Atividade Objetal Manipulatória
Atividade Objetal Manipulatória – Nos primeiros anos de vida, a criança realiza manipulações dos objetos de maneira externa a eles, com a primeira infância, ela passa a ressignificar a utilização desses objetos, deixando de serem simples “coisas” a detentores de uma função específica, segundo a própria função social deste objeto.
Atividade Objetal Manipulatória por Vygotsky
É na primeira infância que se constrói a passagem para a atividade objetal, atividade principal do período, na qual o adulto assume o papel de colaborar nesse processo, pois a exemplo de uma colher, ela poderá batê-la, jogá-la ao chão e, mesmo assim, não descobrir sua função, a menos que o adulto intervenha e lhe demonstre sua finalidade.
As ações mais importantes que a criança assimila na primeira infância são as correlativas e as instrumentais. Sendo as ações correlativas aquelas nas quais se estabelece uma relação comum entre determinados objetos, fazendo-as recíprocas espacialmente falando, o que faz a criança levar em consideração as propriedades dos objetos, conferindo-lhe respeito a estas propriedades, dando sentido à atividade desenvolvida através do objeto. Estas ações são presentes na primeira infância, o que não ocorre com a devida “consciência” no primeiro ano de vida, antes de completar um ano. Tais ações são reguladas pelo resultado obtido, que só é alcançado pela contribuição e intervenção do adulto que aponta os erros, norteia como agir, a fim de corrigir com a finalidade do resultado correto.
As ações instrumentais são aquelas nas quais a criança se utiliza de instrumentos e /ou ferramentas para agir sobre outro objeto. Ainda enfatizando a colaboração do adulto na apropriação destes objetos, a ideia é de que o adulto ofereça meios – instrumentos – que colaborem para que a criança se aproprie e assimile o uso do objeto, como por exemplo, a colher, nela está presente o traço que a caracteriza como ferramenta, torna-se um instrumento para que ocorra a alimentação da criança e, que se faz, portanto, uma “intermediadora” entre a mão da criança e o alimento. Deste modo, ocorre à sujeição, a reconversão dos movimentos da mão da criança à forma do instrumento.
A assimilação das ações instrumentais não ocorre imediatamente, há etapas, sendo que a primeira, tendo o instrumento como continuação da própria mão, suas ações, portanto são manuais ainda; a segunda etapa a criança se prende para a relação instrumento e objeto sob o qual incide a ação, quanto ao êxito, só será alcançado eventualmente; a terceira fase é obtida quando a mão se adapta às propriedades do instrumento, originando as ações instrumentais de fato.
Estas que são dominadas na primeira infância, estão em contínuo desenvolvimento no decorrer do tempo, não é acabado. Sua importância está na assimilação do uso dos instrumentos de maneira correta, exata. Os quais se configuram como princípios básicos da atividade humana, permitindo à criança perpassar pela autonomia do uso dos objetos.
Atividade Objetal Manipulatória
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