Fábulas de Esopo para crianças

Fábulas de Esopo para crianças – Fábulas com moral e valores para educar as crianças.

Esopo, um dos mais conhecidos fabulistas da Grécia antiga, foi o autor de um dos mais completos legados literários de sua época. Suas obras, em que os protagonistas geralmente são animais, distinguem-se pela profundidade de suas idéias e seus ensinamentos, mas ao mesmo tempo são escritas em uma linguagem muito simples que as crianças pequenas podem entender.

Muitas das fábulas de Esopo se referem a diferentes valores humanos, por isso são uma excelente opção para ler para crianças desde tenra idade. Aqui estão algumas das melhores fábulas conhecidas com grande significado.

Fábulas de Esopo para crianças

O corvo e a raposa

Fábulas de Esopo para crianças

Um grande corvo negro estava voando sobre um campo de milho dourado, quando viu uma família comendo à sombra de um castanheiro.

– Que sorte – ele pensou – Certamente, eles vão deixar uma mordida deliciosa.

Com essa ideia em mente, ele se estabeleceu em um galho, logo acima deles.

Ele esperou e esperou até que sua paciência fosse recompensada. Quando saíram, os caminhantes deixaram um grande pedaço de queijo.

– Fiz bem em esperar “- pensou o corvo, pulando para pegar o queijo com o bico – Quão inteligente sou!

Quase sem tocar o chão, ele retornou ao galho da árvore. Eu estava prestes a começar a comer quando uma cadela saiu do milharal.

– Que cheiro rico! – ele disse, lambendo o nariz.

Sua boca se regou com aquele cheiro que veio de cima. Então ele viu o corvo com seu belo pedaço de queijo no bico. A raposa gostava muito de queijo e era muito inteligente. Então ele disse:

– Que lindo pássaro você é, corvo! Com suas penas tão brilhantes, seu bico tão afiado e seus olhos tão redondos!

O corvo adorou esses elogios. Com a cabeça erguida, ela desfilou pelo galho, esperando receber mais elogios. E assim foi.

– Um pássaro tão lindo como você deve ter uma voz maravilhosa “- a raposa disse-lhe astutamente – Se você quisesse cantar para mim, você me faria muito feliz.

Ao ouvir isso, o corvo puxou o peito, abriu o bico e deu um grasnido alto.

Instantaneamente o pedaço de queijo caiu de sua boca, indo para a boca da raposa, que estava esperando embaixo.

– Obrigado, querido corvo – exclamou – Agora você saberá qual é o preço da vaidade.

E rindo, ele comeu o queijo em uma mordida.

O RATO do campo e o RATO da cidade

Era uma vez um ratinho humilde que vivia feliz no oco de uma árvore seca. Sua casa era muito confortável e espaçosa, com poltronas feitas de cascas de nogueira, uma cama macia com pétalas de flores e cortinas bonitas nas janelas que ele tecera com fios de aranha.

Na hora da refeição, o ratinho saiu para o campo e procurou frutas frescas e água do rio. Depois, ele corria pelo campo verde ou descansava sob a luz das estrelas. O ratinho tinha a vida que ele sempre sonhara.

Uma tarde chegou seu primo da cidade. O ratinho convidou-o a comer e preparou uma deliciosa sopa de repolho. No entanto, seu primo, acostumado às iguarias da cidade, apenas provou a sopa cuspindo-a.

– Que sopa ruim, ele exclamou.

Com o passar dos dias, o ratinho da cidade se cansou de estar na casa de sua prima e resolveu convidá-lo para mostrar a opulência da cidade grande. O ratinho no campo relutantemente concordou em não fazer seu primo se sentir mal e eles rapidamente fizeram o seu caminho para a cidade.

Ao chegar à cidade, o camundongo se sentiu muito perturbado. O tumulto das pessoas, o barulho dos carros e a sujeira das ruas não faziam mais do que assustar o ratinho, que só conseguia respirar calmamente quando estava dentro da casa do primo.

A casa era grande e cheia de luxos e confortos. Seu primo na cidade tinha uma grande coleção de queijo e uma cama feita de meias de seda. À noite, o ratinho da cidade preparava um banquete saboroso com presuntos e doces deliciosos, mas quando estavam prontos para comer, os bigodes de um enorme gato apareciam nas portas da casa.

Os ratos começaram a correr assustados pela porta dos fundos, mas sem querer foram até os pés de uma mulher que lhes deu um forte golpe com a vassoura. Tão forte foi o choque que eles ficaram estupefatos no meio da rua.

O camundongo no campo decidiu que era hora de ir para sua casa de campo tranquila, porque ele entendeu que não vale a pena mudar as coisas luxuosas e conforto para a paz e harmonia de uma casa.

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 A cigarra e a formiga

Era um verão quente e havia a cigarra cantando alegremente debaixo de uma árvore. Eu não queria trabalhar, só queria aproveitar o sol e cantar e cantar. Foi assim que os dias passaram.

Certa manhã, uma formiga passou carregando um enorme grão de trigo nas costas. A cigarra zombou dela e disse:

– Onde você está indo com tanto peso? Com o bom dia que ele faz! É muito melhor aqui, na sombra, cantando e tocando. Deixe tudo e venha se divertir – disse ele rindo cigarra.

A formiga não prestou atenção e continuou seu caminho silencioso e cansado e, assim, passou o verão inteiro trabalhando e guardando provisões para o inverno. Toda vez que ele via a cigarra, ela ria e cantava uma música zombeteira:

– Que risos as formigas me dão quando vão trabalhar! Que risadas as formigas me dão porque não podem brincar!

Foi assim que o verão passou e o frio chegou. Então, a formiga entrou em seu formigueiro quente, com comida suficiente para passar o inverno todo e dedicou-se a brincar e descansar. No entanto, a cigarra não tinha casa ou comida e estava gelada. Então, ele se lembrou da formiga e foi bater na sua porta.

– Formiga senhora, eu sei que você tem muitos suprimentos. Você pode me dar alguma comida para que eu possa passar o inverno? Eu retornarei a você quando possível.

A formiga rapidamente respondeu com raiva:

– Você acha que eu vou te emprestar o que eu trabalhei tanto para ganhar? O que você fez, preguiçoso, durante o verão? 
– Você já sabe, a cigarra respondeu com tristeza, a todos que passaram, cantei alegremente sem parar por um único momento. 
– Bem, agora eu posso cantar como você: que risadas as formigas me dão quando vão trabalhar! Que risadas as formigas me dão porque não podem brincar!

E com isso dito, ele fechou a porta da cigarra.

A partir de então, a cigarra aprendeu a não rir de ninguém e a trabalhar para ter reservas nos momentos mais difíceis.