Quem é: Gentile, Giovanni na Filosofia
Quem é Giovanni Gentile na Filosofia?
Giovanni Gentile foi um filósofo italiano que viveu entre os anos de 1875 e 1944. Ele é conhecido por suas contribuições para a filosofia política e educacional, além de seu envolvimento com o movimento fascista na Itália. Gentile foi um dos principais teóricos do idealismo italiano e desenvolveu uma filosofia conhecida como “atualismo”. Neste artigo, exploraremos a vida e as ideias de Gentile, bem como sua influência na filosofia.
A vida de Giovanni Gentile
Giovanni Gentile nasceu em Castelvetrano, na Sicília, em 30 de maio de 1875. Ele estudou filosofia na Universidade de Palermo e, mais tarde, na Universidade de Roma. Gentile foi influenciado por filósofos como Benedetto Croce e Friedrich Hegel, cujas ideias tiveram um impacto significativo em seu pensamento.
Em 1917, Gentile se tornou professor de filosofia na Universidade de Roma, onde lecionou até 1925. Durante esse período, ele desenvolveu suas ideias filosóficas e se envolveu com o movimento fascista liderado por Benito Mussolini. Gentile se tornou um dos principais teóricos do fascismo italiano e defendeu a ideia de que o Estado era a expressão máxima da vontade coletiva.
A filosofia de Giovanni Gentile
A filosofia de Giovanni Gentile é conhecida como “atualismo” ou “idealismo atualista”. Ele argumentava que a realidade é composta por atos de vontade individuais e coletivos, que se manifestam no mundo através da ação. Para Gentile, a realidade não é algo fixo e imutável, mas sim um processo em constante evolução.
Segundo Gentile, a vontade é a força motriz por trás de todas as ações humanas e é através dela que os indivíduos e a sociedade moldam o mundo. Ele acreditava que a vontade individual e a vontade coletiva eram inseparáveis e que o Estado era a forma mais elevada de expressão da vontade coletiva.
Além disso, Gentile argumentava que a liberdade individual só poderia ser alcançada dentro de um contexto social e político. Ele via o Estado como o meio pelo qual os indivíduos poderiam realizar sua vontade e alcançar a liberdade. No entanto, essa visão também levou Gentile a apoiar o autoritarismo e a rejeitar a democracia liberal.
A influência de Giovanni Gentile
A filosofia de Giovanni Gentile teve um impacto significativo na Itália durante o período fascista. Suas ideias sobre a vontade coletiva e o papel do Estado foram adotadas pelo regime de Mussolini e influenciaram a política e a educação no país. Gentile foi nomeado Ministro da Educação em 1922 e implementou reformas educacionais que refletiam suas ideias filosóficas.
No entanto, após a queda do regime fascista, a influência de Gentile diminuiu. Suas ideias foram amplamente criticadas e consideradas antidemocráticas. Apesar disso, sua filosofia continua sendo objeto de estudo e debate entre os filósofos contemporâneos.
Críticas à filosofia de Giovanni Gentile
A filosofia de Giovanni Gentile tem sido alvo de críticas de diversos filósofos e estudiosos. Muitos argumentam que sua visão do Estado como a expressão máxima da vontade coletiva leva ao autoritarismo e à negação dos direitos individuais.
Além disso, Gentile foi acusado de usar sua filosofia para justificar o regime fascista e suas políticas repressivas. Sua defesa do Estado como o único meio de alcançar a liberdade individual foi vista como uma forma de controle e opressão.
Outra crítica comum à filosofia de Gentile é sua rejeição da democracia liberal. Muitos argumentam que sua visão de uma vontade coletiva unificada e indivisível é incompatível com os princípios democráticos de pluralismo e diversidade.
O legado de Giovanni Gentile
Apesar das críticas, o legado de Giovanni Gentile na filosofia italiana é inegável. Sua filosofia atualista influenciou gerações de filósofos e teve um impacto duradouro na política e na educação na Itália.
Embora sua associação com o regime fascista tenha manchado sua reputação, muitos estudiosos ainda consideram suas ideias filosóficas valiosas e dignas de estudo. A filosofia de Gentile continua a ser debatida e interpretada de diferentes maneiras, e seu trabalho continua a ser uma parte importante do cânone filosófico italiano.
Conclusão
Giovanni Gentile foi um filósofo italiano conhecido por suas contribuições para a filosofia política e educacional. Sua filosofia atualista, que enfatiza a vontade coletiva e o papel do Estado, teve um impacto significativo na Itália durante o período fascista. Embora suas ideias tenham sido amplamente criticadas e associadas ao autoritarismo, o legado de Gentile na filosofia italiana continua a ser objeto de estudo e debate. Sua vida e suas ideias são um exemplo do poder e das consequências da filosofia na sociedade.