O que é: Esfíncter esofágico inferior na gestação

O que é: Esfíncter esofágico inferior na gestação

O esfíncter esofágico inferior (EEI) é um músculo localizado na parte inferior do esôfago, que atua como uma válvula para controlar o fluxo de alimentos e líquidos do esôfago para o estômago. Durante a gestação, o EEI pode sofrer algumas alterações devido às mudanças hormonais e físicas que ocorrem no corpo da mulher. Neste artigo, vamos explorar mais sobre o EEI na gestação e como essas alterações podem afetar a saúde da mulher grávida.

Como funciona o EEI

O EEI é composto por um anel de músculos que se fecha para evitar que o conteúdo do estômago volte para o esôfago. Quando uma pessoa engole, o EEI relaxa para permitir que o alimento passe para o estômago. Após a passagem do alimento, o EEI se fecha novamente para evitar o refluxo ácido do estômago para o esôfago. Essa ação de abrir e fechar o EEI é controlada por sinais nervosos e hormonais.

Alterações do EEI na gestação

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por diversas mudanças para acomodar o crescimento do feto. Essas mudanças incluem alterações hormonais, como o aumento dos níveis de progesterona, que relaxa os músculos do corpo, incluindo o EEI. Além disso, o útero em crescimento pode exercer pressão sobre o estômago, empurrando o conteúdo gástrico para cima.

Essas alterações podem levar ao relaxamento do EEI, resultando em um enfraquecimento da válvula que impede o refluxo ácido. Como resultado, muitas mulheres grávidas podem experimentar sintomas de refluxo gastroesofágico (RGE), como azia, queimação no peito e regurgitação ácida.

Impacto na saúde da mulher grávida

O RGE na gestação pode ser desconfortável e afetar a qualidade de vida da mulher grávida. Os sintomas de azia e queimação no peito podem ser intensos e ocorrer com frequência, especialmente após as refeições. Além disso, a regurgitação ácida pode causar um gosto amargo na boca e até mesmo levar à tosse e rouquidão.

Além do desconforto, o RGE frequente e não tratado na gestação pode levar a complicações mais graves. O ácido do estômago pode irritar o esôfago, causando inflamação e danos ao revestimento do órgão. Isso pode resultar em esofagite, úlceras esofágicas e até mesmo estreitamento do esôfago.

Tratamento e prevenção

Existem algumas medidas que as mulheres grávidas podem tomar para aliviar os sintomas de RGE e prevenir complicações. A primeira é evitar alimentos e bebidas que possam desencadear o refluxo ácido, como alimentos gordurosos, picantes, cítricos, chocolate, café e bebidas carbonatadas.

Além disso, é recomendado fazer refeições menores e mais frequentes ao longo do dia, em vez de refeições grandes e pesadas. É importante também evitar deitar-se imediatamente após as refeições, pois isso pode aumentar o risco de refluxo ácido.

Em casos mais graves, o médico pode prescrever medicamentos seguros para uso durante a gestação, como antiácidos ou inibidores da bomba de prótons. No entanto, é importante sempre consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso durante a gestação.

Conclusão

O EEI desempenha um papel crucial na prevenção do refluxo ácido do estômago para o esôfago. Durante a gestação, as alterações hormonais e físicas podem levar ao relaxamento do EEI, resultando em sintomas de RGE. É importante que as mulheres grávidas adotem medidas para aliviar os sintomas e prevenir complicações. Consultar um profissional de saúde é fundamental para receber orientações adequadas e seguras durante a gestação.