O que é: Ceticismo na Filosofia

O que é: Ceticismo na Filosofia

O ceticismo é uma corrente filosófica que busca questionar e analisar criticamente as crenças e conhecimentos estabelecidos. Surgiu na Grécia Antiga, por volta do século IV a.C., e tem como principal objetivo investigar a natureza do conhecimento humano e a possibilidade de alcançar a verdade absoluta.

Os céticos acreditam que o conhecimento humano é limitado e que não podemos ter certeza absoluta sobre nada. Eles questionam as percepções sensoriais, a lógica e até mesmo a razão como formas de obter conhecimento confiável. Para os céticos, todas as nossas crenças e opiniões são apenas suposições e não podem ser consideradas como verdades absolutas.

Uma das principais figuras do ceticismo na filosofia é Pirro de Élis, que defendia a ideia de que devemos suspender o juízo diante de todas as questões, pois não temos como saber se algo é verdadeiro ou falso. Ele argumentava que todas as opiniões são igualmente válidas e que não podemos afirmar com certeza absoluta que algo é verdadeiro ou falso.

Outro importante cético foi Sexto Empírico, que desenvolveu o chamado ceticismo pirrônico. Ele defendia que devemos suspender o juízo em relação a todas as coisas, pois não temos como saber se algo é verdadeiro ou falso. Para ele, todas as nossas crenças são apenas opiniões e não podem ser consideradas como verdades absolutas.

O ceticismo na filosofia também se opõe ao dogmatismo, que é a crença na existência de verdades absolutas e indiscutíveis. Os céticos argumentam que não podemos ter certeza absoluta sobre nada e que devemos questionar todas as nossas crenças e opiniões.

Uma das principais críticas do ceticismo é a sua posição extrema de suspender o juízo em relação a todas as coisas. Alguns filósofos argumentam que é impossível viver sem ter crenças e opiniões, e que o ceticismo extremo leva ao niilismo, que é a negação de qualquer valor ou significado na vida.

No entanto, os céticos argumentam que o ceticismo não implica em negar todas as crenças e opiniões, mas sim em questioná-las e analisá-las criticamente. Eles defendem que devemos estar abertos a novas informações e evidências, e que devemos estar dispostos a mudar nossas crenças caso surjam novos argumentos convincentes.

O ceticismo na filosofia também tem uma relação próxima com o empirismo, que é a corrente filosófica que defende que todo o conhecimento deriva da experiência sensorial. Os céticos argumentam que não podemos confiar plenamente nas nossas percepções sensoriais, pois elas podem ser enganosas ou ilusórias.

Além disso, o ceticismo também se relaciona com a filosofia da ciência, pois questiona a validade e a confiabilidade dos métodos científicos. Os céticos argumentam que a ciência também está sujeita a erros e incertezas, e que não podemos considerar os seus resultados como verdades absolutas.

Em resumo, o ceticismo na filosofia é uma corrente que busca questionar e analisar criticamente as crenças e conhecimentos estabelecidos. Ele argumenta que não podemos ter certeza absoluta sobre nada e que devemos suspender o juízo em relação a todas as coisas. O ceticismo também defende a importância de estar aberto a novas informações e evidências, e de estar disposto a mudar nossas crenças caso surjam novos argumentos convincentes. No entanto, o ceticismo extremo pode levar ao niilismo, negando qualquer valor ou significado na vida.