Quem é: Scheler na Filosofia

Introdução

Na filosofia, existem diversos pensadores que contribuíram para o desenvolvimento do conhecimento humano. Entre eles, destaca-se Max Scheler, um filósofo alemão que se destacou por suas contribuições no campo da ética e da antropologia filosófica. Neste artigo, vamos explorar quem é Scheler na filosofia, suas principais ideias e como elas influenciaram o pensamento filosófico.

Biografia de Max Scheler

Max Scheler nasceu em 22 de agosto de 1874, em Munique, na Alemanha. Ele estudou filosofia, psicologia e sociologia nas universidades de Munique, Berlim e Jena. Durante sua carreira acadêmica, Scheler teve a oportunidade de estudar com importantes filósofos, como Edmund Husserl e Wilhelm Dilthey, o que influenciou profundamente seu pensamento.

Em 1909, Scheler publicou sua obra mais conhecida, “A Ética Formal e a Ética Material dos Valores”, na qual ele apresenta sua teoria dos valores. Ele também desenvolveu conceitos importantes, como a “ressentiment” (ressentimento) e a “simpatia”, que são fundamentais para entender sua filosofia.

Contribuições de Max Scheler

As principais contribuições de Max Scheler estão relacionadas à ética e à antropologia filosófica. Ele acreditava que os valores são fundamentais para a compreensão da existência humana e que eles têm uma base objetiva e universal. Scheler defendia que os valores não são apenas subjetivos, mas têm uma realidade independente dos indivíduos.

Além disso, Scheler desenvolveu a teoria do ressentimento, que descreve um sentimento de inveja e ressentimento em relação àqueles que possuem algo que desejamos. Ele argumentava que o ressentimento é uma emoção negativa que pode levar à destruição e à violência.

Outro conceito importante desenvolvido por Scheler é o da simpatia. Ele acreditava que a simpatia é uma capacidade humana fundamental que nos permite compreender e compartilhar as emoções e os sentimentos dos outros. Através da simpatia, podemos nos colocar no lugar do outro e entender sua perspectiva.

Influência de Max Scheler

As ideias de Max Scheler tiveram uma influência significativa no pensamento filosófico do século XX. Sua teoria dos valores foi amplamente discutida e influenciou outros filósofos, como Nicolai Hartmann e Karl Jaspers. Além disso, sua teoria do ressentimento e da simpatia também teve impacto em áreas como a psicologia e a sociologia.

Outro aspecto importante da influência de Scheler é sua crítica à filosofia de Friedrich Nietzsche. Scheler argumentava que Nietzsche estava errado ao afirmar que os valores são apenas construções sociais e que não têm uma base objetiva. Ele defendia que os valores têm uma realidade independente dos indivíduos e que são fundamentais para a existência humana.

Críticas a Max Scheler

Apesar de suas contribuições significativas, as ideias de Max Scheler também foram alvo de críticas. Alguns filósofos argumentam que sua teoria dos valores é muito subjetiva e que não é possível estabelecer uma base objetiva para os valores. Além disso, sua teoria do ressentimento também foi criticada por alguns, que a consideram simplista e reducionista.

Outra crítica comum é a falta de uma fundamentação teórica mais sólida em suas obras. Alguns filósofos argumentam que Scheler não apresenta argumentos convincentes para sustentar suas ideias e que suas obras são mais descritivas do que analíticas.

Legado de Max Scheler

Mesmo com as críticas, o legado de Max Scheler na filosofia é inegável. Suas contribuições para a ética e a antropologia filosófica continuam sendo discutidas e influenciando o pensamento contemporâneo. Seu trabalho é considerado uma importante referência para aqueles que buscam compreender a natureza dos valores e a existência humana.

Além disso, Scheler também deixou um legado na área da sociologia, especialmente em relação à análise das emoções e dos sentimentos humanos. Sua teoria do ressentimento e da simpatia ainda são estudadas e discutidas por sociólogos e psicólogos interessados na compreensão das relações sociais.

Conclusão

Max Scheler foi um filósofo alemão que contribuiu significativamente para a ética e a antropologia filosófica. Suas ideias sobre os valores, o ressentimento e a simpatia influenciaram o pensamento filosófico do século XX e continuam sendo discutidas e estudadas até hoje. Apesar das críticas, seu legado na filosofia é inegável e suas obras são consideradas uma importante referência para aqueles que buscam compreender a natureza humana e a existência dos valores.