Mãe de aluna que viu ataque em SP diz que filha ‘só chora e diz que não vai voltar à escola’
Ataque na escola resulta na morte de jovem e deixa três feridos
Na manhã desta segunda-feira, a Escola Estadual Sapopemba, situada na Zona Leste de São Paulo, foi palco de um trágico incidente. Uma aluna de nome Giovanna Silva, de 17 anos, perdeu a vida, enquanto outros três estudantes ficaram feridos. Surpreendentemente, o agressor era também aluno da mesma instituição. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, dos feridos, dois já foram liberados e um permanece hospitalizado, contudo em condição estável.
Muitos estudantes que estavam presentes no momento do ataque conseguiram sair ilesos. No entanto, muitos estão sofrendo de forte ansiedade. Uma mãe relatou à “Folha de S.Paulo” que sua filha de 16 anos lhe ligou por volta das 7h30, extremamente abalada e pedindo para que abrisse o portão da residência.
– Minha filha está em estado de choque, recusa-se a comer e teme retornar à escola – relatou a mãe a Mônica Bergamo. – Ela insiste dizendo que ele [o agressor] retornará para finalizar o que iniciou – disse a mãe, que ainda tem um bebê de apenas três meses. No momento da chamada da filha, a mãe, desesperada, foi até o muro da casa para recebê-la.
Ao chegar mais perto da escola, ela viu diversos jovens correndo assustados. A mãe, que optou por não ser identificada, sentiu um alívio imenso ao ver sua filha em segurança. No entanto, ao assistir o vídeo da câmera de segurança, percebeu o quão perto sua filha esteve do perigo.
– Ele [o agressor] aparece indo em direção à minha filha, arma em punho, e depois sinaliza para que ela vá embora. Ele a segue quase até a saída. O real perigo só me atingiu posteriormente – declarou a mãe. Ela também comentou que sua filha e o atirador eram colegas de classe e se davam bem.
Detalhes do incidente
A Polícia Militar informou que o agressor, estudante do 1º ano do Ensino Médio, de 16 anos e usando o uniforme da instituição, entrou na escola pouco após às 7h e disparou quatro vezes contra seus colegas. Logo após o ato, ele entregou a arma à coordenadora e se entregou às autoridades. Posteriormente, foi levado para depor e se encontra sob custódia, a caminho da Fundação Casa.
A vítima fatal, Giovanna, foi atingida na cabeça e encaminhada ao hospital, mas, infelizmente, não sobreviveu. O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que, pelas informações iniciais, ela não era um alvo premeditado do atirador, visto que não havia nenhuma conexão entre eles.
As outras vítimas incluem duas meninas que foram atingidas no peito, clavícula e braço direito. Um garoto sofreu ferimentos enquanto tentava escapar do ataque, mas não foi atingido por tiros.