Por que a rotina é essencial na Educação Infantil?
Por que a rotina é essencial na Educação Infantil?
A rotina proporciona uma sensação de segurança. Mesmo em casa, a criança exposta a uma rotina fica mais tranquila porque sabe o que acontecerá em seguida. Na escola, um ambiente em que ela naturalmente se sente menos protegida, que costuma ser o primeiro local de socialização fora da família, isso é ainda mais urgente.
Quando sua turma entende que, após a hora da história, todos irão cochilar e que, depois do cochilo, chega o momento de usar os lápis de cor, a ansiedade diminui. Ela se sente no controle da situação. Cultive essa noção de segurança repetindo comportamentos e expressões sempre nos mesmos momentos – como sempre começar o dia dizendo “Bom dia, amiguinho, como vai?” ou ir ao banheiro após falar “Hora de lavar as mãos com bastante sabão”, fazendo o gesto de esfregar as mãos uma na outra.
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Como consequência, a rotina ajuda no desenvolvimento da autonomia das crianças na Educação Infantil. Afinal, elas passam a conhecer os espaços, trajetos e atividades realizadas, sentindo-se mais confortáveis em agir com independência: guardando brinquedos ou materiais na prateleira, porque eles sempre estão lá, ou buscando a lancheira após entregar o desenho para a professora, já que elas sempre vão para o refeitório após a aula de artes.
Conforme a classe for se familiarizando com essa organização, o professor deve dar mais espaço para a autonomia, deixando, por exemplo, que as próprias crianças organizem uma fila ou escovem os dentes sem ajuda.
Todos os momentos devem ser programados?
De certa forma, sim. Isso não significa, porém, que os professores e funcionários precisem controlar tudo o que as crianças fazem durante o período escolar, mas sim que devem ter locais e atividades planejados para cada momento.
Pense no seguinte: em uma turma de Educação Infantil com 20 crianças, nem todas sentirão sono na mesma hora. Caso uma ou duas se recusem a dormir, o professor não pode ser pego de surpresa – o ideal é ter uma área com livros e gibis, brinquedos ou outros materiais que elas possam utilizar até que o resto da turma acorde. Você não precisa elaborar uma atividade orientada, apenas providenciar a supervisão adequada tanto dos que estão tirando uma soneca quanto dos que estão brincando.
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Uma boa programação deve incluir um momento de chegada, com boas vindas às crianças (como a construção do calendário que vimos acima), atividades dirigidas (aquelas que têm maior orientação do professor, com objetivos de aprendizado definidos previamente), atividades livres (mas sempre em um espaço delimitado e com supervisão) e momentos de cuidado pessoal (fazer o lanche, lavar as mãos e escovar os dentes, colocar os sapatos antes de ir para casa, etc.) e encerramento.
É importante que a turma entenda que não precisa chorar para sair do playground, porque vai voltar no dia seguinte, que não precisa ter medo ao ser deixado na escola, porque os pais sempre a buscam ao fim da rotina, e assim por diante.
Será que a minha rotina é adequada?
A rotina da Educação Infantil será estabelecida pela escola a partir das necessidades das crianças:
- As necessidades biológicas – o descanso, a alimentação e a higiene, a faixa etária;
- As necessidades psicológicas – o ritmo e o tempo de aprendizado de cada criança nas diversas tarefas realizadas;
- As necessidades sociais – a cultura e estilo de vida daquela comunidade ou daquela escola.
Lembre-se de que o foco da organização devem ser as crianças. Não faz sentido, por exemplo, jantar às 15h para liberar a equipe da cozinha, se os pais só buscarão os filhos às 17h ou 18h.
Os tempos entre uma atividade e outra também devem ser observados. O ideal é que haja poucos momentos de transição, em que os pequenos não têm nada para fazer – assim como no caso da soneca, isso se resolve com a criação de espaços lúdicos em que eles possam brincar enquanto não são atendidos. Um rodízio de turmas (para que a fila na porta do refeitório não seja quilométrica ou um pátio pequeno fique lotado além da capacidade) também pode facilitar esse trabalho.
Acima de tudo, reparar no que as crianças já conseguem realizar sozinhas vai ajudar muito na definição da rotina. Em que elas realmente precisam de ajuda? Uma classe de 2 anos exige mais auxílio – e, logo, muito mais tempo – do que uma outra, de 5 anos. É natural que o professor vá assumindo gradualmente o papel de observador e facilitador conforme as crianças crescem e já não requerem tanta intervenção.
Fonte: http://naescola.eduqa.me
Por que a rotina é essencial na Educação Infantil? Todos os momentos devem ser programados? A rotina proporciona uma sensação de segurança?
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