Xiita: O que é, significado.

O que é o Xiita?

O termo “xiita” é utilizado para se referir a um grupo de muçulmanos que seguem a vertente xiita do Islã. Essa vertente representa uma das duas principais divisões do Islã, sendo a outra a vertente sunita. Os xiitas são conhecidos por terem crenças e práticas religiosas distintas dos sunitas, e são encontrados principalmente em países como Irã, Iraque, Líbano e Bahrein.

Significado do termo “Xiita”

O termo “xiita” tem origem na palavra árabe “shia”, que significa “partido” ou “seguidores”. Os xiitas se consideram os verdadeiros seguidores do Islã, acreditando que o sucessor legítimo do profeta Maomé foi Ali, seu primo e genro. Eles acreditam que Ali foi escolhido por Deus para liderar a comunidade muçulmana após a morte de Maomé, e que seus descendentes, conhecidos como imãs, também são líderes espirituais e políticos.

Principais diferenças entre xiitas e sunitas

As principais diferenças entre xiitas e sunitas estão relacionadas às questões de liderança religiosa, interpretação do Islã e práticas religiosas. Enquanto os sunitas acreditam que qualquer pessoa qualificada pode ser líder religioso, os xiitas acreditam que apenas os descendentes de Ali podem ocupar essa posição.

Além disso, os xiitas têm uma visão mais hierárquica da liderança religiosa, acreditando que os imãs têm autoridade infalível e que são capazes de interpretar corretamente a vontade de Deus. Já os sunitas acreditam que a interpretação do Islã deve ser feita por estudiosos religiosos qualificados, mas não atribuem a eles uma autoridade infalível.

Outra diferença importante está relacionada às práticas religiosas. Os xiitas têm uma maior ênfase no luto e na devoção aos imãs, enquanto os sunitas têm uma abordagem mais focada na adoração a Deus. Além disso, os xiitas têm práticas específicas relacionadas aos seus imãs, como a celebração do aniversário de nascimento e morte deles.

Xiitas no mundo

Os xiitas representam uma minoria dentro do Islã, com estimativas indicando que eles correspondem a cerca de 10% a 15% da população muçulmana mundial. No entanto, eles são a maioria em países como Irã, Iraque, Bahrein e Azerbaijão.

No Irã, os xiitas são a maioria da população e a religião oficial do país é o xiismo. O líder supremo do Irã é um clérigo xiita, e o país possui uma estrutura política e social baseada nos princípios xiitas.

No Iraque, os xiitas também são a maioria da população e têm uma influência significativa na política do país. Após a queda do regime de Saddam Hussein, os xiitas ganharam mais poder e atualmente ocupam cargos importantes no governo iraquiano.

No Líbano, os xiitas são representados principalmente pelo grupo político e militar Hezbollah, que é considerado uma organização terrorista por alguns países ocidentais, mas é visto como um grupo de resistência pelos xiitas.

Principais figuras do xiismo

Os xiitas têm uma série de figuras importantes em sua história e crenças. O primeiro imã, Ali, é considerado o líder espiritual e político legítimo pelos xiitas, e seus descendentes são considerados os imãs subsequentes.

Outra figura importante é Hussein, neto de Ali, que é reverenciado pelos xiitas como um mártir. A morte de Hussein na Batalha de Karbala, em 680 d.C., é um evento central na história xiita e é lembrada anualmente no ritual de luto conhecido como Ashura.

Além disso, os xiitas acreditam que o último imã, Muhammad al-Mahdi, está oculto e retornará no fim dos tempos para estabelecer um governo justo e perfeito. Essa crença é conhecida como “ocultação” e é uma das características distintivas do xiismo.

Conclusão

O xiismo é uma vertente do Islã que representa uma das principais divisões dentro da religião. Os xiitas têm crenças e práticas religiosas distintas dos sunitas, e são encontrados principalmente em países como Irã, Iraque, Líbano e Bahrein. Eles acreditam que Ali, primo e genro do profeta Maomé, foi o sucessor legítimo e que seus descendentes, conhecidos como imãs, têm autoridade infalível. Apesar de serem uma minoria dentro do Islã, os xiitas têm uma influência significativa em países onde são maioria, como Irã e Iraque.