Happening: O que é, significado

O que é o Happening?

O happening é uma forma de expressão artística que surgiu na década de 1950, nos Estados Unidos, e se espalhou pelo mundo. Trata-se de um evento ou performance que busca romper com os padrões tradicionais das artes visuais e cênicas, promovendo uma experiência imersiva e interativa para o público.

A origem e significado do termo

O termo “happening” foi cunhado pelo artista Allan Kaprow, em 1957, para descrever uma nova forma de arte que estava emergindo na época. A palavra em si remete à ideia de algo que está acontecendo, que está em constante transformação e que não pode ser definido de forma estática.

Os happenings foram influenciados por diversas correntes artísticas, como o dadaísmo, o surrealismo e o expressionismo abstrato. Eles surgiram como uma resposta à rigidez e formalidade das artes tradicionais, buscando criar um espaço de liberdade e experimentação para os artistas e o público.

Características do happening

Os happenings são caracterizados por serem eventos efêmeros, ou seja, não são registrados em forma de objetos ou obras de arte tangíveis. Eles acontecem em um determinado momento e local, e depois desaparecem, deixando apenas as memórias e experiências vividas pelos participantes.

Além disso, os happenings são marcados pela interação entre os artistas e o público. Diferente das artes tradicionais, onde o público é apenas um espectador passivo, nos happenings o público é convidado a participar ativamente, muitas vezes se tornando parte integrante da obra de arte.

Outra característica dos happenings é a utilização de diferentes mídias e linguagens artísticas. Eles podem envolver música, dança, teatro, performance, instalações, projeções audiovisuais, entre outras formas de expressão. A combinação dessas diferentes linguagens cria uma experiência sensorial e imersiva para o público.

O papel do público no happening

No happening, o público deixa de ser apenas um espectador passivo e se torna parte integrante da obra de arte. Os participantes são convidados a interagir com os artistas, a explorar o espaço, a experimentar sensações e a criar suas próprias narrativas dentro do evento.

Essa participação ativa do público é fundamental para a realização do happening. Sem a presença e a interação dos participantes, a obra de arte não se completa. É o público que dá vida e significado ao evento, através de suas ações e reações.

A importância do happening na arte contemporânea

O happening foi uma das formas de expressão artística que mais contribuiu para a ruptura com os padrões tradicionais das artes visuais e cênicas. Ele abriu caminho para a experimentação, a liberdade e a participação do público, influenciando diversas correntes artísticas que surgiram posteriormente.

Além disso, o happening trouxe uma nova perspectiva sobre o papel do público na arte. Ao convidar as pessoas a participarem ativamente da obra de arte, ele quebrou a barreira entre o artista e o espectador, promovendo uma maior democratização e acessibilidade da arte.

Os happenings também foram importantes para ampliar os limites da arte, explorando novos espaços e formas de expressão. Eles aconteciam em locais não convencionais, como ruas, praças, parques e até mesmo em espaços fechados, como galerias e teatros, rompendo com a ideia de que a arte só pode ser apreciada em determinados lugares.

Exemplos de happenings famosos

Existem diversos exemplos de happenings famosos ao redor do mundo. Um dos mais conhecidos é o “18 Happenings in 6 Parts”, realizado por Allan Kaprow em 1959, em Nova York. Nesse happening, o público era convidado a percorrer diferentes salas, onde aconteciam performances e instalações.

Outro exemplo é o “Happening and Fluxus”, realizado por Wolf Vostell em 1964, na Alemanha. Nesse happening, o público era convidado a interagir com objetos e elementos do cotidiano, como carros e televisores, criando uma experiência de imersão e reflexão sobre a sociedade de consumo.

No Brasil, um exemplo de happening famoso é o “Parangolé”, criado por Hélio Oiticica em 1964. Nesse happening, o público era convidado a vestir capas coloridas e dançar ao som de música brasileira, criando uma experiência de liberdade e expressão corporal.

Conclusão

O happening é uma forma de expressão artística que rompe com os padrões tradicionais das artes visuais e cênicas, promovendo uma experiência imersiva e interativa para o público. Ele surgiu na década de 1950, nos Estados Unidos, e se espalhou pelo mundo, influenciando diversas correntes artísticas.

Os happenings são caracterizados por serem eventos efêmeros, marcados pela interação entre os artistas e o público, e pela utilização de diferentes mídias e linguagens artísticas. O público deixa de ser apenas um espectador passivo e se torna parte integrante da obra de arte.

O happening foi importante para a ruptura com os padrões tradicionais das artes, para a ampliação dos limites da arte e para a democratização e acessibilidade da arte. Existem diversos exemplos de happenings famosos ao redor do mundo, que marcaram a história da arte contemporânea.

Em suma, o happening é uma forma de arte que busca criar um espaço de liberdade, experimentação e participação do público, rompendo com as convenções e estimulando a reflexão sobre a sociedade e a própria natureza da arte.