Eduque as crianças em felicidade e não em perfeição
Eduque as crianças em felicidade e não em perfeição – Artigo enviado pelo nosso parceiro “Professor Marcos L Souza – Pedagogo – Psicopedagogo – Educador.
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Eduque as crianças em felicidade e não em perfeição
É claro que queremos o melhor para nossos filhos, mas também devemos levar em conta que a perfeição e a cobrança excessiva, não produz felicidade e é importante que as crianças sendo crianças, sejam felizes. São muitos os pais que chegam a confundir educação com exigência, com perfeição. Criar um filho não se baseia somente em escolher a melhor escola, a melhor metodologia, encher as horas do dia a dia com disciplinas mil, em fazer com que a criança aprenda dois ou mais idiomas e tenha sempre uma vida social completamente tomada por aulas, atividades e tarefas, tendo uma aparência ideal como se fosse um boneco.
Algo que muitos estudos nos mostram é que os pais altamente exigentes acabam produzindo graves carências na vida de seus filhos. O mais provável é que eles cheguem à maturidade pensando que não são bons o bastante, que não conseguiram cumprir as expectativas de seus progenitores. Todas estas ideias poderiam ser resumidas em uma simples relação: se educarmos filhos perfeitos, teremos crianças tristes. Respeite as suas particularidades, escute a sua voz e preocupe-se somente em oferecer felicidade. É assim que alimentaremos seus corações para que se transformem em adultos livres com vidas plenas. Convidamos a todos a refletir sobre isso neste texto.
A SÍNDROME DOS PAIS EXIGENTES: O PERIGO DE EDUCAR PEDINDO A PERFEIÇÃO
Existe uma história curiosa que pode nos ilustrar esta ideia perfeitamente: em Roma, na Itália, existe uma tumba do ano 94 a.C. que sempre chama a atenção dos turistas. Na lápide é possível ler o seguinte: “Aqui jaz Quintus Sulpicius Maximus, um jovem romano que viveu apenas 11 anos, cinco meses e 12 dias. Ele faleceu dias depois de participar de uma competição de poesia para adultos”.
Sabe-se que o pequeno Quintus tinha um talento especial. Era o que nos dias de hoje seria classificado como um menino superdotado. Tanto era assim que seus pais o levavam a todas as competições de poesia, literatura e arte de Roma para competir com adultos.
Diz-se que o menino morreu de um colapso por trabalhar tanto e sofrer por não conseguir atingir as altas expectativas que seus pais tinham em relação a ele. Esta história costuma servir para muitos pedagogos, que a utilizam para exemplificar o termo “síndrome dos pais exigentes”.
A OBSESSÃO POR TER FILHOS PERFEITOS NA ATUALIDADE
Muitos pais sonham ter filhos bem sucedidos no contexto escolar, mesmo na educação infantil, filhos competentes em muitas disciplinas para poder assim atingir o êxito profissional no futuro. O erro de tudo isso está, sem dúvida, em orientar os pequenos “ao futuro”, esquecendo que o importante para as crianças é o aqui e o agora: a felicidade deste mesmo instante. Como pais e mães, desejamos o melhor para os nossos filhos, porém para atingir este objetivo, é preciso manter um equilíbrio sensato e adequado. As crianças precisam aproveitar a sua infância, precisam ser o que são.
É necessário educar o coração das crianças com sabedoria, devemos guiá-los, facilitar o aprendizado dos mesmos, sugerir coisas a eles, mas não segurar suas rédeas e dar direções apenas de acordo com nossos próprios desejos.
EDUCAÇÃO X EXIGÊNCIA
O mais importante é evitar o perfeccionismo daninho, o que veta os direitos da infância, o que traz sofrimento e não felicidade. Para fazer isso, devemos levar em conta estes princípios: Em algumas ocasiões, pode ocorrer o seguinte: há pais que, sem serem exigentes com seus filhos, veem como as próprias crianças exigem de si mesmas de uma forma muito traumática. Isso se deve ao fato de que, em seu lar, as crianças estão sempre atentas a nossas atitudes e nossa linguagem. Se nós mesmos somos críticos com nosso entorno e definimos para nós diretrizes e regras muito rígidas, as crianças também podem assumi-las para si mesmos.
Palavras como “Eu cometi um erro gravíssimo no trabalho, vou me matar, isso é um desastre” podem causar um grave impacto em uma criança.
CUIDADO COM AS EXPECTATIVAS QUE VOCÊ PROJETA EM SEUS FILHOS
Nunca desacredite ou exija demais de uma criança, faça com que seus filhos apreciem as suas conquistas, que conheçam o valor do esforço, mas sem a necessidade de se sentirem humilhados se não conseguirem algo.
A FALHA E O ERRO TAMBÉM FAZEM PARTE DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Um erro ou um fracasso não é o fim do mundo, mas sim um modo de aprender desenvolver a autonomia e estimular o poder de superação de maneira correta. Permita que seus filhos se destaquem naquilo que desejarem, mas deixe que também errem por si mesmos, que eles tenham a oportunidade da descoberta. Fomente a tolerância, a compreensão, uma boa autoestima e a confiança. Uma criança que confia em você para explicar suas dúvidas e seus erros a ela é uma criança que se permite conectar com você, e isso é um privilégio, é uma das melhores formas de desenvolvimento da aprendizagem ( Wallon).
Para concluir, sabemos que vivemos em uma época de crise social e que precisamos de crianças bem preparadas para que, no dia de amanhã, possam ter mais oportunidades e, por que não, criar um mundo melhor.
No entanto, isso não implica que devamos deixar de lado a importância de estimular a felicidade, a conquista, os valores e a inteligência emocional. Somente assim iremos permitir que, no futuro, eles sejam adultos capazes de compreender a sim mesmos.
É preciso educar com amor, não em perfeição.
A gente se preocupa em deixar um mundo melhor para os nossos filhos, mas nós deveríamos nos preocupar em deixar filhos melhores para o mundo.
Eduque as crianças em felicidade e não em perfeição
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Parabéns professor Marcos!!!