Monoteísmo: O que é, significado

O que é Monoteísmo?

O monoteísmo é uma crença religiosa que se baseia na existência de apenas um único Deus supremo. Essa concepção teológica é oposta ao politeísmo, que acredita em múltiplos deuses, e ao panteísmo, que considera que tudo no universo é divino. O monoteísmo é uma das formas mais comuns de religião em todo o mundo, sendo praticado por diversas tradições religiosas, como o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.

Origem e Significado do Monoteísmo

A origem do monoteísmo remonta a milhares de anos atrás, com o desenvolvimento das primeiras civilizações humanas. Acredita-se que a ideia de um único Deus supremo tenha surgido no antigo Oriente Médio, mais especificamente na região conhecida como Crescente Fértil, onde hoje se encontram países como Israel, Palestina, Iraque e Irã.

O termo “monoteísmo” é derivado do grego “monos”, que significa “um”, e “theos”, que significa “deus”. Portanto, o monoteísmo pode ser entendido como a crença em um único Deus. Essa concepção difere do henoteísmo, que reconhece a existência de múltiplos deuses, mas adora apenas um deles como supremo.

Monoteísmo no Judaísmo

O monoteísmo é uma das características centrais do judaísmo, uma das religiões mais antigas do mundo. Os judeus acreditam em um único Deus, que é onipotente, onisciente e onipresente. Esse Deus é conhecido por diversos nomes, sendo o mais comum Yahweh ou Jeová. Os judeus consideram Yahweh como o criador do universo e o único ser digno de adoração.

A crença monoteísta no judaísmo é expressa no Shemá Israel, uma das principais orações judaicas, que diz: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Essa afirmação reforça a unicidade e a supremacia de Deus na tradição judaica.

Monoteísmo no Cristianismo

O monoteísmo também é uma característica fundamental do cristianismo, a maior religião do mundo em número de seguidores. Os cristãos acreditam em um único Deus, que se revelou através de Jesus Cristo. Essa concepção é conhecida como Trindade, que afirma que Deus é um só, mas existente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

No cristianismo, a crença monoteísta é expressa no Credo Niceno, uma das declarações de fé mais importantes da religião. O Credo Niceno afirma: “Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis”. Essa declaração reforça a unicidade e a soberania de Deus na tradição cristã.

Monoteísmo no Islamismo

O monoteísmo é a pedra angular do islamismo, a segunda maior religião do mundo. Os muçulmanos acreditam em um único Deus, que é conhecido como Alá. Alá é considerado o criador do universo e o único ser digno de adoração. A crença monoteísta no islamismo é expressa na Shahada, a declaração de fé muçulmana, que diz: “Não há outra divindade além de Alá e Maomé é seu profeta”.

No islamismo, a crença monoteísta é tão central que a associação de parceiros ou deidades com Alá é considerada uma blasfêmia grave, conhecida como shirk. Os muçulmanos são ensinados a adorar apenas Alá e a rejeitar qualquer forma de idolatria ou politeísmo.

Monoteísmo e a Filosofia

O monoteísmo também tem sido objeto de reflexão e discussão na filosofia ao longo dos séculos. Filósofos como Santo Agostinho, Tomás de Aquino e Immanuel Kant exploraram as implicações lógicas e metafísicas do monoteísmo.

Para Santo Agostinho, o monoteísmo era a única forma de religião verdadeira, pois apenas um único Deus supremo poderia ser a causa primeira e última de todas as coisas. Tomás de Aquino, por sua vez, argumentou que a existência de um único Deus era necessária para garantir a unidade e a ordem do universo.

Já Immanuel Kant abordou o monoteísmo de uma perspectiva moral, argumentando que a crença em um Deus único era essencial para a fundamentação da ética. Segundo Kant, apenas um Deus supremo poderia estabelecer os princípios morais universais e incondicionais.

Críticas ao Monoteísmo

Apesar de ser uma das formas mais difundidas de religião, o monoteísmo também tem sido alvo de críticas ao longo da história. Alguns filósofos e pensadores argumentam que a crença em um único Deus pode levar ao fanatismo religioso e à intolerância.

Outra crítica comum ao monoteísmo é a questão do mal. Se Deus é onipotente e benevolente, por que o mal existe no mundo? Essa questão tem sido objeto de debate teológico e filosófico, e diversas respostas têm sido propostas, como a ideia de que o mal é necessário para o livre-arbítrio humano.

Conclusão

O monoteísmo é uma crença religiosa que se baseia na existência de apenas um único Deus supremo. Essa concepção teológica é encontrada em diversas tradições religiosas, como o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. O monoteísmo tem sido objeto de reflexão e discussão na filosofia, explorando suas implicações lógicas, metafísicas e morais. Apesar de ser amplamente difundido, o monoteísmo também tem sido alvo de críticas, especialmente relacionadas ao fanatismo religioso e à questão do mal. No entanto, para milhões de pessoas em todo o mundo, o monoteísmo representa uma forma de conexão espiritual e devoção a um único Deus supremo.