Cinco estrelas: conheça o curso de Publicidade e Propaganda da UFRGS
Quando pensamos em escolher uma profissão, sempre há algumas que se destacam por sua versatilidade. Em geral, as carreiras relacionadas à área de Comunicação aliam diferentes áreas em uma só – como, por exemplo, a área de Humanas, Negócios e até mesmo Tecnologia – e, por isso, são boas escolhas para quem gosta de vários assuntos e não quer decidir por apenas um.
É o caso de Publicidade e Propaganda, que, em um nicho específico, permite ao seu profissional trabalhar articulando muitos conhecimentos diferentes. No Brasil, um dos cursos avaliados com cinco estrelas no GUIA DO ESTUDANTE é o da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que admite 25 novos estudantes a cada semestre, através do Sisu. O curso dura quatro anos, dos quais o primeiro tem aulas no período diurno, mudando para o noturno dali em diante.
Para Hayane Telles Leotte, aluna do sétimo período, a graduação permite uma formação muito ampla na área. “O curso é de Comunicação Social, o que, na minha visão, abre um leque de oportunidades. Tenho colegas que trabalham com audiovisual, fotografia, planejamento, marketing, e ainda tem quem queira seguir na carreira acadêmica”, explica. “O que eu mais gosto do curso na UFRGS é a carga teórica que temos e a possibilidade de pesquisa oferecida, que, pelo que costumo ouvir, não é tão intensa em outras universidades”, diz Hayane. As principais áreas de atuação são atendimento, marketing, social media, mídia, pesquisa, produção, criação, planejamento, comunicação digital e audiovisual.
Além da versatilidade já reconhecida neste ramo da Comunicação, os alunos da universidade têm a chance de fazer uma carga muito grande de disciplinas eletivas, ou seja, disciplinas em outros cursos que podem ser escolhidas pelo estudante de acordo com suas preferências. “Geralmente, pelo alto número de aulas eletivas, não temos muita pressa para a formatura, porque precisamos conciliar os horários de aula com as horas de estágio”, conta Hayane.
Em termos de estrutura, os estudantes avaliam como sendo suficiente para o curso: “Temos dois laboratórios para a graduação e um para a pós, com computadores bons, rápidos, com os softwares necessários”, explica Lucas Mello, aluno do nono semestre. No entanto, uma deficiência notada por eles é que a graduação, focada bastante na parte teórica, não oferece aulas para os programas de criação e edição necessários para a vida profissional do publicitário. Ocasionalmente, são promovidos oficinas e workshops, mas os estudantes afirmam que o aluno tem que ter iniciativa própria para aprender.
“As aulas mais práticas que temos envolvem fazer peças publicitárias, campanhas de marketing, planejamentos, idealizar aplicativos”, conta Lucas. “Gostei muito das aulas de fotografia, onde aprendemos a manusear os equipamentos e revelar o material. No estúdio de TV também tivemos a oportunidade de gravar curtas, propagandas e fazer stop motion”, diz Hayane.
Quanto ao mercado de trabalho, a concentração de agências e empregadores na área ainda está no eixo Rio de Janeiro-São Paulo, mas os estudantes afirmam que há oportunidades nas grandes capitais. “Atualmente faço estágio em uma das maiores agências digitais do país, que é sediada em Porto Alegre. A experiência está sendo incrível, trabalho na área de conteúdo digital e redes sociais de um cliente grande, O Boticário”, conta Lucas.
Se você pensa em Publicidade e Propaganda, mas ainda está em dúvida sobre se é a melhor escolha ou não, Hayane recomenda que é importante o vestibulando ter consciência do que vai encontrar na faculdade. “Nem tudo é bom, e acho nesse momento de escolha tendemos a nos impressionar muito fácil. O que as pessoas precisam saber é que não saímos por aí fazendo propagandas de TV com câmeras modernas, as coisas são um pouco mais complexas que isso”, diz. “Eu entrei no curso porque gostava de produção de vídeos, mas depois comecei a me interessar mais pela área de planejamento e conteúdo. Você só vai saber o que gosta cursando, indo atrás de informação, falando com profissionais”, diz Lucas.