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“Os 10 erros que o mundo não pode voltar a cometer”, alerta médico

“Os 10 erros que o mundo não pode voltar a cometer”, alerta médico

“Os 10 erros que o mundo não pode voltar a cometer”, alerta médico

A Revista Visão publicou, na data de ontem (22/04), importante reflexão do médico Jorge Sales Marques (Macau), no qual o profissional alerta que outros vírus surgirão e que não se devem cometer as 10 falhas havidas nesta epidemia e elencadas por ele.

Como temos visto de modo especial no Brasil, o médico afirma que: “Diversos governos menosprezarem o inimigo invisível”, o que pode gerar graves consequências. Em parte em virtude disso, afirma o médico: “Todos nós, profissionais de saúde, temos a perfeita noção que o sistema nacional de saúde de diversos países numa situação de pandemia , não funcionou . Pelo contrário, mostrou imensas lacunas e descoordenação por diversas vezes”. Estes erros, considera, “foram responsáveis pelo grande número de mortos em todo o mundo”.

Ele assevera que é preciso evidenciar os equívocos e erros havidos nesta epidemia para que, na próxima situação a que estivermos expostos de maneira letal a outro vírus, erremos menos. Ele lista 10 erros graves cometidos no mundo todo:

Erro 1 – Falha na avaliação do novo vírus vindo da Ásia

Para o médico: “Toda a avaliação inicial sobre o novo coronavírus foi feita de forma superficial, não valorizando o risco de vir a poder alastrar- se por este mundo fora e atingir diversos países e continentes, como de facto aconteceu. Toda a estratégia de abordagem foi feita menosprezando o inimigo, quando não havia motivo para o fazer.”

Nesse tocante, afirma ainda que “a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) não atuou com rapidez, adiando constantemente a declaração de pandemia .

Erro 2 – Ausência de rastreio térmico nos aeroportos e fronteiras

Para ele, “se todos tivessem tomado esta medida, nomeadamente quando vários países ainda tinham registo de poucos casos, tudo poderia ter sido diferente . Com o controlo de temperatura aos passageiros oriundos das cidades mais afetadas”.

Erro 3 – Adiamento do uso de máscaras

“O adiamento contínuo do uso da máscara e o reconhecimento tardio por parte de muitos países, e principalmente a demora da OMS em aceitar o óbvio (baseado nos resultados de outros países onde esta medida foi implementada com bons resultados) foi responsável pela propagação e disseminação da Covid-19 a dezenas de países e, consequentemente, o surgimento de grande número de pessoas infetadas”, afirma o médico.

Erro 4 – Formação e informação detalhada à população sobre a higiene pessoal

“Neste contexto, a campanha de higienização das mãos e a informação à população sobre os diversos passos de lavagem das mãos durante, pelo menos, 20 segundos, são cruciais.”

Erro 5 – Não impedir desde cedo a aglomeração das pessoas

Há que se proibir prontamente a aglomeração de pessoas, bem como, nas próximas situações correlatas, fechar “as fronteiras e limitando a entrada de pessoas, colocando em quarentena os turistas oriundos de países ou cidades com casos infetados, declarando estado de emergência no país , são medidas necessárias para que o vírus não tenha a possibilidade de se replicar”.

“QUALQUER ATRASO É UM PONTO A FAVOR DO VÍRUS E, COMO CONSEQUÊNCIA, TORNA-SE CADA VEZ MAIS FORTE, RESISTENTE E CONTAGIOSO.”

Erro 6 – Ignorar o isolamento

“O auto isolamento é uma medida essencial para que todas as decisões anteriores resultem na sua plenitude. Numa situação de pandemia, o isolamento social evita a propagação do vírus e o contágio vindo de outra pessoa infetada, bem como a disseminação da doença pela própria pessoa a outras, caso esteja infetada sem saber”.

Erro 7 – Não testar todos os casos suspeitos e contatos

“Todos os países afetados devem testar as pessoas suspeitas bem como os respetivos contactos. Qualquer número que seja apresentado à população e à comunicação social será sempre falso e todas as conclusões e estudos estatísticos daí resultantes , não terão qualquer significado.”

Erro 8 – Não planear a tempo a proteção da população mais vulnerável

“Muitas pessoas idosas faleceram por total falta de planeamento e proteção por parte dos Estados. Sendo uma população vulnerável, deveria ter sido protegida desde o início, sendo-lhes fornecidas máscaras e ensinando- lhes a ter cuidados de higiene, bem como a necessidade de ficarem isolados para não serem infetados”, pondera o médico.

Erro 9

Falha de equipamento de proteção individual para os médicos.
Nesta pandemia, afirma o médico, “infelizmente, muitos profissionais foram afetados, acabando mesmo por morrer. Esta negra realidade deveu-se a uma falha total na política de saúde por parte dos respetivos governos ao não considerarem nem reconhecerem quais as verdadeiras necessidades dos profissionais de saúde de cada país no combate”

“OS MÉDICOS E OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SÃO OS VERDADEIROS HERÓIS NUMA SITUAÇÃO DE PANDEMIA. ESTÃO NA LINHA DE FRENTE CONTRA O VÍRUS INVISÍVEL.”

Erro 10 – Falhas na OMS

Afirma que: É em momentos destes que estamos a viver que a população mundial precisa mais do que nunca de uma voz convincente, determinada, sem contradições ou hesitações . Que tome medidas pensando única e exclusivamente em salvar vidas e não em pura evidência científica”.

Como exemplo de erro grave, cita o não aletra para a necessidade do uso de máscaras: “Era fundamental que a OMS tivesse dado esta orientação . Teria reduzido a propagação exponencial do vírus e, acima de tudo, poupado imensas vidas. Nada é mais importante do que a vida de um ser humano. Muito mais importante do que qualquer medida económica de qualquer governo na altura de crise. Na pandemia, só pode haver um objetivo: salvar e proteger a população”, finaliza o médic

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