Quem é: Scheler, Max na Filosofia

Quem é Max Scheler na Filosofia?

Max Scheler foi um filósofo alemão do século XX, nascido em 1874 e falecido em 1928. Ele é considerado um dos principais representantes da fenomenologia, uma corrente filosófica que busca compreender a essência das coisas a partir da experiência vivida. Scheler também foi um dos fundadores da antropologia filosófica, área que estuda o ser humano em sua totalidade, abrangendo aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais.

A formação de Max Scheler

Max Scheler nasceu em Munique, na Alemanha, e estudou filosofia, psicologia e sociologia em várias universidades europeias, incluindo a Universidade de Munique, a Universidade de Berlim e a Universidade de Göttingen. Ele foi influenciado por filósofos como Friedrich Nietzsche, Edmund Husserl e Wilhelm Dilthey, e desenvolveu sua própria abordagem filosófica, que combinava elementos da fenomenologia, da psicologia e da sociologia.

A fenomenologia de Max Scheler

A fenomenologia é uma corrente filosófica que busca descrever e compreender a essência das coisas a partir da experiência vivida, ou seja, a partir daquilo que aparece para a consciência. Max Scheler foi um dos principais representantes dessa corrente, e sua abordagem fenomenológica se destacou pela ênfase na análise dos valores e das emoções humanas.

Para Scheler, os valores são realidades objetivas, que existem independentemente da consciência individual. Ele argumentava que os valores são percebidos pela consciência de forma imediata, ou seja, sem a necessidade de uma reflexão ou análise racional. Essa percepção imediata dos valores é o que permite que os seres humanos se orientem moralmente e tomem decisões éticas.

A antropologia filosófica de Max Scheler

Além de sua contribuição para a fenomenologia, Max Scheler também foi um dos fundadores da antropologia filosófica. Essa área de estudo busca compreender o ser humano em sua totalidade, considerando aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Scheler argumentava que a antropologia filosófica deveria se basear em uma análise fenomenológica das experiências humanas.

Para Scheler, a essência do ser humano está na sua capacidade de vivenciar emoções e valores. Ele argumentava que as emoções são fenômenos primários, que surgem de forma imediata e não podem ser reduzidas a processos biológicos ou psicológicos. As emoções são, portanto, uma forma de acesso privilegiado à realidade humana.

A influência de Max Scheler na filosofia

A filosofia de Max Scheler teve uma grande influência no pensamento do século XX. Sua abordagem fenomenológica e sua ênfase nos valores e nas emoções humanas influenciaram filósofos como Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre e Maurice Merleau-Ponty, que desenvolveram suas próprias teorias a partir das ideias de Scheler.

Além disso, a antropologia filosófica de Scheler também teve um impacto significativo em áreas como a psicologia, a sociologia e a antropologia cultural. Sua análise fenomenológica das experiências humanas contribuiu para uma compreensão mais profunda da natureza humana e das relações sociais.

As principais obras de Max Scheler

Max Scheler escreveu diversas obras ao longo de sua vida, abordando temas como a ética, a filosofia da religião, a sociologia e a antropologia. Algumas de suas principais obras incluem:

– “O Formalismo na Ética e a Ética Material dos Valores” (1913): Nessa obra, Scheler discute a natureza dos valores e sua importância para a ética.

– “O Resentimento na Moral” (1912): Nesse livro, Scheler analisa o sentimento de ressentimento e sua influência na moralidade humana.

– “A Posição do Homem no Cosmos” (1928): Nessa obra póstuma, Scheler discute a posição do ser humano no universo, abordando questões filosóficas e religiosas.

Conclusão

Max Scheler foi um filósofo alemão que teve um papel fundamental no desenvolvimento da fenomenologia e da antropologia filosófica. Sua abordagem fenomenológica e sua análise das emoções e dos valores humanos influenciaram diversos filósofos e contribuíram para uma compreensão mais profunda da natureza humana. Suas obras continuam sendo estudadas e debatidas até os dias de hoje, e seu legado na filosofia é indiscutível.