Orientações didáticas ao profissional de educação infantil
A função do jogo no processo educativo irá depender do projeto pedagógico da unidade educacional e de como o professor o inclui nas situações que compõem os ambientes de aprendizagens das crianças.
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Nesse sentido, a brincadeira deve ser uma atividade diária no cotidiano das instituições, possibilitando que as crianças aprendam novas formas de brincar conforme são provocadas por desafios que elas se colocam ou são colocados pelo professor. Este pode viabilizar e ampliar o tempo destinado às brincadeiras e enriquecer a qualidade das mesmas nas unidades de educação infantil, apoiar as crianças na criação e renovação das brincadeiras, fortalecer suas culturas lúdicas.
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Para apoiar o desenvolvimento da criatividade das crianças no brincar, o professor necessita:
- Ter em mente que, para a criança envolver-se em brincadeiras, ela necessita sentir-se emocionalmente bem no espaço que ocupa e na relação com os adultos e as outras crianças presentes, e precisa querer brincar.
- Lembrar que a criança brinca no seu dia-a-dia, não apenas nos minutos destinados ao parque, o que vai exigir um planejamento do conjunto das atividades das crianças que considere o caráter essencialmente lúdico das vivências infantis.
- Ser um observador atento e sensível da brincadeira voltado para acompanhar a riqueza das interações infantis que aí ocorrem.
- Organizar oportunidades para a realização de brincadeiras diversificadas segundo os interesses de diferentes grupos, deixando as crianças circularem pelos ambientes e envolverem-se em diferentes tipos de jogos.
- Conhecer os jogos e brincadeiras infantis (seus temas, materiais, personagens, etc.);
- Estimular as crianças a assumir personagens na brincadeira de faz-de-conta;
- Garantir oportunidade para a criança brincar isoladamente e em grupos, com parceiros da mesma idade e de idades diferentes (não apenas os da sua própria turma), de forma livre ou mediada pelo professor;
- Incentivar a autonomia das crianças na organização de materiais e na criação de cenários, enredos e papéis para brincar;
Veja também:
- Disponibilizar objetos, indumentárias e outros elementos que apóiem as crianças a imitar situações da vida cotidiana, a assumir determinados papéis, ou a reproduzir as ações do personagem de uma história lida pelo professor em outra situação;
- Ajudar as crianças na superação dos conflitos desencadeados em suas brincadeiras;
- Criar condições para que as brincadeiras possam ocorrer no interior do prédio, em sua parte externa, ou no campinho gramado ou praça;
- Apoiar a ampliação do repertório de brincadeiras e a diversidade de possibilidade de brincar das crianças, além do faz-de-conta: jogos de regras, brincadeiras cantadas, jogos de tabuleiro, entre outros;
- Incentivar as crianças a tomar as brincadeiras vividas como assunto tanto nas rodas de conversa quanto nas situações comunicativas informais envolvendo professores e crianças;
- Ajudar as crianças a organizar os espaços e os objetos que estruturam o enredo, o cenário e os papéis adotados no faz-de-conta;
- Cuidar para que as regras propostas pelo grupo para um determinado jogo sejam mantidas, e assumir o papel de juiz em um jogo de regra, ou em um jogo esportivo;
- Assumir um papel em um faz-de-conta considerando as situações criadas pelas crianças tanto em relação aos temas, personagens, clima emocional etc., e as regras,materiais utilizados, organização do espaço, formas de cada criança desempenhar certos papéis;
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- Os materiais disponíveis para a brincadeira devem:ser bastante diversificados e flexíveis – brinquedos (convencionais, industrializados e artesanais) e materiais não estruturados (papelão, tecidos, pneus e outros materiais reaproveitáveis), favorecendo as invenções infantis;
- Incluir fantasias e adereços que possibilitem às crianças viverem diferentes papéis;
- Contar com a presença de objetos da própria cultura, incluindo diferentes portadores de textos, que podem alimentar variados enredos;
Recomendo ler:
Fonte: Orientações Curriculares para Educação Infantil.