Spinner, febre nas escolas, desperta atenção de educadores e especialistas
Uma nova mania entre as crianças está despertando a atenção de educadores e pais de alunos no mundo inteiro: o hand spinner.
A tradução do nome é a própria função do brinquedo. Mas o que ele faz? Roda, e mais nada. Mesmo assim, virou sucesso.
“Todo mundo tem. O que ele tem de legal? Ah, desestressa, faz concentrar a gente também”, diz o aluno.
O brinquedo é uma hélice de três pontas circulares feita de plástico e metal. O mais normal é que se brinque com a ponta dos dedos, mas há quem bote na cabeça, no nariz e até na língua.
O spinner foi criado no início da década de 90 para ajudar no tratamento de crianças com déficit de atenção. Mas, de repente, virou moda, virou febre. A criança adora, mas os professores em sala de aula, nem tanto.
“Durante as aulas não pode, eles só brincam durante os intervalos, e durante as aulas as professoras dominam a sala de aula voltada para o conteúdo escolar”, afirma a professora Simone Câmara.
A Sociedade Brasileira de Pedagogia vê a brincadeira com bons olhos, desde que haja moderação.
“Chegou em um momento bem vindo que as crianças estão muito na tela, estão muito no virtual e estão precisando vir para a realidade. […] A família deve intercalar uma atividade com a outra, e não dá para ser usado o tempo todo, sem controle”, diz Liubiana Arantes de Araújo, médica da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Essa pequena bugiganga já rodou o mundo. É sucesso nos Estados Unidos, na Europa, um legítimo produto “made in china.”
Em abril, uma fábrica que fica na cidade de Yimu, na China, chegou a produzir até 80 mil unidades por dia. Agora a demanda já diminuiu.
No Brasil, tem gente que vende na porta da escola. “Quantos vendeu hoje? Nem sei, mais de oitenta. É uma febre geral em todos os colégios”, diz o vendedor.
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