Jair Bolsonaro, chefe do Executivo, criticou em conversa com apoiadores na última quarta-feira (2) a posição dos reitores contra a retomada das aulas presencias estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC). De acordo com portaria publicada ontem no Diário Oficial da União pelo MEC, as universidades e institutos federais deveriam retomar as aulas presencias a partir do dia 4 de janeiro de 2021.
No entanto, a decisão se dá em meio a um momento no qual o país registra uma alta nos casos de mortes por covid-19. Desse modo, reitores de universidades federais como UFBA e UFMG se mostraram resistentes à determinação do ministério.
Mesmo com o avanço e a alta no número de casos, Bolsonaro disse que deseja o retorno das aulas presenciais em todos os níveis de ensino. Nesse sentido, afirmou aos seus apoiadores:
“Estamos tentando a volta às aulas. Conversei agora com o ministro da Educação. Queremos voltar às aulas presenciais em todos os níveis, mas os reitores agora chegaram nele… ‘não, queremos só começar em 2022’. Aí, no meu entender, não tem cabimento”.
A decisão assinada pelo ministro Mil Ribeiro teve forte repercussão negativa. Instituições e especialistas alegaram que a portaria estabelecia uma medida inconstitucional. Desse modo, o governo decidiu voltar atrás.