O cérebro precisa de emoções para aprender
O cérebro precisa de emoções para aprender: A educação tradicional, aquela em que o professor valoriza o conhecimento e os alunos são recipientes passivos, está dando lugar a novos modelos pedagógicos que transformam o ensino e a aprendizagem em um processo ativo e dinâmico.
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Nos últimos tempos, o aparecimento de modernas técnicas de neuroimagem contribuiu para o desenvolvimento de novas áreas de pesquisa, como Neuropsicologia,que visam entender o que acontece no cérebro das pessoas enquanto elas aprendem, a fim de desenvolver métodos de educação mais eficaz.
O cérebro precisa de emoções para aprender: Assumir um papel ativo na aprendizagem estimula o cérebro
Estudos nesta área revelaram que a transmissão de conteúdo da maneira tradicional; isto é, através de conferências em que os alunos têm pouca participação, não é a melhor maneira de educar. Isso representaria uma mudança importante na forma de ensino, pois atualmente estima-se que entre 60% e 80% do tempo que os estudantes gastam na sala de aula seja gasto simplesmente ouvindo o professor.
Um experimento particularmente interessante realizado no Massachusetts Institute of Techonolgy e publicado na revista Transactions on Biomedical Engineering descobriu que uma conferência tem o mesmo impacto no nível do cérebro que a televisão, o que significa que os modelos educacionais passivos não são os melhores Estratégia para os alunos aprenderem.
Esses pesquisadores acompanharam a atividade do sistema nervoso simpático dos alunos ao realizar diferentes tarefas. Assim, eles apreciaram que os picos de atividade apareceram quando desempenharam os deveres, enquanto eles estavam imersos no trabalho de laboratório e durante os períodos de estudo. Pelo contrário, as ondas caíram nas conferências, em alguns casos eram mesmo semelhantes às observadas no estágio pré-sono, que era considerado como um indicador da diminuição da atividade cognitiva ou de uma desconexão.
A necessidade de dar ao aluno um papel mais ativo na aprendizagem é agravada pelo fato de que o cérebro tende a processar dados do hemisfério direito, que está mais intimamente ligado à criatividade e às imagens. Pelo contrário, o processamento linguístico ocorre principalmente no hemisfério esquerdo. Portanto, mais e mais professores concordam que é necessário mudar o modelo educacional tradicional.
O cérebro precisa de emoções para aprender: As emoções também são fundamentais para aprender
Quando um aluno está em sala de aula, toda a informação que ele processa vem até ele através dos sentidos, e o primeiro filtro que ele encontra é precisamente o sistema límbico, onde as situações são decodificadas e têm um significado emocional. Se a situação for classificada como significativa, há um nível de ativação que estimula a aprendizagem e torna essa informação mais memorável.
Esta é precisamente uma das bases do aprendizado significativo: tornar o novo conhecimento estimulante e relacionado ao que o aluno já conhece, para que ele possa inseri-lo com facilidade em seu mapa conceitual e dar-lhe um significado. Nesse caso, a emoção é a chave que abre as portas à curiosidade, desperta interesse e acalma atenção.
Por outro lado, quando o aprendizado se torna um processo agradável e divertido, que desperta emoções positivas, o aluno desenvolve uma atitude mais pró-ativa e pode melhorar o conhecimento. Na verdade, um estudo realizado na Universidade da Califórnia e publicado no Journal of Neuroscience revelou que emoções, como o estresse, afetam a capacidade do cérebro de aprender, especialmente as áreas relacionadas à memória.
Esses pesquisadores descobriram que, embora o estresse não dure mais de um par de horas, é mais do que tempo suficiente para afetar as sinapses. Na prática, o estresse agudo ativa moléculas chamadas corticotropinas, que afetam o estabelecimento de sinapses e, portanto, a aprendizagem.
Portanto, para aprender a ser significativo, é importante que o aluno tome um papel ativo em sua educação e que os conteúdos tenham relevância, despertando uma série de emoções positivas que estimulam a memorização.
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Muito interessante, trabalho com adolescentes em área de risco social e percebo como é difícil manter a atenção e a retenção do conhecimento. As vezes o professor reclama que eles não lembram nada do que foi ensinado. Precisamos de estrategias diferenciadas para que eles possam consolidar o que foi ensinado.