Sentimentalismo: O que é, significado

O Sentimentalismo: O que é e seu significado

O sentimentalismo é uma corrente filosófica e literária que surgiu no século XVIII, durante o período conhecido como Iluminismo. Essa corrente valoriza os sentimentos e as emoções humanas como forma de compreender e interpretar o mundo. O sentimentalismo se opõe ao racionalismo predominante na época, que buscava explicar tudo por meio da razão e da lógica.

O termo “sentimentalismo” deriva do latim “sentimentum”, que significa sentimento, emoção. Essa corrente filosófica e literária teve grande influência no desenvolvimento da literatura, da música e das artes em geral. O sentimentalismo valoriza a subjetividade, a sensibilidade e a expressão dos sentimentos individuais.

No contexto literário, o sentimentalismo se manifesta principalmente na poesia e no romance. Os escritores sentimentais exploram temas como o amor, a saudade, a melancolia e a solidão. Suas obras são marcadas pela expressão intensa das emoções, pela valorização do eu lírico e pela busca de uma conexão profunda com o leitor.

Um dos principais representantes do sentimentalismo na literatura é o escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe. Sua obra “Os Sofrimentos do Jovem Werther” é considerada um marco desse movimento literário. O livro narra a história de um jovem apaixonado que, diante da impossibilidade de viver seu amor, acaba se suicidando. A obra causou grande impacto na época e gerou uma onda de suicídios entre os jovens europeus, o que levou à proibição de sua leitura em alguns países.

No campo da música, o sentimentalismo também teve grande influência. Compositores como Ludwig van Beethoven e Franz Schubert foram importantes representantes desse movimento. Suas composições são marcadas pela expressão emocional intensa, pela busca de uma conexão profunda com o ouvinte e pela valorização da subjetividade.

O sentimentalismo também teve impacto no campo da filosofia. Filósofos como Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant foram influenciados por essa corrente e desenvolveram teorias que valorizam a emoção e a sensibilidade como formas de conhecimento. Para eles, a razão não é capaz de explicar todas as dimensões da experiência humana, sendo necessário levar em consideração os sentimentos e as emoções.

Uma das principais críticas ao sentimentalismo é a sua suposta falta de objetividade. Os críticos argumentam que a valorização dos sentimentos e das emoções pode levar a uma visão distorcida da realidade, baseada apenas na subjetividade individual. Além disso, o sentimentalismo também é acusado de ser excessivamente melodramático e piegas.

No entanto, o sentimentalismo também possui defensores que argumentam que a valorização dos sentimentos e das emoções é essencial para uma compreensão mais profunda da experiência humana. Para esses defensores, a razão não é capaz de explicar todas as dimensões da vida, sendo necessário levar em consideração a subjetividade e a sensibilidade.

Em resumo, o sentimentalismo é uma corrente filosófica e literária que valoriza os sentimentos e as emoções como forma de compreender e interpretar o mundo. Essa corrente teve grande influência no desenvolvimento da literatura, da música e das artes em geral. Apesar das críticas, o sentimentalismo continua a ser uma importante corrente de pensamento e expressão artística.