Dona de casa faz curso EAD e empreende após os 60 anos
“Viciada em doces”, dona de casa faz curso EAD e empreende após os 60 anos.
Quando os filhos saíram de casa para estudar, a dona de casa Kazumi Yamamoto, 64 anos, decidiu mudar de vida. Apaixonada por doces, fez vários cursos de confeitaria e gastronomia a distância para ocupar o tempo e o ninho vazio. Logo transformou o hobby em negócio. Em agosto do ano passado, criou a Kazumi Bolos e não parou mais de cozinhar.
“Sempre fui viciada em doces. Ao todo, eu fiz 20 cursos no Senac EAD. Gostei tanto de aprender e de fazer meus próprios doces, que criei um ateliê no fundo da minha casa e comecei a vender para amigos e conhecidos”, diz Kazumi, que hoje tem uma clientela fixa e quer expandir o negócio.
Formada em administração de empresas, anos atrás ela deixou a carreira para cuidar dos filhos. Segundo ela, a educação a distância foi a solução para voltar a estudar e ter uma atividade. Moradora de Castro, a 150 km de Curitiba (PR), ela teria de viajar para a capital paranaense nos dias de aula, se quisesse participar presencialmente dos mesmos cursos.
“No começo eu tinha receio de estudar dessa forma porque não tinha o total domínio sobre um computador. Com o tempo, eu vi que não era difícil e as aulas, inclusive, eram mais completas. Além disso, eu poderia tirar dúvidas com os monitores. Se não entendesse um procedimento, podia vê-lo novamente quantas vezes eu quisesse para aprender mesmo”, afirma.
A empresária diz que já fez todos os cursos online sobre produção de doces disponíveis na plataforma e sempre acompanha os sites de escolas de culinária para saber das novidades. Mas colocar em prática o aprendizado foi o que ajudou na profissionalização. Segundo ela, é “fazendo que se aprende mais. Amo o que eu faço e não quero mais parar de estudar e de trabalhar.”
Além dos cursos de gastronomia e confeitaria, Kazumi também se capacitou em gestão de negócios para se preparar para abrir a própria empresa. “Gosto muito de empreender, mas confesso que não é fácil e que não temos apenas conforto na vida. É preciso ter muita dedicação, focar bastante no negócio e sempre ir atrás de novidades, por isso eu não canso de estudar.”
Os produtos que ela mais vende são os bolos simples, que as empresas costumam comprar para oferecer aos clientes. “Mas eu também faço produtos sofisticados, como bolos confeitados e o naked cake, que é muito pedido também.”.
Kazumi, que trabalha sozinha, é MEI (Microempreendedor Individual) e diz que não pretende abrir um ponto de vendas. “Gosto de trabalhar com encomendas porque daí eu concentro mais a minha atuação na produção dos doces, que é o que eu realmente gosto.”.
Para ela, não há idade certa para começar um projeto. “Eu virei empreendedora aos 64 anos e me sinto realizada por isso. Sei que posso contribuir para a sociedade por mais 20 anos, sendo plenamente ativa para a economia e alegrando o dia das pessoas com meus doces”, afirma.
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