o que é ser agiota

O que é ser agiota?

O termo “agiota” é utilizado para se referir a uma pessoa que empresta dinheiro a juros altíssimos, geralmente de forma ilegal ou sem a devida regulamentação. Essa prática é considerada ilegal em muitos países, incluindo o Brasil, e pode acarretar em sérias consequências tanto para o agiota quanto para o devedor.

Como funciona a atividade de agiotagem?

A atividade de agiotagem consiste em emprestar dinheiro a pessoas que estão em situação de desespero financeiro, geralmente sem acesso a crédito em instituições financeiras tradicionais. O agiota, então, aproveita-se dessa vulnerabilidade para cobrar juros abusivos, muitas vezes chegando a taxas mensais que ultrapassam 20%.

Para atrair clientes, os agiotas costumam não exigir comprovantes de renda ou garantias para o empréstimo, o que pode parecer vantajoso para quem está precisando de dinheiro rápido. No entanto, essa facilidade pode se tornar uma verdadeira armadilha, uma vez que as altas taxas de juros e a falta de regulamentação podem levar o devedor a uma dívida impagável.

Os riscos de se envolver com agiotas

Se envolver com agiotas pode trazer uma série de riscos tanto para o devedor quanto para o próprio agiota. Para o devedor, os principais riscos são:

– Endividamento: as altas taxas de juros cobradas pelos agiotas podem levar o devedor a uma dívida impagável, tornando-se refém do agiota.

– Ameaças e violência: muitos agiotas utilizam métodos violentos para cobrar suas dívidas, ameaçando e até mesmo agredindo fisicamente os devedores.

– Perda de bens: em alguns casos, o agiota pode exigir a entrega de bens como garantia do empréstimo, podendo confiscá-los caso a dívida não seja paga.

Para o agiota, os riscos também são significativos:

– Prisão: a atividade de agiotagem é considerada crime em muitos países, incluindo o Brasil, e pode levar o agiota à prisão.

– Má reputação: agiotas são vistos como pessoas inescrupulosas e exploradoras, o que pode prejudicar sua imagem e dificultar a obtenção de novos clientes.

A legislação brasileira e a agiotagem

No Brasil, a agiotagem é considerada crime e está prevista no Código Penal, no artigo 4º da Lei de Usura (Decreto-Lei nº 22.626/1933). Segundo a lei, é crime “exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da atividade de agiotagem, vantagem excessiva ou desproporcional, sob pena de detenção, de três meses a um ano, e multa”.

Além disso, o Banco Central do Brasil também regulamenta a atividade de empréstimo e estabelece limites para as taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras. Qualquer empréstimo que ultrapasse esses limites é considerado ilegal.

Alternativas legais ao agiota

Para evitar os riscos e problemas associados à agiotagem, é importante buscar alternativas legais para obter crédito. Algumas opções são:

– Instituições financeiras: bancos e cooperativas de crédito são regulamentados pelo Banco Central e oferecem empréstimos com taxas de juros mais baixas e condições mais favoráveis.

– Empréstimo consignado: essa modalidade de empréstimo é descontada diretamente do salário ou benefício do devedor, o que reduz o risco de inadimplência e permite taxas de juros mais baixas.

– Empréstimo pessoal: muitos bancos e fintechs oferecem empréstimos pessoais com taxas de juros competitivas e prazos flexíveis.

– Microcrédito: o microcrédito é uma opção para empreendedores de baixa renda que desejam iniciar ou expandir seus negócios. Essa modalidade de crédito oferece taxas de juros mais baixas e condições especiais.

Conclusão

Agiotagem é uma prática ilegal e perigosa, tanto para o devedor quanto para o agiota. Além de ser crime, a agiotagem pode levar o devedor a uma dívida impagável e expô-lo a ameaças e violência. Por isso, é fundamental buscar alternativas legais para obter crédito, como instituições financeiras regulamentadas e modalidades de empréstimo mais seguras. A conscientização sobre os riscos da agiotagem é essencial para evitar problemas financeiros e garantir a segurança de todos os envolvidos.