Professor de matemática é destaque em salas de aula do Pará com cosplay de Jaspion e outros super-heróis
Marcos Aguiar, há 14 anos dedicando-se ao ensino para estudantes da 4° e 5° série em escolas públicas do Pará, utiliza uma abordagem inovadora para cativar seus alunos. “Eles ficam tão envolvidos que, às vezes, nem percebem que estão aprendendo”, comenta.
Em Belém, capital do estado do Pará, este educador tem chamado atenção e conquistado corações ao lecionar vestido como o famoso herói japonês dos anos 80, Jaspion, conhecido por sua armadura reluzente.
Marcos tem o hábito de, todas as sextas-feiras, adentrar as salas de aula vestido como o personagem, proporcionando momentos divertidos para os estudantes. “Os alunos ficam fascinados e frequentemente me peço para visitar outras salas, para espalhar essa alegria”, ele compartilha.
Aos 43 anos, Marcos Aguiar revela que a motivação para essa abordagem inusitada surgiu cerca de 6 anos atrás. “Estava em busca de uma fantasia para um evento escolar e, ao escolher Jaspion, o sucesso foi instantâneo”, recorda.
No Dia dos Professores, celebrado no domingo (15), é válido destacar a importância dessa profissão na formação de cidadãos e transformação de vidas. Para Marcos, um dos maiores desafios é reconhecer a individualidade de cada aluno e suas respectivas maneiras de aprender.
Ele sempre busca maneiras lúdicas de engajar os estudantes. “Quando se tem motivação, a matemática se torna mais acessível”, afirma. Ele recorda uma ocasião onde propôs um desafio aos estudantes, oferecendo como recompensa fantasias do Homem Aranha, outro personagem que ele ocasionalmente incorpora. “Foi incrível ver o esforço deles. Tive que comprar várias fantasias como recompensa!”, diz.
Além de Jaspion e Homem Aranha, Power Rangers também fazem parte do repertório de Marcos.
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Apreciação dos Pais
A abordagem de Marcos não passa despercebida. Muitos pais se mostram agradecidos pelo impacto positivo que ele tem na vida dos alunos. “Um pai me procurou para agradecer, mencionando que não era apenas pelo cosplay, mas pelo carinho e atenção que dou aos estudantes. Como pai, compreendo os desafios da educação”, relata.
Ele aproveita os momentos lúdicos para compartilhar com os alunos a história de Jaspion, destacando a coragem e a importância da juventude. “Jaspion tem um significado especial para mim. Ele foi extremamente popular no Brasil, mais do que em sua terra natal, o Japão”, explica.
Fora da escola, Marcos é ativo na comunidade nerd de Belém e tem uma presença significativa nas redes sociais, com mais de 50 mil seguidores.
Desafios do Cosplay em Belém
Apesar da paixão, Marcos ressalta as dificuldades de se vestir como personagem em Belém, devido ao clima quente. “Usar cosplay aqui é um desafio. Por exemplo, o capacete de Jaspion, feito de fibra de vidro, retém muito calor. Preciso tirá-lo constantemente para me refrescar”, descreve.