Quem é: Heidegger, Martin na Filosofia

Quem é Martin Heidegger na Filosofia

Martin Heidegger é considerado um dos filósofos mais influentes do século XX. Nascido em 1889, na Alemanha, Heidegger desenvolveu uma abordagem filosófica única que teve um impacto significativo em várias áreas do pensamento contemporâneo. Sua obra é complexa e profunda, e abrange uma ampla gama de temas, desde a ontologia até a hermenêutica. Neste artigo, exploraremos a vida e o trabalho de Heidegger, bem como suas principais contribuições para a filosofia.

A vida de Martin Heidegger

Martin Heidegger nasceu em Messkirch, uma pequena cidade no sul da Alemanha. Ele estudou teologia e filosofia na Universidade de Friburgo, onde foi aluno de Edmund Husserl, o fundador da fenomenologia. A fenomenologia teve uma influência significativa no pensamento de Heidegger, e ele se tornou um dos principais expoentes dessa corrente filosófica.

Após concluir seus estudos, Heidegger começou a lecionar na Universidade de Marburg, onde desenvolveu sua primeira grande obra, “Ser e Tempo”. Publicado em 1927, este livro é considerado uma das obras mais importantes da filosofia do século XX. Nele, Heidegger explora a questão do ser e a relação entre o ser humano e o mundo.

As principais ideias de Heidegger

Uma das principais contribuições de Heidegger para a filosofia é sua análise da existência humana. Ele argumenta que a existência humana é fundamentalmente diferente de qualquer outro tipo de existência, e que a compreensão dessa diferença é essencial para uma compreensão mais profunda do ser.

Heidegger também desenvolveu uma abordagem única para a ontologia, a área da filosofia que estuda o ser. Ele argumenta que a ontologia tradicional falhou em sua tentativa de compreender o ser, pois se concentrou apenas nos entes, ou seja, nas coisas que existem no mundo. Em vez disso, Heidegger propõe uma ontologia que se concentra no ser-em-si-mesmo, ou seja, na existência humana.

Outra ideia central de Heidegger é a noção de “ser-no-mundo”. Ele argumenta que a existência humana é sempre uma existência em um mundo, e que o mundo é fundamental para a nossa compreensão do ser. O mundo não é apenas um conjunto de objetos físicos, mas também inclui nossas experiências, nossas relações com os outros e nossa compreensão do tempo e do espaço.

A crítica de Heidegger à tradição filosófica

Heidegger também é conhecido por sua crítica à tradição filosófica ocidental. Ele argumenta que a filosofia tradicional falhou em sua tentativa de compreender o ser, pois se concentrou em conceitos abstratos e universais, em vez de se engajar com a experiência concreta da existência humana.

Heidegger também critica a tradição metafísica, argumentando que ela se baseia em uma compreensão inadequada do ser. Ele argumenta que a metafísica tradicional se concentra em categorias fixas e universais, em vez de reconhecer a natureza fluida e em constante mudança do ser.

Além disso, Heidegger critica a tradição tecnológica, argumentando que ela tem um impacto negativo na nossa compreensão do ser. Ele argumenta que a tecnologia moderna nos aliena do mundo e nos impede de experimentar a autenticidade da existência humana.

A influência de Heidegger

A obra de Heidegger teve um impacto significativo em várias áreas do pensamento contemporâneo. Sua abordagem fenomenológica influenciou a filosofia da mente, a psicologia e a sociologia, entre outras disciplinas. Sua crítica à tradição filosófica também influenciou o pensamento pós-moderno e a filosofia da linguagem.

Além disso, Heidegger foi uma figura controversa devido ao seu envolvimento com o regime nazista na Alemanha. Ele se juntou ao partido nazista em 1933 e serviu como reitor da Universidade de Freiburg durante o regime nazista. Após a Segunda Guerra Mundial, Heidegger foi afastado de suas funções acadêmicas, mas continuou a escrever e a dar palestras até sua morte em 1976.

Conclusão

Martin Heidegger é um dos filósofos mais importantes do século XX. Sua obra complexa e profunda aborda questões fundamentais sobre a existência humana e o ser. Suas ideias influenciaram várias áreas do pensamento contemporâneo e continuam a ser objeto de estudo e debate. Apesar de sua controvérsia política, seu trabalho filosófico permanece como um legado duradouro na história da filosofia.