A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM – “Nosso cérebro é um órgão social” As crianças precisam se conectar e desenvolver a empatia umas com as outras.
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
É importante ter em mente que a educação não é uma fábrica para produzir mão de obra e trabalhadores, mas, a educação é uma necessidade evolutiva de um mundo que mudou de forma muito rápida nos últimos 10 anos e no qual a tecnologia é uma das ferramentas mais presentes no processo de educação da humanidade.
Ensinar as novas gerações a ter uma vida significativa e valiosa, ensiná-los a desenvolver o seu próprio bem-estar e que não estejam em conflito com o bem-estar dos outros. Educar para a paz é um direito das crianças e adolescentes. Não é mais apenas uma questão de pensar sobre o mundo que vamos deixar para as próximas gerações, que já sabemos ou imaginamos, estamos tentando impedi-los de se desenvolver em uma atmosfera de desconexão humana em que o bem-estar do grupo é indiferente.
As novas gerações cresceram em uma época caracterizada pela conquista de uma forma utópica de felicidade, esta é uma felicidade que dura pouco, que depende de estímulos intensos e efêmeros, que se sustentam com bens materiais. E nossas crianças são obrigadas a se adaptar a coisas que até os adultos não sabem para onde vão nos levar. Avanços na tecnologia podem ser um exemplo disso. É essencial a prioridade para acompanha-los a desenvolver um sentimento social, de se sentir parte de um grupo em uma sociedade e também estimular o desenvolvimento de habilidades como empatia, compaixão, altruísmo, gratidão ou generosidade, promover o bem-estar dos outros na tomada de decisões. Essa é a felicidade responsável. Esta é a verdadeira inovação na sala de aula e fora dela porque a pedagogia da empatia não é apenas educar o coração, mas fazê-lo em sintonia com o cérebro.
Somos seres sociais, nosso cérebro é um órgão social e a empatia é como o WiFi com o qual nos conectamos. É necessário educar de outra maneira. Se os seres humanos são altamente preparados para conectar harmoniosamente com os outros, se estivermos preparados para ter conexões harmoniosas nossa natureza, em vez de usar a educação como uma ferramenta para satisfazer exclusivamente as nossas necessidades competitivas e egoístas, para conseguir maneiras de acumular bens ou objetivos do poder, por que não repensar a educação como uma ferramenta social para promover o bem maior?
Os programas educacionais devem ter em conta as boas ligações no grupo, a importância da ajuda mútua, o entusiasmo que vem de novidade para resolver problemas e avançar juntos, porque o cérebro humano tem um sistema que nos predispõe para os outros. Raramente se leva em conta que, desde os primeiros anos, essas habilidades nos deixam incrivelmente felizes e que essa felicidade dura mais tempo. A neurociência social, enquanto uma nova ciência, estuda como os circuitos são ativados no cérebro quando duas pessoas interagem e seu incrível efeito na memória e nas funções executivas.
Solidariedade e altruísmo são motores poderosos para a prevenção da violência. Muitas pesquisas científicas provam isso. Pessoalmente eu tenho visto como crianças de quinze meses (de maneira natural) se ajudam, ou como uma delas é capaz de dividir um único biscoito em dois e compartilhá-lo se a outra criança não tiver que colocá-lo em suas bocas. Crianças entre um e dois anos de idade que se aproximam de pessoas de sua idade que choram inconsolavelmente no primeiro dia de creche e abraçam ou acariciam seus rostos em um ato de incrível empatia para confortá-los. Algo que é fascinante quando vemos que na maioria das espécies não estamos apenas ligados pela paz, mas temos os nossos próprios recursos e podemos realizar atos semelhantes de uma forma natural quando se trata de ajudar os outros, de cuidar um do outro.
COMO APRENDER A VIVER JUNTOS?
Ativando e trabalhando projetos e recursos que permitam uma pedagogia afetiva responsável. Um exemplo pode ser o de transmitir a eles que a verdadeira generosidade é discreta, silenciosa, realizada anonimamente e de maneira respeitosa e assim se torna uma força de aprendizagem poderosa que os fará sentir fortes por dentro. E não importa se trata de dar ajuda material, conhecimento, tempo, gentileza e cuidado gentil, eles podem demonstrar bons desejos no trabalho social.
Então a escola deixa de ser um espaço meramente de aprendizagem educacional de estudantes desconectados uns dos outros para se tornar uma sociedade com emoções construtivas em busca do bem comum.
Na medida em que não se educa desta forma de primar a afetividade como processo de aprendizagem e em que os pais não se comprometem em compreender que a educação tem necessariamente de começar em emoções e um sentido social diferente hoje, será muito difícil para erradicar a violência das salas de aula e mudar a mente social.
Mergulhamos as novas gerações em um espaço tecnológico em que a superexposição e a obsessão com a imagem os sujeitam a se sentir controlados pela ativação do desejo de controle. Devemos tomar muito cuidado com esta exposição oferecida diariamente para nossas crianças e que não deixemos ou esqueçamos que a verdadeira aprendizagem só é transmitida se houver afetividade ente ambos.
Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra. Anísio Teixeira
Artigo > Prof. Marcos L Souza
Pedagogo – Psicopedagogo – Mestre em Educação e Teologia Historiador e Educador Musical
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