Justiça quebra sigilo telefônico de aluno que atacou escola em SP
São Paulo – A Justiça de São Paulo aceitou o pedido de quebra de sigilo dos aparelhos eletrônicos do estudante responsável pelo ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste da capital.
O pedido foi feito pela Polícia Civil, segundo o delegado titular do 34º Distrito Policial (Vila Sônia), Marcus Vinicius Reis.
O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que não pode divulgar detalhes, já que o inquérito corre em sigilo.
O objetivo da polícia é analisar vídeos, fotos e publicações no celular do adolescente de 13 anos para averiguar a possível participação de outras pessoas no atentado.
Nessa quarta-feira (29/3), o delegado afirmou que a polícia investiga a participação de outros dois alunos da mesma escola.
Um deles foi identificado por câmeras de segurança do colégio conversando com o agressor e entrando com ele no banheiro da escola, minutos antes do início do ataque. Outro aluno teria incentivado o atentado pelas redes sociais.
Os dois garotos já foram ouvidos e negaram qualquer participação no caso.
Nesta quinta-feira (30/3), a polícia pretende ouvir a professora Ana Célia da Rosa, uma das que foram golpeadas pelo adolescente. Ele ficou internada no Hospital das Clínicas e recebeu alta na terça-feira.
Volta às aulas
A Escola Estadual Thomazia Montoro vai retomar as aulas em 10 de abril. Na segunda (27/3), o aluno entrou na escola armado com uma faca, matou a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, e feriu outras quatro pessoas.
A princípio, a previsão era que a escola ficasse fechada por uma semana.
Ataque
A professora Elisabeth estava em frente à mesa onde lecionava, conferindo o celular, quando o aluno a surpreendeu, e a golpeou ao menos 10 vezes pelas costas.
Segundo pais de estudantes, a professora teria apartado, na semana passada, uma briga entre o adolescente que a matou e outro estudante, e por isso se tornou alvo do agressor.
O aluno agressor foi apreendido, prestou depoimento e está internado na Fundação Casa.