Fariseu: O que é, significado

O que é um Fariseu?

Os fariseus foram um grupo religioso judaico que surgiu durante o período do Segundo Templo, entre os séculos II a.C. e I d.C. Eles eram conhecidos por sua devoção à lei e tradição judaicas, bem como por sua influência política e religiosa na sociedade da época. Neste artigo, vamos explorar o significado dos fariseus e sua importância histórica e religiosa.

Origem e significado do termo “fariseu”

O termo “fariseu” deriva do hebraico “perushim”, que significa “separados” ou “separatistas”. Essa designação reflete a postura dos fariseus em relação à observância rigorosa da lei e dos rituais judaicos, que os distinguia dos demais grupos religiosos da época.

Características e crenças dos fariseus

Os fariseus acreditavam na importância da observância estrita da Torá, a lei judaica, e dos rituais religiosos. Eles também enfatizavam a pureza ritual e a santidade pessoal como forma de se aproximar de Deus. Além disso, os fariseus acreditavam na ressurreição dos mortos e na existência de anjos e demônios.

Uma das principais características dos fariseus era sua devoção à tradição oral, conhecida como “Tradição dos Anciãos”. Essa tradição consistia em interpretações e aplicações adicionais da lei escrita, transmitidas oralmente de geração em geração. Os fariseus consideravam essa tradição tão importante quanto a própria lei escrita.

Relação com outros grupos religiosos

Os fariseus frequentemente entravam em conflito com outros grupos religiosos da época, como os saduceus e os essênios. Os saduceus eram um grupo aristocrático e sacerdotal que não acreditava na ressurreição dos mortos nem na existência de anjos e demônios. Já os essênios eram um grupo ascético que vivia em comunidades isoladas e se dedicava à prática rigorosa da lei.

Apesar das diferenças, os fariseus também compartilhavam algumas crenças e práticas com esses grupos. Todos eles reconheciam a autoridade do Templo de Jerusalém e participavam dos rituais e festivais religiosos. Além disso, todos eles buscavam a santidade e a pureza ritual como forma de se aproximar de Deus.

Influência política e religiosa

Os fariseus exerciam uma influência significativa tanto na esfera política quanto na religiosa. Eles eram respeitados como líderes religiosos e eram conhecidos por sua erudição e conhecimento da lei. Além disso, muitos fariseus ocupavam cargos importantes no Sinédrio, o tribunal supremo judaico, e na administração do Templo.

Essa influência política e religiosa dos fariseus muitas vezes gerava tensões com as autoridades romanas, que governavam a região na época. Os fariseus defendiam a autonomia religiosa e a manutenção das tradições judaicas, o que muitas vezes entrava em conflito com os interesses e políticas romanas.

Interpretação de Jesus sobre os fariseus

Jesus frequentemente entrava em conflito com os fariseus durante seu ministério. Ele criticava sua hipocrisia e legalismo, enfatizando a importância do coração e da sinceridade na relação com Deus. Jesus também confrontava os fariseus por sua negligência em relação aos aspectos mais importantes da lei, como a justiça, a misericórdia e a fé.

Apesar das críticas, Jesus também reconhecia a autoridade dos fariseus como intérpretes da lei e instruía seus seguidores a obedecerem às suas palavras. No entanto, ele alertava sobre a necessidade de discernimento e discernimento, para não se deixarem levar pelo legalismo e pela hipocrisia dos fariseus.

Legado dos fariseus

O legado dos fariseus é notável tanto na história judaica quanto na cristã. Após a destruição do Segundo Templo em 70 d.C., os fariseus se tornaram a principal força religiosa e política do judaísmo rabínico, que se desenvolveu nos séculos seguintes.

Além disso, muitos dos ensinamentos e práticas dos fariseus foram incorporados nas tradições e doutrinas do cristianismo primitivo. A ênfase na observância da lei, a crença na ressurreição dos mortos e a importância da pureza ritual são exemplos de influências farisaicas no cristianismo.

Conclusão

Os fariseus foram um grupo religioso judaico importante durante o período do Segundo Templo. Sua devoção à lei e tradição judaicas, bem como sua influência política e religiosa, os distinguiram dos demais grupos religiosos da época. Embora tenham sido criticados por Jesus por sua hipocrisia e legalismo, seu legado é notável tanto no judaísmo rabínico quanto no cristianismo primitivo.