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Vídeo que mostra jovem indo à lavoura contar ao pai agricultor que passou em medicina na Ufba viraliza nas redes sociais

Imagem mostra Sandro Lúcio Nascimento Rocha indo à uma lavoura, em Caculé, no sudoeste da Bahia.

Um vídeo que mostra o jovem Sandro Lúcio Nascimento Rocha, de 21 anos, indo à uma lavoura, na cidade de Caculé, no sudoeste da Bahia, contar ao pai agricultor que passou em medicina, na Universidade Federal da Bahia (Ufba) viralizou nas redes sociais, nesta sexta-feira (25).

https://youtu.be/u0w0SqHlFUQ

O baiano vai estudar no campus universitário de Vitória da Conquista, cidade que também fica no sudoeste da Bahia. No vídeo, Sandro Lúcio atravessa a lavoura onde o pai trabalhava com a enxada.

Acompanhado por uma pessoa, que faz o vídeo, o jovem, visivelmente cansado e emocionado, ainda recebeu um empurrão para que abraçasse o pai. As imagens mostram que eles choram juntos na lavoura.

O jovem foi aprovado em 6° lugar entre as sete vagas destinadas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.

Nas redes sociais, Sandro publicou um texto em agradecimento à Deus, à família e aos professores que o ajudaram durante o processo de estudos.

Durante o texto de agradecimento, o baiano ressaltou a vida simples que vive e o apoio dos pais e irmão mais novo.

“Eu fui agraciado por ter uma família que, mesmo sem as melhores instruções do mundo, me incentivou a correr atrás dos meus sonhos. Enquanto meu pai, lavrador, labutava na roça, minha mãe segurava a barra nas tarefas domésticas; meu irmão, aos longo de seus 13 anos de idade, sendo o meu xodó e símbolo de irmandade”, escreveu o estudante.

Quando agradeceu aos professores, o baiano relatou os momentos de dificuldades que encontrou durante o processo de preparação para a conquista.

“Eles [os professores] que me ensinaram os macetes da educação com todas as limitações de materiais, ou até mesmo sem receber os seus salários; sempre amaram o que fazem, e têm um espaço no melhor lugar do meu coração”, reconheceu.

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