Alunos simulam motel com cabaré e pole dance em apresentação escolar no Maranhão
Alunos simulam motel com cabaré e pole dance em apresentação escolar no Maranhão — “caso isolado”, diz direção
Apresentação controversa viraliza e gera repercussão negativa na comunidade
Estudantes do Centro de Ensino Acrísio Figueiredo, no município de São João Batista (MA), protagonizaram uma apresentação escolar que causou forte impacto nas redes sociais. Em vídeos que circularam na internet, menores são vistos simulando cenas eróticas e performances de pole dance em uma cenografia que reproduzia um “motel” com elementos de cabaré, montada no pátio da escola.
As imagens divulgadas não mostram presença visível de professores ou qualquer tipo de supervisão para coibir ou orientar os alunos durante a encenação.
Reação oficial: Secretaria de Educação e escola respondem
A Secretaria de Educação do Estado (Seduc/MA) informou que o evento fazia parte do plano anual de atividades escolares, que já estava previsto há cerca de quatro anos. A secretaria afirmou que a estrutura geral foi aprovada pela gestão da escola e pelos professores.
Entretanto, destacou que uma das turmas alterou parte do repertório autorizado — ou seja, trocou uma música previamente validada — sem autorização prévia, o que contribuiu para a escalada do incidente.
A direção da escola, por sua vez, admitiu a falha, pediu desculpas à comunidade escolar e classificou o episódio como um caso isolado, enfatizando que não pretende generalizar o ocorrido para outras turmas ou eventos. Também manifestou solidariedade aos alunos que foram expostos indevidamente.
Críticas, responsabilidades e lições para o sistema educacional
O caso suscitou debates sobre os limites adequados de apresentações artísticas promovidas por escolas, especialmente quando envolvem adolescentes. Algumas das questões levantadas:
- Supervisão e controle: A ausência visível de professores nos vídeos alimentou críticas quanto à responsabilidade institucional em eventos que envolvem temáticas mais sensíveis.
- Autonomia e adaptação de conteúdo: A mudança de música por parte da turma levanta a discussão de até que ponto os alunos podem ou devem adaptar roteiros previamente aprovados.
- Reação da comunidade: A repercussão negativa nas redes sociais e nas redes locais motivou pais, moradores e autoridades a cobrarem maior transparência e responsabilidade das escolas.
- Proteção dos alunos: Expor estudantes menores de idade a cenas consideradas sexualizadas pode gerar questionamentos legais e éticos sobre os direitos das crianças em ambientes escolares.

