Superveniente: O que é, significado

O que é o Superveniente?

O termo “superveniente” é um conceito utilizado em diversas áreas do conhecimento, como filosofia, direito e psicologia. Ele se refere a algo que ocorre ou surge como consequência de algo anterior, mas que não pode ser explicado apenas por esse algo anterior. Em outras palavras, o superveniente é um fenômeno que depende de outros fatores, mas que não pode ser reduzido a esses fatores.

Significado do Superveniente

O termo “superveniente” tem sua origem no latim, derivado do verbo “supervenire”, que significa “vir depois”. Essa ideia de vir depois está presente no conceito de superveniente, pois ele se refere a algo que surge posteriormente a outros fatores, mas que não pode ser completamente explicado por esses fatores.

Na filosofia, o superveniente é um conceito importante para entender a relação entre mente e corpo. De acordo com essa perspectiva, a mente é considerada como algo superveniente ao corpo, ou seja, ela depende do corpo para existir, mas não pode ser reduzida apenas a processos físicos. Isso significa que a mente possui propriedades e características próprias, que não podem ser explicadas apenas pela atividade cerebral.

Superveniente na Filosofia

Na filosofia, o conceito de superveniente é utilizado para explicar a relação entre diferentes níveis de realidade. Por exemplo, na filosofia da mente, o superveniente é utilizado para explicar a relação entre a mente e o corpo. Segundo essa perspectiva, a mente é um fenômeno superveniente ao corpo, ou seja, ela depende do corpo para existir, mas possui características próprias que não podem ser reduzidas apenas a processos físicos.

Essa visão do superveniente na filosofia da mente é conhecida como “superveniência psicofísica”. Ela defende que a mente é um fenômeno que surge a partir da atividade cerebral, mas que possui propriedades e características próprias, que não podem ser explicadas apenas pela atividade cerebral. Isso significa que a mente possui uma autonomia em relação ao corpo, mesmo dependendo dele para existir.

Superveniente no Direito

No campo do direito, o conceito de superveniente é utilizado para descrever eventos ou circunstâncias que ocorrem após um determinado evento, mas que afetam a situação jurídica das partes envolvidas. Por exemplo, no direito contratual, uma cláusula superveniente é uma cláusula que é adicionada a um contrato após a sua celebração, devido a mudanças nas circunstâncias.

Essas cláusulas supervenientes são utilizadas para lidar com situações imprevistas ou mudanças nas circunstâncias que podem afetar a execução do contrato. Elas permitem que as partes modifiquem o contrato original para se adaptarem a essas mudanças, garantindo assim a justiça e a equidade nas relações contratuais.

Superveniente na Psicologia

Na psicologia, o conceito de superveniente é utilizado para descrever a relação entre diferentes aspectos do comportamento humano. Por exemplo, na psicologia cognitiva, o superveniente é utilizado para explicar a relação entre os processos mentais e o comportamento observável.

De acordo com essa perspectiva, os processos mentais, como a percepção, a memória e o pensamento, são considerados como fenômenos supervenientes ao comportamento observável. Isso significa que esses processos mentais não podem ser diretamente observados, mas são inferidos a partir do comportamento das pessoas.

Conclusão

O conceito de superveniente é utilizado em diversas áreas do conhecimento para descrever fenômenos que dependem de outros fatores, mas que não podem ser completamente explicados por esses fatores. Na filosofia, o superveniente é utilizado para explicar a relação entre mente e corpo. No direito, ele é utilizado para descrever eventos ou circunstâncias que ocorrem após um determinado evento, mas que afetam a situação jurídica das partes envolvidas. Na psicologia, o superveniente é utilizado para descrever a relação entre os processos mentais e o comportamento observável.

Em todas essas áreas, o conceito de superveniente é fundamental para entender a complexidade e a interdependência dos fenômenos estudados. Ele nos lembra que nem tudo pode ser reduzido a uma única causa ou explicação, e que é necessário considerar múltiplos fatores para compreender plenamente um fenômeno.