Os primeiros registros históricos sobre a educação brasileira são de meados 1550, com os jesuítas do período colonial. Em 1759, quando os padres foram expulsos do país, suas escolas tinham matriculado menos de 0,1% da população brasileira.
As primeiras tentativas de organizar a educação do país começaram em 1876 e coincidiram com os movimentos pela formação da República. Esse período foi marcado pela implementação dos primeiros métodos de ensino de leitura, com base em abordagens sintéticas como o método alfabético.
A segunda fase da alfabetização no Brasil começou em São Paulo após 1890, com professores que defendiam a importância da pedagogia e dos métodos analíticos. Essa visão moderna gerou uma disputa acirrada entre esse grupo e os adeptos das abordagens mais tradicionais. O termo “alfabetização” foi criado mas o foco permaneceu em ensinar os alunos a ler, a escrita ainda estava muito ligada à caligrafia.
A terceira fase da alfabetização começou por volta de 1920, quando os professores começaram a rejeitar abertamente os métodos analíticos que se tornaram obrigatórios na segunda fase, nascendo, então, os testes para medir o desempenho dos alunos.
Com início em 1980, a quarta fase da alfabetização brasileira foi marcada por mudanças sociais e políticas que resultaram na restauração da democracia. A desvantagem foi que ainda não havia um método de ensino aprendizagem presente em nossas escolas, um dos fatores que causa o baixo desempenho dos nossos estudantes até os dias de hoje.
Na década de 1990, o sistema educacional brasileiro cresceu e se tornou cada vez mais universalizado. A intenção era permitir que o Brasil fosse competitivo em um contexto globalizado e digital. O acesso à escola em todos os níveis de educação aumentou consideravelmente, e o país pode dizer com orgulho que quase todas as crianças já estavam na escola.
Apesar de termos conseguido matricular praticamente todas elas, passamos a notar que não estavam aprendendo o suficiente. Essa conjuntura é bastante parecida com a situação atual da nossa educação com poucas propostas pedagógicas capazes de elevar os métodos de alfabetização e introduzir diferentes camadas sociais ao mundo letrado.