Novos desafios na educação pós pandemia

Novos desafios na educação pós pandemia – A Educação e os Professores estão se reinventando nestes tempos de pandemia, buscando novas formas de aprendizagem com a preocupação de não perder a essência nem a excelência.

Em um primeiro momento as Escolas deverão adotar metodologias criativas para poder amenizar o impacto da convivência social entre seus alunos principalmente no que diz respeito as séries iniciais, haja vista que, o processo de aprendizagem está intimamente ligado a afetividade entre Mediador (Professor) e Aluno. Quando falamos sobre afetividade, falamos da forma mais pura que existe: Abraços, apertos de mão, proximidades, sem contar os inúmeros gestos de gentileza entre Professor e Aluno. 

Pensando em justamente amenizar este choque de novos modelos de convivência e aprendizagem e utilizando a Psicologia Educacional ligada a terapia Musical, ou a utilização da mesma como proximidade afetiva, é que a música em seu todo se torna uma ferramenta indispensável no processo de equilíbrio, harmonia dos ambientes, na vivência escolar, nas atividades diárias, na aprendizagem como um todo e é claro que também no ambiente familiar através das aulas virtuais.

Você está pronto para essa transformação?

Muito se fala sobre novos processos de aprendizagem porque vivemos justamente em uma época em que tudo muda em fração de segundos, porém, no que diz respeito ao momento desafiador que todos os Professores estão passando, é necessário sim reinventar, mas, com cautela para que não haja sobrecarga ou um excesso de caminhos que podem não levar a resultados bons. Por isso a música é defendida por muitos pesquisadores como: A ferramenta de aprendizagem mais poderosa no que diz respeito ao retorno ao ambiente escolar e não se trata somente de aulas extras ou aulas experimentais, a música sim é um potente antídoto e remédio para combater ansiedade, depressão, dores etc, além de sua utilização medicinal milenar como também no processo de desenvolvimento de aprendizagem, alfabetização, habilidades, caráter, convivência social e virtual, convivência familiar e educacional.

As escolas que se atreverem a se aprofundar neste processo de construção, saberão em pouco tempo que fizeram a escolha correta em se tratando de olhar a música com a mente mais aberta e com as inúmeras possibilidades que a mesma pode oferecer em contribuição ao aprendizado como um todo.

As atividades presenciais sofrerão adaptações que por sua vez querendo ou não, trará prejuízos para o aprendizado e convivência das crianças e é aí que a música deve ser apresentada como uma das ferramentas pedagógicas a serem utilizadas com maior frequência nas atividades escolares, aulas, nos ambientes de recreio, dentro das salas de aula etc.

É verdade que ninguém estava preparado para o que viria, porém, precisamos nos unir mais do que nunca, Pais, Professores, família e Escola para podermos sim alcançar a máxima de uma missão.

E voltando lá no início onde alunos e famílias estavam apreensivos versus de férias, os educadores passavam suas madrugadas ansiosos navegando madrugada adentro em busca de estratégias, conhecimento virtual, adaptação do conteúdo. E não raro encontravam já alguns educadores super otimistas com seus vídeos prontinhos sobre como agir e de como não era tão ruim assim e com um sorrisão de ponta a ponta.

Vimos novos apps, novas tecnologias, gravações e passamos a respeitar todos aqueles que trabalham neste mundo de edição de vídeo e criação de conteúdo.

Estamos nos adaptando a uma nova rotina, sim porque, a um novo modelo de aprendizagem, de afetividade. E talvez seja hora de ouvir mais : 

Olha, Professora! Eu sei que esta dando o seu melhor, obrigada.

Hei! Mamães sei que estão dando seu melhor.

De uma escola para outra: Olha eu sei como está sofrendo por ter que demitir aquele funcionário tão querido e dedicado por não conseguir manter a folha de pagamento.

Resolvendo então mudar o foco para algo mais humanizado nos vimos então, deixando de lado um pouco o temido conteúdo do livro e partindo para algo mais intimista e primário, como pedir aos alunos e familiares para dançar um rock do Elvis Presley como tarefa de casa .

Chamando os alunos para uma valsa na sala com seus avós, tios, irmãos mais velhos, pois sim!!!  Ideias humanas e primais para um momento humano e primal.

Permitir que todos os pets e ursos de pelúcia participassem ativamente da aula, e sim criamos o beijo virtual com um quase beijo na câmera e depois as bochechas para o beijo de volta! Demos beijinhos virtuais em machucados que estavam doendo, sim porque beijinho sara.

Vimos o tímido se abrir, o falante se fechar e se abrir de novo, vimos os primos se acotovelando e nós do outro lado apaziguando a briga.

E muitos olhares sinceros de saudade, de pedido de volta ao lar escola, nosso lugar sagrado da infância.

E então estamos voltando! Como?

Com muito olho no olho, ambientes abertos, coloridos, limpos, máscaras sufocantes de um país tropical. Nenhuma estratégia nova que não seja a do intimismo emocional.

Estamos voltando com a certeza absoluta de que o conteúdo só e apenas poderá ser recuperado (aquele exigido no vestibular) se recuperarmos o emocional de nossos pequenos e grandes.

E a música mais uma vez se torna instrumento ativo em todas as disciplinas regulares, agindo como regulador de tristeza, trazendo concentração aos desatentos, lógica aos matemáticos, emoção aos apáticos, aconchego aos tímidos.

E a ferramenta para pós-pandemia? A estratégia educacional, a didática? O amor ! O amor genuíno pelo próximo! Seja por sua família, seu filho, seu aluno, a família do seu aluno, seu mentor, coordenador, funcionário demitido ou não, a senhorinha fujona que não aguenta mais não ir ao bordado.

Amor e olhos nos olhos! Em doses cavalares, pois então todo o restante fluirá. Desde conteúdo atrasado, emprego perdido, financeiro prejudicado, depressão e até aquele peso extra por todos os bolos de chocolate feitos na cozinha com as crianças!

Então, que façamos do amor, das práticas lúdicas e da criatividade, ferramentas preciosas para um retorno mais que esperado.

Texto

  • Professor Marcos L Souza
  • Professora Jéssica Affonso