O professor, que foi o disseminador do braile no país, completaria 189 anos neste sábado (8).
José Alvares de Azevedo, conhecido como o patrono da educação de cegos no Brasil, foi o escolhido para ilustrar o doodle (versões ilustradas do logotipo do Google para comemorar datas especiais) neste sábado (8), dia em que o professor completaria 189 anos.
Ele foi o responsável por trazer o Braille ao país, após conhecer o sistema de escrita com pontos em relevo utilizado para a alfabetização e comunicação de pessoas com deficiência visual desenvolvido por Louis Braille na França.
Nascido em 1834, aos 10 anos foi enviado ao exterior para estudar e se desenvolver na única escola especializada em ensino para pessoas com deficiência visual do mundo naquela época, o Instituto Real dos Jovens Cegos de Paris.
Durante seis anos, estudou e teve aproveitamento máximo em todas as disciplinas, segundo o Instituto Benjamin Constant, do Governo Federal.
Ao concluir a escola, em 1950, Alvares de Azevedo retornou ao Brasil com o ideal de disseminar o mesmo ensino que teve e lutou para conseguir fundar a primeira escola para pessoas com deficiência visual no país.
O professor começou a dar aulas aos 16 anos para pessoas cegas e chegou, até mesmo, a ter uma audiência com D. Pedro II para apresentar a ideia da escola que desejava construir.
O imperado abraçou a causa e, assim, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atualmente, Instituto Benjamin Constant) nasceu.
“Alvares de Azevedo participou intensamente das providências iniciais e decisivas para a fundação da escola, mas não chegou a ver seu sonho ser realizado – no dia 17 de março de 1854, seis meses antes da inauguração, o jovem morreu, vítima de tuberculose, aos 20 anos de idade”, explica o instituto.
Por toda sua contribuição, no dia 8 de abril, aniversário de Alvares de Azevedo, também é celebrado o Dia Nacional do Braille.
O impacto do Braille
De acordo com um artigo do MEC, a busca por tecnologias para produzir textos em Braille com maior qualidade e quantidade é essencial para a educação de milhões de pessoas.
“O impacto da escrita e leitura para as pessoas cegas em todo o mundo alcança a maioria dos idiomas, as ciências exatas e naturais, a música, a informática acompanha a história das sociedades e seu desenvolvimento global e dinâmico”, pontua o órgão.