Docente teria chamado mulheres brasileiras de mercadoria; a Universidade do Porto entrou com um pedido de demissão contra o professor da Faculdade de Economia, Pedro Cosme da Costa Vieira.
Um professor de uma importante instituição de ensino superior de Portugal será demitido após ter feito comentários machistas e xenofóbicos sobre brasileiras, informou o “Jornal de Notícias” nesta quarta-feira (13).
Segundo a publicação, o docente teria chamado as mulheres brasileiras de mercadoria. Após denúncia, a Universidade do Porto entrou com um pedido de demissão contra o professor da Faculdade de Economia, Pedro Cosme da Costa Vieira.
O g1 perguntou por e-mail à Universidade do Porto sobre a situação do professor acusado e quais são as ações que a instituição deve tomar para situações como esta, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.
Em um despacho assinado em 9 de fevereiro, e publicado no dia 25 do mesmo mês, o reitor da universidade, António Manuel de Sousa Pereira, registrou que um processo disciplinar havia sido aberto contra Costa Vieira, e que havia iniciado um pedido de despensa do funcionário.
De acordo com o documento, ao qual o g1 teve acesso, Costa Vieira é identificado como professor assistente da instituição. O despacho diz ainda que não havia sido possível, à época, encontrar o docente para informá-lo sobre a decisão do desligamento.
Quais são as denúncias?
De acordo com a reportagem do “Jornal de Notícias”, a decisão de despedir o professor ocorreu após uma série de comentários racistas, xenofóbicos e machistas que ele teria proferido em sala de aula. Ao menos 129 alunos do curso de jornalismo teriam denunciado Costa Vieira à instituição.
O professor universitário teria dito frases como: “As mulheres brasileiras são uma mercadoria”, ou “Sabem o que é uma caçadeira? Aquela arma que os homens usam para matar as mulheres” e ainda “Qualquer dia a minha amiga Marta, do judo, que é ceguinha, vai chegar grávida”.
O g1 também enviou um e-mail ao professor Costa Vieira e, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.