incentivar o aluno a praticar socialmente a leitura e a escrita, de forma criativa, descobridora, crítica, autônoma e ativa, já que a linguagem é interação e, como tal, requer a participação transformadora dos sujeitos sociais que a utilizam;
5) Recognição, por parte do professor, implicando assim o reconhecimento daquilo que o educando já possui de conhecimento empírico, e respeitar, acima de tudo, esse conhecimento;
6) Não ser julgativo, mas desenvolver uma metodologia avaliativa com certa sensibilidade, atentando-se para a pluralidade de vozes, a variedade de discursos e linguagens diferentes;
7) Avaliar de forma individual, levando em consideração as peculiaridades de cada indivíduo;
8) Trabalhar a percepção de seu próprio valor e promover a auto-estima e a alegria de conviver e cooperar;
9) Ativar mais do que o intelecto em um ambiente de aprendizagem, ser professor-aprendiz tanto quanto os seus educandos;
10) Reconhecer a importância do letramento, e abandonar os métodos de aprendizado repetitivo, baseados na descontextualização.