Ostomia: O que é, significado

Ostomia: O que é e qual o seu significado?

A ostomia é um procedimento cirúrgico que consiste na criação de uma abertura artificial no corpo para permitir a eliminação de fezes ou urina. Essa abertura é chamada de estoma e pode ser realizada em diferentes partes do corpo, como o intestino ou a bexiga. A palavra “ostomia” tem origem grega e significa “boca” ou “abertura”.

Tipos de ostomia

Existem diferentes tipos de ostomia, dependendo da parte do corpo em que é realizada. Os principais tipos são:

1. Colostomia: é a ostomia realizada no cólon, parte do intestino grosso. Nesse caso, o estoma é criado na parede abdominal e permite a eliminação das fezes.

2. Ileostomia: é a ostomia realizada no íleo, parte final do intestino delgado. Nesse caso, o estoma é criado na parede abdominal e permite a eliminação das fezes líquidas.

3. Urostomia: é a ostomia realizada na bexiga. Nesse caso, o estoma é criado na parede abdominal e permite a eliminação da urina.

4. Gastrostomia: é a ostomia realizada no estômago. Nesse caso, o estoma é criado na parede abdominal e permite a alimentação direta do paciente, quando não é possível a ingestão oral.

Indicações para a realização da ostomia

A ostomia pode ser indicada em diferentes situações, como:

1. Doenças inflamatórias intestinais: como a doença de Crohn ou a retocolite ulcerativa, que podem levar à obstrução intestinal ou à formação de fístulas.

2. Câncer de cólon ou reto: em alguns casos, a ostomia pode ser necessária para facilitar a eliminação das fezes durante o tratamento do câncer.

3. Traumatismos ou lesões: em casos de acidentes ou lesões graves no intestino ou na bexiga, a ostomia pode ser necessária para permitir a recuperação do órgão afetado.

4. Malformações congênitas: em alguns casos, bebês podem nascer com malformações no intestino ou na bexiga, tornando necessária a realização da ostomia.

Procedimento cirúrgico

O procedimento cirúrgico para a realização da ostomia é realizado por um cirurgião especializado, geralmente um coloproctologista ou um urologista. Antes da cirurgia, é necessário um preparo adequado, que pode incluir a limpeza intestinal ou a realização de exames específicos.

A cirurgia em si consiste na criação do estoma na parede abdominal, por meio de uma incisão cirúrgica. O estoma é fixado à pele e uma bolsa coletora é acoplada a ele para a coleta das fezes ou da urina. Após a cirurgia, é necessário um período de adaptação e aprendizado para o manejo da bolsa coletora.

Cuidados pós-operatórios

Após a realização da ostomia, é fundamental seguir alguns cuidados para garantir a saúde e o bem-estar do paciente. Alguns desses cuidados incluem:

1. Higiene adequada: é importante realizar a higiene do estoma e da pele ao redor de forma regular, utilizando produtos específicos recomendados pelo médico.

2. Alimentação balanceada: uma alimentação adequada é essencial para evitar problemas digestivos e manter a saúde intestinal. É importante seguir as orientações do médico ou de um nutricionista.

3. Uso correto da bolsa coletora: é fundamental aprender a utilizar corretamente a bolsa coletora, esvaziando-a quando necessário e trocando-a regularmente para evitar vazamentos ou infecções.

4. Acompanhamento médico regular: é importante realizar consultas de acompanhamento com o médico especialista para avaliar a evolução do quadro e realizar eventuais ajustes no tratamento.

Impacto na qualidade de vida

A ostomia pode ter um impacto significativo na qualidade de vida do paciente, principalmente no início do processo de adaptação. No entanto, com o tempo e com o suporte adequado, muitos pacientes conseguem retomar suas atividades cotidianas e ter uma vida plena.

Existem diversos recursos disponíveis para auxiliar os pacientes com ostomia, como associações de apoio, grupos de suporte e produtos específicos para o cuidado do estoma. Além disso, é importante contar com o apoio da família e de profissionais de saúde especializados.

Considerações finais

A ostomia é um procedimento cirúrgico que pode ser necessário em diferentes situações, como doenças inflamatórias intestinais, câncer de cólon ou reto, traumatismos ou malformações congênitas. Embora possa ser um desafio no início, com o tempo e com o suporte adequado, muitos pacientes conseguem se adaptar e ter uma vida plena. É fundamental seguir os cuidados pós-operatórios recomendados pelo médico e buscar apoio de profissionais especializados e de associações de apoio.